OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

MENTE (1ª PARTE)

"A mente é uma força maravilhosa inerente ao Eu Real. Aquilo que surge nesse corpo como 'eu' é a mente.

Quando a mente sutil emerge através do cérebro e dos sentidos, os nomes e as formas grosseiros são conhecidos. Quando permanece no Coração, nomes e formas desaparecem... Se a mente permanecer no Coração, o 'eu' ou ego, que é a fonte de todos os pensamentos, desaparece, e apenas o Ser, o Real, o Eu Eterno, brilha. Onde não existe o menor traço de ego, aí está o Eu Real.  

A mente e a respiração têm a mesma fonte. Por isso a respiração é controlada quando a mente é controlada; e a mente é controlada quando a respiração é controlada. A respiração é a forma grosseira da mente.

O prãnãyãma (controle da respiração) é apenas uma ajuda para submeter a mente, mas não servirá para matá-la. Como o prãnãyãma, a adoração de uma divindade, o japa (repetição de mantra) e a regulação da dieta, são ajudas para o controle da mente.

prãnãyãma pode ser interno ou externo. O interno é como se segue: 'eu não sou o corpo' (naham) é a exalação (rechaka); 'Quem sou eu?' (koham) é a inalação (püraka); 'Eu sou Ele' (soham) é a retenção da respiração (kumbhaka). Fazendo isso, a respiração fica automaticamente controlada. O prãnãyãma externo é para quem tem dificuldades com o controle da mente. 

Não há caminho tão seguro quanto o do controle da mente. O prãnãyãma não precisa ser exatamente como o prescrito em hatha yoga. Se a pessoa já estiver engajada na repetição (japa), meditação (dhyâna), devoção (bhakti), etc., basta apenas um pequeno controle da respiração para controlar a mente. A mente é o cavaleiro e a respiração, o cavalo. O prãnãyãma é um controle do cavalo. Através desse controle, o cavaleiro também é controlado. Um pouco de prãnãyãmabasta. Observar a respiração é um modo de prãnãyãma. A mente então é retirada de outras atividades, engajando-se na observação da respiração. Isso controla a respiração e a mente, por seu turno, fica também controlada. Se sentir dificuldade na prática da inalação e exalação (rechaka e püraka), pode-se praticar apenas a retenção da respiração por um breve intervalo, durante a repetição, a meditação, etc. Isso também produzirá bons resultados. (...)"

(Pérolas de Sabedoria - Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi - Ed. Teosófica, Brasília - p. 31/32)


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O INÍCIO DO CAMINHO

"Há um momento na marcha evolutiva do homem em que ele começa a intuir, a princípio vagamente e depois cada vez mais claro, sua verdadeira natureza e nessa ocasião entrevê a realidade que está por detrás da aparência dos fenômenos. Repara que evolui, que há dentro dele um mundo desconhecido, mais real que físico, o qual pressiona para vir à luz. Principia, acima de tudo, a sentir uma necessidade imperiosa de se aperfeiçoar, de tomar conta de si próprio, de iniciar sua autoformação, uma vez que já não lhe bastam teorias e conhecimentos intelectuais; é-lhe indispensável passar a realizações práticas e a algo de concreto.

Se antes houvera um período de buscas, de exame intelectual, de aquisição mental da verdade, ou de escolha entre várias teorias, agora, ao contrário, há uma adesão íntima aos conhecimentos reunidos, uma aspiração de os tornar parte real da vida da personalidade e uma necessidade de transformação de si próprio visando a tornar-se um canal de energias espirituais.

Em outras palavras, o homem declara-se, conscientemente, a favor das forças evolutivas e com elas colabora.

Inicia-se, então, para o homem, o período evolutivo chamado ‘caminho do aspirante espiritual’, porquanto sua nota fundamental é a aspiração (...).

O efeito de tal aspiração é o homem sentir nascer no seu íntimo o propósito de cuidar de si próprio, de purificar-se, de autoformar-se. A autoformação é, com efeito, o sinal de reconhecimento da aspiração espiritual.

(...) O trabalho de autoformação não é fácil nem simples. É uma verdadeira técnica, que exige constância e firmeza de propósito, mas é o mais belo e luminoso trabalho que o homem pode empreender, pois é aquele para o qual foi criado o que faz dele um participante do Plano Divino."

(Angela Maria La Sala Batà - O Caminho do Aspirante Espiritual - Ed.Pensamento, São Paulo - p. 9/10)


DEUS E O HOMEM BUSCAM O AMOR INCONDICIONAL

"Deus é muito paciente com Seus filhos. Ele nos ama incondicionalmente. E não é esse o tipo de amor que Lhe imploramos? Não queremos de Deus um amor tão inconsistente que se cometermos algum erro, ou formos incapazes de viver sempre de acordo com nossos mais elevados ideais, Ele nos abandonará. Nem deveria nosso amor por Deus ser tão frágil que se, por engano, pensássemos que Ele nos abandonou, por nossa vez nós O abandonaríamos. Esse tipo de amor não tem sentido. Queremos o amor que seja incondicional e eterno. E se o queremos para nós mesmos, ao que parece devemos estar dispostos a oferecer essa espécie de amor a Deus e empenhar-nos a dá-lo também aos outros neste mundo. 

Sei muito bem - sem dúvida, de muitas vidas e experiências passadas - que nenhum ser humano pode me dar o que procuro. Toda adoração, glória, elogio ou amor que qualquer criatura humana me pode dar não será suficiente. Só Deus pode satisfazer minha alma. Só Ele pode satisfazer completamente os profundos anseios de cada um de nós."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 110/111)


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A LUZ DOS SORRISOS

"Acenderei a mecha dos sorrisos. Meu véu de tristeza desaparecerá. À luz de meus sorrisos, contemplarei minha alma, oculta pelas trevas acumuladas ao longo das eras. Encontrando a mim mesmo, correrei por todos os corações, com a tocha dos sorrisos de minha alma. Primeiro, sorrirá o meu coração; depois, os meus olhos e o meu rosto. Cada parte do meu corpo resplandecerá na luz dos sorrisos. 

Correrei por entre as moitas dos corações melancólicos e farei uma fogueira de todas as tristezas. Sou o irresistível fogo dos sorrisos. Avivado pela brisa da alegria de Deus, abrirei caminho pelas trevas de todas as mentes. Meus sorrisos transmitirão Seus sorrisos, e todo aquele que cruzar meu caminho capturará o aroma de minha divina alegria. Levarei tochas fragrantes e purificadoras de sorrisos a todos os corações. 

Ajudarei a sorrirem aqueles que choram, sorrindo eu próprio, mesmo nas dificuldades.

No regozijo de todos os corações, ouço o eco de Tua bem-aventurança. Na amizade de todos os corações sinceros, descubro Tua amizade. A prosperidade de meus irmãos me dá tanta alegria quanto minha própria prosperidade. Ajudando os outros a serem sábios, aumento a minha própria sabedoria. Na felicidade de todos, encontro minha própria felicidade.

Nada há de apagar meus sorrisos. A morte soturna, a enfermidade ou o fracasso não podem me amedrontar. As catástrofes são, na verdade, incapazes de me atingir, porque tenho em minha alma a invencível, imutável, sempre nova bem-aventurança de Deus. 

Ó Riso divino e silencioso, ocupa Teu trono sob o dossel de meu semblante e sorri através de minha alma.

Procurarei ser um bilionário de alegria, contando minha riqueza na moeda do Teu reino: a bem-aventurança sempre nova. Desse modo terei, ao mesmo tempo, a prosperidade material e espiritual de que necessito."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 93/95)


COMPAIXÃO, SOLIDARIEDADE E AMOR - AS FORÇAS QUE CURAM

"A força do amor e da piedade humana nunca é desperdiçada, mas sim cuidadosamente preservada. O menor pensamento de solidariedade para com um indivíduo diminui o sofrimento do todo. Devemos inundar toda nossa natureza, portanto, com a mais profunda solidariedade e, através deste ato, diminuir o pesado karma de doença que paira sobre o mundo. Pense no amor e assim diminua o ódio; pense na alegria e diminua a tristeza; pense na saúde e diminua a doença; pois estes pensamentos pertencem à luz solar da manifestação e aumentam o seu poder de modo que os homens tornam-se menos propensos a desgarrar-se na escuridão de onde brota a doença.

Se fôssemos fortes o suficiente em compaixão, em solidariedade, em amor, poderíamos apenas com isso curar, pois estes são poderes enormes. À medida que podemos expressá-los, assumimos verdadeiramente a função de curar nossos semelhantes. Cada esforço altruísta par aliviar o sofrimento, encontre ou não o sucesso físico imediato, definitivamente diminui o karma de doença da humanidade.

Ao homem foi dado o livre arbítrio para que possa tornar-se um deus, onipotente, onisciente e onipresente. No início ele o usa para a maldade e sofre. Com o sofrimento aprende a usá-lo apenas para ‘o reto comportamento, no qual mora a virtude.’ No final sua vontade ainda é livre, mas se volta naturalmente e sempre para o bem. Tal é o propósito do sofrimento: esta é também a meta da vida humana, que o neófito espiritual aspira alcançar no menor tempo possível, a fim de mais efetivamente curar e auxiliar o mundo."

(Geoffrey Hodson - Saúde e Espiritualidade, Uma Visão oculta da Saúde e da Doença - Ed. Teosófica, Brasília - p. 22/23)