OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

COMO VIVENCIAR A FELICIDADE

"Posto que toda vida, manifestando-se em diferentes formas em todos os planos, é una em essência e uma expressão da Vida Divina, encontramo-nos ligados por laços de unidade espiritual que possivelmente não estamos aptos a ver nos mundos inferiores de ilusão e separatividade. O que quer que esteja em harmonia com esta verdade fundamental da existência, esta lei da unidade, deve trazer felicidade. O que quer que esteja em conflito com esta lei deve ser eliminado, pois causa infelicidade. Eis porque o amor que cumpre a lei da Vida Una invariavelmente traz felicidade, e o ódio que a despreza é fonte de miséria sem fim. A lei da vida não é uma doutrina religiosa hipotética na qual temos de ter fé, mas uma lei que podemos verificar facilmente experimentando-a durante alguns meses. Alguém que deseje experimentar, observe cuidadosamente e anote de maneira sistemática num caderno, as condições de sua mente sobre felicidade ou infelicidade, quando está abrigando as diferentes espécies de emoções baseadas no amor ou no ódio. Para sua surpresa verificará que o amor e felicidade vão juntos, bem como o ódio e a infelicidade. O que instrutores religiosos ensinaram sobre a felicidade de cultivar o amor verdadeiro é baseado na experiência. Pode parecer estranho ao homem comum que todos os seres humanos, ligados como são por laços invisíveis de unidade espiritual, combatam entre si, tentem destruir-se mutuamente e haja tanto conflito no mundo. Mas isto deve-se ao fato de a mente inferior cobrir e obscurecer a consciência de unidade e fazer cada centro de consciência sentir-se como se fosse uma unidade isolada e independente. Quando o obscurecimento é removido, a unidade espiritual é revelada e é então impossível para o indivíduo odiar ou ferir qualquer pessoa."

(I.K. Taimni - Autocultura à Luz do Ocultismo - Ed. Teosófica, Brasília - p.73)


domingo, 11 de agosto de 2013

O UNO QUE ESTÁ EM TODOS

"Contemplarei o Invisível nas formas visíveis de meu pai, mãe e amigos, aqui enviados para me amarem e auxiliarem. Demonstrarei meu amor por Deus amando todos eles. Em suas expressões humanas de afeição, reconhecerei somente o Amor Divino Único. 

Reverencio o Cristo no templo de todos os meus irmãos humanos, no templo de toda a vida.

Ó Pai, ensina-me a sentir que Tu és o poder por detrás de todas as riquezas e o valor em todas as coisas. Encontrando-Te primeiro, encontrarei tudo o mais em Ti.

Onde quer que as pessoas apreciem meus esforços para fazer o bem, saberei que ali é o lugar onde mais posso servir.

Ó Senhor da Lei, já que tudo é, direta ou indiretamente, guiado por Tua vontade, trarei à minha mente Tua presença, de maneira consciente, por meio da meditação, para solucionar os problemas que a vida me enviou.

Deus é paz. Entregue-se à infinita paz em seu interior. Deus é a alegria sempre nova da meditação. Entregue-se ao grande amor que está dentro de você.

Ó Ser Infinito, mostra para sempre Tua face gloriosa em todas as minhas alegrias e na luz fulgurante de meu amor por Ti.

Ensina-me a saber que Tu és o poder que me mantém saudável, próspero e buscando a Tua verdade. 

Sou uma centelha do Infinito. Não sou carne nem ossos. Eu sou luz.

Auxiliando os outros a terem êxito, encontrarei a minha prosperidade. No bem-estar dos outros, encontrarei meu próprio bem-estar."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 110/112)


A RESPONSABILIDADE PELO PENSAMENTO

"Dotados do tremendo poder que é o pensamento, devemos ser cuidadosos com o seu uso. Quando tivermos de pensar em uma pessoa, cabe-nos representá-la como gostaríamos que fosse: a imagem que assim fizermos terá naturalmente influência sobre ela e tenderá a gradualmente a induzi-la a se harmonizar com essa imagem. Fixemos o nosso pensamento nas boas qualidades de nossos amigos, porque pensando em uma qualidade poderemos fortalecer-lhe as vibrações e, por conseguinte, intensificá-las.

Dessa consideração decorre que o hábito da tagarelice e da maledicência, em que muita gente se compraz, é um defeito abominável e perverso, não havendo palavras suficientemente fortes para condená-lo. Quando alguns incidem na impertinência de discutir o comportamento alheio, geralmente não é sobre as boas qualidades que mais insistem. Vemos então numerosas pessoas que se ocupam em fixar o pensamento em um suposto defeito de outrem, chamando para esse defeito a atenção de muita gente que talvez o não tivesse observado; e desse modo, se a má qualidade realmente existe sobre aquele a quem recaiu a crítica, certamente ficará ela acrescida pelo fortalecimento das ondas correspondentes. Se, como geralmente é o caso, o defeito não existe senão na imaginação maldosa de quem critica, e não naquele que é objeto da maledicência, então se está fazendo todo o possível para criar o defeito na pessoa visada; e se há somente um germe latente na vítima, é bem provável que o odiento esforço surta efeito.

Podemos ter pensamentos de auxílio para aqueles que amamos; podemos apresentar-lhe em pensamento um ideal elevado sobre eles mesmos, e desejar ardentemente que logo se tornem capazes de realizá-los. Mas se soubermos de certos defeitos ou vícios no caráter de um homem, não devemos em circunstância alguma deixar que nossos pensamentos recaiam e os intensifiquem; o nosso plano de trabalho consistirá em um forte pensamento nas virtudes opostas, encaminhando as respectivas ondas para àquele que necessita de nossa ajuda."

(C .W. Leadbeater - O Lado Oculto das Coisas - Ed. Pensamento, São Paulo - p.286)

         

sábado, 10 de agosto de 2013

A UNIDADE NA DIVERSIDADE

"Diversos textos santos exortam-nos a descobrir unidade na diversidade e reconhecer diversidade dentro da unidade. Isto está sendo pregado; no entanto, não podemos achar uma pessoa que, por suas ações, seja capaz de levar estar verdade a nossos corações. 

Se pretendermos reconhecer unidade na diversidade, devemos primeiro conhecer o significado de tais palavras. Podemos dizer facilmente que a eliminação da tristeza e a conquista da alegria constituem o caminho singelo, que conduz à iluminação espiritual. Mesmo neste sentido, devemos conhecer a natureza da aflição. Só então conseguiremos destruí-la ou eliminá-la. 

Algumas vezes, achamos que nossa experiência é aflitiva, tempos depois chegamos a constatar que ela até se torna agradável. E quando temos por alegre uma experiência, pode ela vir mesmo a tornar-se aflição ou angústia no decorrer do tempo."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro -p. 42)


MENTE (PARTE FINAL)

"(...) Não há outro modo de controlar a mente a não ser aquele previsto em livros como o Bhagavad-Gitã, qual seja: trazendo a mente para o interior toda vez que ela se distrair ou for para fora, assim fixando-a novamente no Eu Real. Claro, isso não é fácil, e só vem com a prática (sadhana). 

Deus ilumina a mente e brilha dentro dela. Não podemos conhecer Deus através da mente. Só nos resta voltá-la para dentro e fundi-la em Deus.

O corpo, composto de matéria inanimada, não pode dizer 'eu' (isto é, não pode ser a causa do pensamento - 'eu'). Por outro lado, a Consciência Eterna não é passível de nascimento. Entre os dois surge algo nas dimensões do corpo. É o nó entre a matéria e a Consciência (chit-jada-granthi), conhecido por vários nomes como: prisão, alma, corpo sutil, ego, samsãra, mente, etc.

Bhagavan apontou para a sua toalha e disse: Chamamos isso de pano branco, mas o pano e a sua brancura não podem ser separados; o mesmo se dá com a iluminação e a mente que se unem para formar o ego. A seguinte ilustração é dada nos livros: a luz no teatro é o Absoluto, ou Iluminação. Ela ilumina a si, o palco e os atores. Vemos o palco e os atores através de sua luz, mas a luz continua mesmo depois do espetáculo terminar.

Outra ilustração é uma barra de ferro comparada com a mente. A barra é aquecida ao fogo e se torna incandescente. Com o fogo, ela reluz e pode queimar coisas; mas, diferentemente do fogo, tem uma forma definida. Se nós a martelarmos, é a barra que recebe o golpe, não o fogo. A barra é a alma individual (jivãtman); o fogo é o Ser (Paramãtman). A mente nada pode fazer por si mesma. Ela só surge com a Luz e não pode fazer nada, bem ou mal, a não ser com a Luz. Mas, apesar de a Luz estar ali, possibilitando à mente agir bem ou mal, o prazer e a dor daí resultantes não são sentidos pela Luz; assim como quando você martela o ferro incandescente, não é o fogo, mas o ferro, que é golpeado.

Se controlarmos a mente, não importa onde vivemos." 

(Pérolas de Sabedoria - Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi - Ed. Teosófica, Brasília - p. 32/34)