OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 10 de agosto de 2013

A UNIDADE NA DIVERSIDADE

"Diversos textos santos exortam-nos a descobrir unidade na diversidade e reconhecer diversidade dentro da unidade. Isto está sendo pregado; no entanto, não podemos achar uma pessoa que, por suas ações, seja capaz de levar estar verdade a nossos corações. 

Se pretendermos reconhecer unidade na diversidade, devemos primeiro conhecer o significado de tais palavras. Podemos dizer facilmente que a eliminação da tristeza e a conquista da alegria constituem o caminho singelo, que conduz à iluminação espiritual. Mesmo neste sentido, devemos conhecer a natureza da aflição. Só então conseguiremos destruí-la ou eliminá-la. 

Algumas vezes, achamos que nossa experiência é aflitiva, tempos depois chegamos a constatar que ela até se torna agradável. E quando temos por alegre uma experiência, pode ela vir mesmo a tornar-se aflição ou angústia no decorrer do tempo."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro -p. 42)


MENTE (PARTE FINAL)

"(...) Não há outro modo de controlar a mente a não ser aquele previsto em livros como o Bhagavad-Gitã, qual seja: trazendo a mente para o interior toda vez que ela se distrair ou for para fora, assim fixando-a novamente no Eu Real. Claro, isso não é fácil, e só vem com a prática (sadhana). 

Deus ilumina a mente e brilha dentro dela. Não podemos conhecer Deus através da mente. Só nos resta voltá-la para dentro e fundi-la em Deus.

O corpo, composto de matéria inanimada, não pode dizer 'eu' (isto é, não pode ser a causa do pensamento - 'eu'). Por outro lado, a Consciência Eterna não é passível de nascimento. Entre os dois surge algo nas dimensões do corpo. É o nó entre a matéria e a Consciência (chit-jada-granthi), conhecido por vários nomes como: prisão, alma, corpo sutil, ego, samsãra, mente, etc.

Bhagavan apontou para a sua toalha e disse: Chamamos isso de pano branco, mas o pano e a sua brancura não podem ser separados; o mesmo se dá com a iluminação e a mente que se unem para formar o ego. A seguinte ilustração é dada nos livros: a luz no teatro é o Absoluto, ou Iluminação. Ela ilumina a si, o palco e os atores. Vemos o palco e os atores através de sua luz, mas a luz continua mesmo depois do espetáculo terminar.

Outra ilustração é uma barra de ferro comparada com a mente. A barra é aquecida ao fogo e se torna incandescente. Com o fogo, ela reluz e pode queimar coisas; mas, diferentemente do fogo, tem uma forma definida. Se nós a martelarmos, é a barra que recebe o golpe, não o fogo. A barra é a alma individual (jivãtman); o fogo é o Ser (Paramãtman). A mente nada pode fazer por si mesma. Ela só surge com a Luz e não pode fazer nada, bem ou mal, a não ser com a Luz. Mas, apesar de a Luz estar ali, possibilitando à mente agir bem ou mal, o prazer e a dor daí resultantes não são sentidos pela Luz; assim como quando você martela o ferro incandescente, não é o fogo, mas o ferro, que é golpeado.

Se controlarmos a mente, não importa onde vivemos." 

(Pérolas de Sabedoria - Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi - Ed. Teosófica, Brasília - p. 32/34)


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A NATUREZA DA DOENÇA

"Para se compreender a natureza da doença, certas verdades fundamentais têm de ser reconhecidas.

A primeira delas é que o homem possui uma Alma que é o seu eu real;  um Ser Divino, Poderoso , Filho do Criador de todas as coisas, do qual o corpo, ainda que seja o templo terreno dessa Alma, não passa de um mínimo reflexo; que nossa Alma, nossa Divindade que habita dentro e ao redor de nós, dirige para nós nossas vidas da maneira como Ela deseja que elas sejam governadas e, tanto quanto consentimos, sempre nos guia, nos protege e nos anima, vigilante e bondosa, para que possamos extrair o máximo proveito das coisas: que ele, nosso Eu Superior, sendo uma centelha do Todo-Poderoso, é, desse modo, invencível e imortal.

A segunda é que nós, tanto quanto sabemos acerca de nós próprios neste mundo, somos personalidades vindas aqui com a missão de obter todo o conhecimento e toda a experiência que podem ser adquiridos ao longo da existência terrena; de desenvolver virtudes de que carecemos, de extinguir tudo o que é defeituoso dentro de nós e, dessa forma, avançar em direção à perfeição de nossas naturezas. A Alma sabe que ambiente e que circunstâncias nos ajudarão melhor a levar a cabo tal empresa e, por isso, nos reserva aqueles ramos da existência mais adequados para se atingir semelhante objetivo.

Em terceiro lugar, devemos compreender que a curta passagem por esta terra, que conhecemos como vida, não é mais que um breve instante no curso de nossa evolução, assim como um dia na escola está para uma vida e, embora possamos no momento ver e compreender somente esse único dia, nossa intuição nos diz que o nascimento esteve infinitamente longe do nosso começo e a morte infinitamente longe do nosso fim. Nossas almas, que são realmente nós mesmos, são imortais, e os corpos dos quais temos consciência são transitórios, como simples cavalos em que montamos para fazer uma viagem, ou como instrumentos que utilizamos para criar uma obra de arte.

Segue-se, pois, um quarto grande postulado, que afirma que, contanto que nossas Almas e personalidades estejam em harmonia, tudo é paz, alegria, felicidade e saúde. Mas o conflito aparece quando nossas personalidades são atraídas para fora da senda traçada pela Alma, por obra dos nossos desejos terrenos, ou pela persuasão dos outros. Esse conflito é a causa principal da doença e da infelicidade. (...)"

(Dr. Edward Bach - Os Remédios Florais do Dr. Bach - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 19/20)


MENTE (1ª PARTE)

"A mente é uma força maravilhosa inerente ao Eu Real. Aquilo que surge nesse corpo como 'eu' é a mente.

Quando a mente sutil emerge através do cérebro e dos sentidos, os nomes e as formas grosseiros são conhecidos. Quando permanece no Coração, nomes e formas desaparecem... Se a mente permanecer no Coração, o 'eu' ou ego, que é a fonte de todos os pensamentos, desaparece, e apenas o Ser, o Real, o Eu Eterno, brilha. Onde não existe o menor traço de ego, aí está o Eu Real.  

A mente e a respiração têm a mesma fonte. Por isso a respiração é controlada quando a mente é controlada; e a mente é controlada quando a respiração é controlada. A respiração é a forma grosseira da mente.

O prãnãyãma (controle da respiração) é apenas uma ajuda para submeter a mente, mas não servirá para matá-la. Como o prãnãyãma, a adoração de uma divindade, o japa (repetição de mantra) e a regulação da dieta, são ajudas para o controle da mente.

prãnãyãma pode ser interno ou externo. O interno é como se segue: 'eu não sou o corpo' (naham) é a exalação (rechaka); 'Quem sou eu?' (koham) é a inalação (püraka); 'Eu sou Ele' (soham) é a retenção da respiração (kumbhaka). Fazendo isso, a respiração fica automaticamente controlada. O prãnãyãma externo é para quem tem dificuldades com o controle da mente. 

Não há caminho tão seguro quanto o do controle da mente. O prãnãyãma não precisa ser exatamente como o prescrito em hatha yoga. Se a pessoa já estiver engajada na repetição (japa), meditação (dhyâna), devoção (bhakti), etc., basta apenas um pequeno controle da respiração para controlar a mente. A mente é o cavaleiro e a respiração, o cavalo. O prãnãyãma é um controle do cavalo. Através desse controle, o cavaleiro também é controlado. Um pouco de prãnãyãmabasta. Observar a respiração é um modo de prãnãyãma. A mente então é retirada de outras atividades, engajando-se na observação da respiração. Isso controla a respiração e a mente, por seu turno, fica também controlada. Se sentir dificuldade na prática da inalação e exalação (rechaka e püraka), pode-se praticar apenas a retenção da respiração por um breve intervalo, durante a repetição, a meditação, etc. Isso também produzirá bons resultados. (...)"

(Pérolas de Sabedoria - Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi - Ed. Teosófica, Brasília - p. 31/32)


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O INÍCIO DO CAMINHO

"Há um momento na marcha evolutiva do homem em que ele começa a intuir, a princípio vagamente e depois cada vez mais claro, sua verdadeira natureza e nessa ocasião entrevê a realidade que está por detrás da aparência dos fenômenos. Repara que evolui, que há dentro dele um mundo desconhecido, mais real que físico, o qual pressiona para vir à luz. Principia, acima de tudo, a sentir uma necessidade imperiosa de se aperfeiçoar, de tomar conta de si próprio, de iniciar sua autoformação, uma vez que já não lhe bastam teorias e conhecimentos intelectuais; é-lhe indispensável passar a realizações práticas e a algo de concreto.

Se antes houvera um período de buscas, de exame intelectual, de aquisição mental da verdade, ou de escolha entre várias teorias, agora, ao contrário, há uma adesão íntima aos conhecimentos reunidos, uma aspiração de os tornar parte real da vida da personalidade e uma necessidade de transformação de si próprio visando a tornar-se um canal de energias espirituais.

Em outras palavras, o homem declara-se, conscientemente, a favor das forças evolutivas e com elas colabora.

Inicia-se, então, para o homem, o período evolutivo chamado ‘caminho do aspirante espiritual’, porquanto sua nota fundamental é a aspiração (...).

O efeito de tal aspiração é o homem sentir nascer no seu íntimo o propósito de cuidar de si próprio, de purificar-se, de autoformar-se. A autoformação é, com efeito, o sinal de reconhecimento da aspiração espiritual.

(...) O trabalho de autoformação não é fácil nem simples. É uma verdadeira técnica, que exige constância e firmeza de propósito, mas é o mais belo e luminoso trabalho que o homem pode empreender, pois é aquele para o qual foi criado o que faz dele um participante do Plano Divino."

(Angela Maria La Sala Batà - O Caminho do Aspirante Espiritual - Ed.Pensamento, São Paulo - p. 9/10)