OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

COMPAIXÃO, SOLIDARIEDADE E AMOR - AS FORÇAS QUE CURAM

"A força do amor e da piedade humana nunca é desperdiçada, mas sim cuidadosamente preservada. O menor pensamento de solidariedade para com um indivíduo diminui o sofrimento do todo. Devemos inundar toda nossa natureza, portanto, com a mais profunda solidariedade e, através deste ato, diminuir o pesado karma de doença que paira sobre o mundo. Pense no amor e assim diminua o ódio; pense na alegria e diminua a tristeza; pense na saúde e diminua a doença; pois estes pensamentos pertencem à luz solar da manifestação e aumentam o seu poder de modo que os homens tornam-se menos propensos a desgarrar-se na escuridão de onde brota a doença.

Se fôssemos fortes o suficiente em compaixão, em solidariedade, em amor, poderíamos apenas com isso curar, pois estes são poderes enormes. À medida que podemos expressá-los, assumimos verdadeiramente a função de curar nossos semelhantes. Cada esforço altruísta par aliviar o sofrimento, encontre ou não o sucesso físico imediato, definitivamente diminui o karma de doença da humanidade.

Ao homem foi dado o livre arbítrio para que possa tornar-se um deus, onipotente, onisciente e onipresente. No início ele o usa para a maldade e sofre. Com o sofrimento aprende a usá-lo apenas para ‘o reto comportamento, no qual mora a virtude.’ No final sua vontade ainda é livre, mas se volta naturalmente e sempre para o bem. Tal é o propósito do sofrimento: esta é também a meta da vida humana, que o neófito espiritual aspira alcançar no menor tempo possível, a fim de mais efetivamente curar e auxiliar o mundo."

(Geoffrey Hodson - Saúde e Espiritualidade, Uma Visão oculta da Saúde e da Doença - Ed. Teosófica, Brasília - p. 22/23)


terça-feira, 6 de agosto de 2013

BUSCANDO A VERDADE (PARTE FINAL)

"(...) A literatura teosófica e outras literaturas espirituais oferecem sugestões que podem levar ao despertar do nosso eu interior e a descobrir que não apenas temos uma alma, mas que somos essa alma. Essas sugestões não são uma série de fatos, a serem aprendidos. Não são instruções para o estabelecimento de um laboratório científico no qual possamos provar a nós mesmos e aos outros a verdade ou a falsidade a respeito do eu interno. Em vez disso, as sugestões são diretrizes para se viver de tal maneira que verdadeiramente nos ternemos o laboratório científico. 

Bem no coração desse modo de vida que leva a um certo conhecimento estão dois princípios essenciais: 1. Uma busca implacável pela Verdade; 2. Compaixão.

A primeira, a busca implacável pela Verdade, está implícita no lema da Sociedade Teosófica: 'Não há Religião Superior à Verdade'. Mas o que é a Verdade? Quando Pilatos fez essa pergunta, Jesus não respondeu. Ele permaneceu em silêncio talvez porque embora as ideias, teorias e opiniões possam ser expressadas em palavras, a Verdade não pode sê-lo.

Compaixão é amor impessoal, é uma resposta que surge de uma realização de nossa unidade mais profunda. Enquanto a busca unicamente por conhecimento pode levar ao egoismo, a busca pela Verdade última leva em direção à realização da unidade, e a resposta a essa realização é a compaixão universal.

Esses dois princípios - a busca incansável pela Verdade e a compaixão - são a marca registrada do verdadeiro teosofista e levam ao despertar do eu interno, a uma vida altruísta, e à 'regeneração da Fraternidade prática'. Levam a esses resultados, isto é, se nosso motivo for impessoal e sem qualquer pensamento sobre o eu."

(Ed Abdill - Revista TheoSophia Abril/Maio/Junho de 2010 - Pub. Sociedade Teosófica no Brasil - p. 50/51)


ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE

"A espiritualidade hindu requer uma explicação aprofundada, que mostre sua abrangência e de que forma difere da religião. Tudo que diz respeito às formas exteriores pertence à religião, ao passo que a amplitude da espiritualidade se encontra na vida interior. A religião pode ser praticada em grupo, com ritos e cerimônias fortemente ligados à vida social, e pode conter doutrinas e dogmas. A espiritualidade, porém, é inteiramente pessoal e não depende de formas exteriores. Transcende todas as religiões, conduzindo a um estado de compreensão no qual as diferenças cessam.

O ser humano que pratica uma religião é um homem religioso, mas não será necessariamente um ser espiritual até descobrir em si mesmo a manifestação de outra qualidade: uma visão universal muito mais vasta do que o mundo observado ao nosso redor.

(...) Enquanto o homem estiver no estado de consciência comum, limitado, não saberá que a criação inteira é permeada por Aquele que é Brahman. Esse é um fato que ninguém pode explicar. Na vida cotidiana não temos consciência da existência dessa unidade fundamental e única. Com sua diversidade a natureza exerce uma atração tão grande sobre nós, que sequer buscamos o que está subjacente a ela. A força da natureza exterior nos prende, controla, domina e impede nosso conhecimento de Brahman, a Verdade Suprema."

(Swami Ritajananda - A Prática da Meditação - Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro - p. XXI/XXII)


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

BUSCANDO A VERDADE (2ª PARTE)

"(...) Blavatsky, tal como outros sábios instrutores, insistia em que a Verdade não podia ser ensinada em palavras. 'O instrutor pode apenas apontar o caminho', diz A Voz do Silêncio (Fragmento III). Mais do que isso não podem fazer as palavras. Podemos expressar nossas crenças e teorias em palavras, mas não podemos fazer com que os outros experienciem uma verdade simplesmente falando sobre ela. 

Ademais, só crença e teoria são não apenas insuficientes, pois, quando se cristalizam num sistema de crença, podem na verdade bloquear nossa compreensão e nosso desenvolvimento espiritual. Isso pode ser ilustrado por um exemplo simples. Se alguns amigos descrevem um fruto tropical delicioso, mas raro, que jamais vimos ou experimentamos, a descrição que fazem pode ser totalmente acurada. É doce, dizem-nos eles. Tem gosto algo parecido com uma mistura de manga, pêssego e abacaxi. Tendo ouvido essa acurada descrição, sabemos que gosto tem a fruta? Certamente que não; devemos experimentar por nós mesmos para podermos saber e, quando o fizermos, inevitavelmente o gosto será diferente do que imaginávamos.  

Do mesmo modo, quando ouvimos ou lemos um ensinamento ou uma doutrina, formamos uma ideia a partir de nossa própria experiência do que aquilo possa se referir. Mas se nós mesmos não tivemos a experiência a que o ensinamento se refere, as ideias que formamos a respeito são inevitavelmente falsas. 

Dizer que a Verdade não pode ser transmitida por palavras não significa que devamos abandonar as teorias ou as suposições razoáveis a respeito da realidade. As teorias podem ser bastante acuradas, os ensinamentos precisos. Contudo, a não ser que os verifiquemos tanto dentro quanto fora de nós, cairemos em erro. O que nos pedem para fazer é compreender que todas as teorias são mapas, e não os locais que os mapas representam. (...)"

(Ed Abdill - Revista TheoSophia Abril/Maio/Junho de 2010 - Pub. Sociedade Teosófica no Brasil - p. 49/50)


SOMENTE A SENDA DO AMOR PODE LEVAR A DEUS

"Pessoas percorrem o país pretendendo ser autoridades altamente avançadas em japa (repetição de um mantra) e dhyana (meditação), e assim conseguem grandes auditórios. A realização espiritual, porém, dispensa publicidade. A prática espiritual deve ser feita em silêncio, longe dos olhos do público. Algumas pessoas podem se proclamar superiores e supremas, mas embora tenham alcançado alturas, seus olhos, no entanto, vagam como os dos urubus, vasculhando o chão lá embaixo, à procura de alimentos; embora voem alto, seus pensamentos são baixos. Salvem-se vocês por seus próprios esforços. Adquiram discriminação, e realizem a Verdade.

Há os que são atraídos por vários sistemas e métodos, como Hatha Yoga, Kriya Yoga, ou Raja Yoga. Proclamam eles que ajudam as pessoas a realizarem o Ser. Nenhum deles, porém, pode fazer você realizar Deus. Somente a Prema Yoga (a senda do Amor) pode levar a Deus. Tais métodos de Yoga podem acalmar temporariamente as agitações da mente, podem melhorar a saúde e até prolongar a vida por alguns anos, mas é só o que podem fazer."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 66/67)