OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 11 de agosto de 2013

A RESPONSABILIDADE PELO PENSAMENTO

"Dotados do tremendo poder que é o pensamento, devemos ser cuidadosos com o seu uso. Quando tivermos de pensar em uma pessoa, cabe-nos representá-la como gostaríamos que fosse: a imagem que assim fizermos terá naturalmente influência sobre ela e tenderá a gradualmente a induzi-la a se harmonizar com essa imagem. Fixemos o nosso pensamento nas boas qualidades de nossos amigos, porque pensando em uma qualidade poderemos fortalecer-lhe as vibrações e, por conseguinte, intensificá-las.

Dessa consideração decorre que o hábito da tagarelice e da maledicência, em que muita gente se compraz, é um defeito abominável e perverso, não havendo palavras suficientemente fortes para condená-lo. Quando alguns incidem na impertinência de discutir o comportamento alheio, geralmente não é sobre as boas qualidades que mais insistem. Vemos então numerosas pessoas que se ocupam em fixar o pensamento em um suposto defeito de outrem, chamando para esse defeito a atenção de muita gente que talvez o não tivesse observado; e desse modo, se a má qualidade realmente existe sobre aquele a quem recaiu a crítica, certamente ficará ela acrescida pelo fortalecimento das ondas correspondentes. Se, como geralmente é o caso, o defeito não existe senão na imaginação maldosa de quem critica, e não naquele que é objeto da maledicência, então se está fazendo todo o possível para criar o defeito na pessoa visada; e se há somente um germe latente na vítima, é bem provável que o odiento esforço surta efeito.

Podemos ter pensamentos de auxílio para aqueles que amamos; podemos apresentar-lhe em pensamento um ideal elevado sobre eles mesmos, e desejar ardentemente que logo se tornem capazes de realizá-los. Mas se soubermos de certos defeitos ou vícios no caráter de um homem, não devemos em circunstância alguma deixar que nossos pensamentos recaiam e os intensifiquem; o nosso plano de trabalho consistirá em um forte pensamento nas virtudes opostas, encaminhando as respectivas ondas para àquele que necessita de nossa ajuda."

(C .W. Leadbeater - O Lado Oculto das Coisas - Ed. Pensamento, São Paulo - p.286)

         

sábado, 10 de agosto de 2013

A UNIDADE NA DIVERSIDADE

"Diversos textos santos exortam-nos a descobrir unidade na diversidade e reconhecer diversidade dentro da unidade. Isto está sendo pregado; no entanto, não podemos achar uma pessoa que, por suas ações, seja capaz de levar estar verdade a nossos corações. 

Se pretendermos reconhecer unidade na diversidade, devemos primeiro conhecer o significado de tais palavras. Podemos dizer facilmente que a eliminação da tristeza e a conquista da alegria constituem o caminho singelo, que conduz à iluminação espiritual. Mesmo neste sentido, devemos conhecer a natureza da aflição. Só então conseguiremos destruí-la ou eliminá-la. 

Algumas vezes, achamos que nossa experiência é aflitiva, tempos depois chegamos a constatar que ela até se torna agradável. E quando temos por alegre uma experiência, pode ela vir mesmo a tornar-se aflição ou angústia no decorrer do tempo."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro -p. 42)


MENTE (PARTE FINAL)

"(...) Não há outro modo de controlar a mente a não ser aquele previsto em livros como o Bhagavad-Gitã, qual seja: trazendo a mente para o interior toda vez que ela se distrair ou for para fora, assim fixando-a novamente no Eu Real. Claro, isso não é fácil, e só vem com a prática (sadhana). 

Deus ilumina a mente e brilha dentro dela. Não podemos conhecer Deus através da mente. Só nos resta voltá-la para dentro e fundi-la em Deus.

O corpo, composto de matéria inanimada, não pode dizer 'eu' (isto é, não pode ser a causa do pensamento - 'eu'). Por outro lado, a Consciência Eterna não é passível de nascimento. Entre os dois surge algo nas dimensões do corpo. É o nó entre a matéria e a Consciência (chit-jada-granthi), conhecido por vários nomes como: prisão, alma, corpo sutil, ego, samsãra, mente, etc.

Bhagavan apontou para a sua toalha e disse: Chamamos isso de pano branco, mas o pano e a sua brancura não podem ser separados; o mesmo se dá com a iluminação e a mente que se unem para formar o ego. A seguinte ilustração é dada nos livros: a luz no teatro é o Absoluto, ou Iluminação. Ela ilumina a si, o palco e os atores. Vemos o palco e os atores através de sua luz, mas a luz continua mesmo depois do espetáculo terminar.

Outra ilustração é uma barra de ferro comparada com a mente. A barra é aquecida ao fogo e se torna incandescente. Com o fogo, ela reluz e pode queimar coisas; mas, diferentemente do fogo, tem uma forma definida. Se nós a martelarmos, é a barra que recebe o golpe, não o fogo. A barra é a alma individual (jivãtman); o fogo é o Ser (Paramãtman). A mente nada pode fazer por si mesma. Ela só surge com a Luz e não pode fazer nada, bem ou mal, a não ser com a Luz. Mas, apesar de a Luz estar ali, possibilitando à mente agir bem ou mal, o prazer e a dor daí resultantes não são sentidos pela Luz; assim como quando você martela o ferro incandescente, não é o fogo, mas o ferro, que é golpeado.

Se controlarmos a mente, não importa onde vivemos." 

(Pérolas de Sabedoria - Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi - Ed. Teosófica, Brasília - p. 32/34)


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A NATUREZA DA DOENÇA

"Para se compreender a natureza da doença, certas verdades fundamentais têm de ser reconhecidas.

A primeira delas é que o homem possui uma Alma que é o seu eu real;  um Ser Divino, Poderoso , Filho do Criador de todas as coisas, do qual o corpo, ainda que seja o templo terreno dessa Alma, não passa de um mínimo reflexo; que nossa Alma, nossa Divindade que habita dentro e ao redor de nós, dirige para nós nossas vidas da maneira como Ela deseja que elas sejam governadas e, tanto quanto consentimos, sempre nos guia, nos protege e nos anima, vigilante e bondosa, para que possamos extrair o máximo proveito das coisas: que ele, nosso Eu Superior, sendo uma centelha do Todo-Poderoso, é, desse modo, invencível e imortal.

A segunda é que nós, tanto quanto sabemos acerca de nós próprios neste mundo, somos personalidades vindas aqui com a missão de obter todo o conhecimento e toda a experiência que podem ser adquiridos ao longo da existência terrena; de desenvolver virtudes de que carecemos, de extinguir tudo o que é defeituoso dentro de nós e, dessa forma, avançar em direção à perfeição de nossas naturezas. A Alma sabe que ambiente e que circunstâncias nos ajudarão melhor a levar a cabo tal empresa e, por isso, nos reserva aqueles ramos da existência mais adequados para se atingir semelhante objetivo.

Em terceiro lugar, devemos compreender que a curta passagem por esta terra, que conhecemos como vida, não é mais que um breve instante no curso de nossa evolução, assim como um dia na escola está para uma vida e, embora possamos no momento ver e compreender somente esse único dia, nossa intuição nos diz que o nascimento esteve infinitamente longe do nosso começo e a morte infinitamente longe do nosso fim. Nossas almas, que são realmente nós mesmos, são imortais, e os corpos dos quais temos consciência são transitórios, como simples cavalos em que montamos para fazer uma viagem, ou como instrumentos que utilizamos para criar uma obra de arte.

Segue-se, pois, um quarto grande postulado, que afirma que, contanto que nossas Almas e personalidades estejam em harmonia, tudo é paz, alegria, felicidade e saúde. Mas o conflito aparece quando nossas personalidades são atraídas para fora da senda traçada pela Alma, por obra dos nossos desejos terrenos, ou pela persuasão dos outros. Esse conflito é a causa principal da doença e da infelicidade. (...)"

(Dr. Edward Bach - Os Remédios Florais do Dr. Bach - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 19/20)


MENTE (1ª PARTE)

"A mente é uma força maravilhosa inerente ao Eu Real. Aquilo que surge nesse corpo como 'eu' é a mente.

Quando a mente sutil emerge através do cérebro e dos sentidos, os nomes e as formas grosseiros são conhecidos. Quando permanece no Coração, nomes e formas desaparecem... Se a mente permanecer no Coração, o 'eu' ou ego, que é a fonte de todos os pensamentos, desaparece, e apenas o Ser, o Real, o Eu Eterno, brilha. Onde não existe o menor traço de ego, aí está o Eu Real.  

A mente e a respiração têm a mesma fonte. Por isso a respiração é controlada quando a mente é controlada; e a mente é controlada quando a respiração é controlada. A respiração é a forma grosseira da mente.

O prãnãyãma (controle da respiração) é apenas uma ajuda para submeter a mente, mas não servirá para matá-la. Como o prãnãyãma, a adoração de uma divindade, o japa (repetição de mantra) e a regulação da dieta, são ajudas para o controle da mente.

prãnãyãma pode ser interno ou externo. O interno é como se segue: 'eu não sou o corpo' (naham) é a exalação (rechaka); 'Quem sou eu?' (koham) é a inalação (püraka); 'Eu sou Ele' (soham) é a retenção da respiração (kumbhaka). Fazendo isso, a respiração fica automaticamente controlada. O prãnãyãma externo é para quem tem dificuldades com o controle da mente. 

Não há caminho tão seguro quanto o do controle da mente. O prãnãyãma não precisa ser exatamente como o prescrito em hatha yoga. Se a pessoa já estiver engajada na repetição (japa), meditação (dhyâna), devoção (bhakti), etc., basta apenas um pequeno controle da respiração para controlar a mente. A mente é o cavaleiro e a respiração, o cavalo. O prãnãyãma é um controle do cavalo. Através desse controle, o cavaleiro também é controlado. Um pouco de prãnãyãmabasta. Observar a respiração é um modo de prãnãyãma. A mente então é retirada de outras atividades, engajando-se na observação da respiração. Isso controla a respiração e a mente, por seu turno, fica também controlada. Se sentir dificuldade na prática da inalação e exalação (rechaka e püraka), pode-se praticar apenas a retenção da respiração por um breve intervalo, durante a repetição, a meditação, etc. Isso também produzirá bons resultados. (...)"

(Pérolas de Sabedoria - Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi - Ed. Teosófica, Brasília - p. 31/32)