OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

BUSCANDO A VERDADE (2ª PARTE)

"(...) Blavatsky, tal como outros sábios instrutores, insistia em que a Verdade não podia ser ensinada em palavras. 'O instrutor pode apenas apontar o caminho', diz A Voz do Silêncio (Fragmento III). Mais do que isso não podem fazer as palavras. Podemos expressar nossas crenças e teorias em palavras, mas não podemos fazer com que os outros experienciem uma verdade simplesmente falando sobre ela. 

Ademais, só crença e teoria são não apenas insuficientes, pois, quando se cristalizam num sistema de crença, podem na verdade bloquear nossa compreensão e nosso desenvolvimento espiritual. Isso pode ser ilustrado por um exemplo simples. Se alguns amigos descrevem um fruto tropical delicioso, mas raro, que jamais vimos ou experimentamos, a descrição que fazem pode ser totalmente acurada. É doce, dizem-nos eles. Tem gosto algo parecido com uma mistura de manga, pêssego e abacaxi. Tendo ouvido essa acurada descrição, sabemos que gosto tem a fruta? Certamente que não; devemos experimentar por nós mesmos para podermos saber e, quando o fizermos, inevitavelmente o gosto será diferente do que imaginávamos.  

Do mesmo modo, quando ouvimos ou lemos um ensinamento ou uma doutrina, formamos uma ideia a partir de nossa própria experiência do que aquilo possa se referir. Mas se nós mesmos não tivemos a experiência a que o ensinamento se refere, as ideias que formamos a respeito são inevitavelmente falsas. 

Dizer que a Verdade não pode ser transmitida por palavras não significa que devamos abandonar as teorias ou as suposições razoáveis a respeito da realidade. As teorias podem ser bastante acuradas, os ensinamentos precisos. Contudo, a não ser que os verifiquemos tanto dentro quanto fora de nós, cairemos em erro. O que nos pedem para fazer é compreender que todas as teorias são mapas, e não os locais que os mapas representam. (...)"

(Ed Abdill - Revista TheoSophia Abril/Maio/Junho de 2010 - Pub. Sociedade Teosófica no Brasil - p. 49/50)


SOMENTE A SENDA DO AMOR PODE LEVAR A DEUS

"Pessoas percorrem o país pretendendo ser autoridades altamente avançadas em japa (repetição de um mantra) e dhyana (meditação), e assim conseguem grandes auditórios. A realização espiritual, porém, dispensa publicidade. A prática espiritual deve ser feita em silêncio, longe dos olhos do público. Algumas pessoas podem se proclamar superiores e supremas, mas embora tenham alcançado alturas, seus olhos, no entanto, vagam como os dos urubus, vasculhando o chão lá embaixo, à procura de alimentos; embora voem alto, seus pensamentos são baixos. Salvem-se vocês por seus próprios esforços. Adquiram discriminação, e realizem a Verdade.

Há os que são atraídos por vários sistemas e métodos, como Hatha Yoga, Kriya Yoga, ou Raja Yoga. Proclamam eles que ajudam as pessoas a realizarem o Ser. Nenhum deles, porém, pode fazer você realizar Deus. Somente a Prema Yoga (a senda do Amor) pode levar a Deus. Tais métodos de Yoga podem acalmar temporariamente as agitações da mente, podem melhorar a saúde e até prolongar a vida por alguns anos, mas é só o que podem fazer."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 66/67)


domingo, 4 de agosto de 2013

BUSCANDO A VERDADE (1ª PARTE)

"Devemos descobrir a Verdade dentro de nós mesmos, Ela deve resultar de nossa experiência e não de nossa crença.

Experienciar a Verdade é compreender um princípio. Essa compreensão nos chega num lampejo súbito, infinito. Um minuto e não entendemos, e no minuto seguinte entendemos. Não existe tempo mensurável entre saber e não saber. Quando tal insight ilumina a mente, a crença é substituída pela compreensão. O resultado desse lampejo intuitivo é uma experiência de integração, totalidade, paz, e em alguns casos até mesmo bem-aventurança. Por um momento infinito, podemos dizer que nossa mente tornou-se una com a Mente Universal, com a própria Verdade. Conhecedor e conhecido tornaram-se um e não há mais eu e a verdade, mas apenas Verdade. 

Dizer que a Verdade deve ser experienciada não é dizer que o conhecimento intelectual não seja importante. Existem muitos fatos críticos importantes que devemos aprender, tais como o endereço de nossa casa, o número de quilômetros entre nossa cidade e aquela que vamos visitar, ou onde guardamos nosso casaco. Existem, porém, outros tipos de conhecimento que adquirimos somente por meio da experiência. Por exemplo, podemos ler livros sobre como andar de bicicleta, mas jamais seremos capazes de verdadeiramente fazê-lo, a não ser que peguemos uma bicicleta e aprendamos a manejá-la por meio da tentativa e erro. Contudo, acreditar em algo simplesmente porque alguém nos disse é muito semelhante a ler livros ou andar de bicicleta, lembrando o que foi dito, e pensando que sabemos andar de bicicleta. 

Não estamos livres dos séculos durante os quais a humanidade foi condicionada a confiar numa autoridade em vez de descobrir por si mesma. Nós, também, tendemos a acreditar naquilo que nos dizem aquelas pessoas a quem admiramos, ou aquelas que parecem saber o que seja a verdade. Também frequentemente confiamos em alguma autoridade. (...)"

(Ed Abdill - Revista TheoSophia Abril/Maio/Junho de 2010 - Pub. Sociedade Teosófica no Brasil - p. 49)


A OBSERVAÇÃO INTERNA

"A existência do eu é conhecida através dos seus movimentos na forma de pensamentos, emoções, motivações e assim por diante. Se não há movimento, é impossível ter consciência do eu. Para compreender a sua natureza, é preciso, portanto, entender o que está acontecendo interiormente, o que não é fácil, porque a natureza e a qualidade das atividades da mente estão constantemente se modificando. Se a mente aprendeu a ser sofisticada, essas mudanças são rápidas e sutis. São necessárias clareza, lógica e perspicácia para que a pessoa possa perceber e entender estes movimentos.

A observação dos fatos externos aumenta a perspicácia e a clareza. A pessoa que não está acostumada a observar fica, inevitavelmente, em desvantagem diante da tarefa de conhecer o eu. Assim, deve-se aprender a ver as árvores, a terra, o céu e as estrelas, a feiura e a beleza, a dor e a alegria.

Pode parecer uma perda de tempo fazer algo tão banal como olhar e observar as coisas. Mas isso é necessário para que cada candidato ao autoconhecimento perceba as limitações de seu poder de observação; como ele perde modulações sutis e nuances, e de que forma pode aprender sobre cores, formas, movimentos e sentimentos através da observação cuidadosa.

Ao fazer isso, a mente aprende a olhar, ganha lucidez e perspicácia, flexibilidade e sutileza, e faz uma preparação para olhar para dentro. Também é preciso que a mente aprenda a ser racional e lógica na observação dos fatos, pois sem essa capacidade, provavelmente ela será enganada ao olhar as atividades internas."

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento - Ed. Teosófica, Brasília - p. 67/70)


sábado, 3 de agosto de 2013

SOMOS DEUSES (PARTE FINAL)

"(...) O yoguin nunca se preocupa com seus pecados ou com o pecado. Prefere atender ao oposto, e afirma sua unidade com o Divino, imitando Jesus ao dizer: 'Eu e o Pai somos um'. Jesus realizou isso. Convidados estamos nós a imitá-lo. Potencialmente, somos divinos. E a existência nos foi dada para que possamos atualizar essa potencialidade. Divinizar-nos é desafio.

Religiosos - dogmáticos e fanáticos - acharão mesmo que comete profanação quem não se humilha, quem não se afirma degradado e pecador. Acreditar-se herdeiro do Absoluto é tido por irreverência e pecado, aos olhos de muitas vítimas da nociva pedagogia religiosa da autodepreciação piedosa. 

Tais pessoas precisam aprender de Ramakrisna que 'nenhum orgulho que exprima a glória da Alma chega a ser orgulho. Nenhuma humildade que procure humilhar nosso Ego verdadeiro merece o nome de humildade'. Para tais pessoas que confundem humildade com humilhação autodestrutiva, um dia escrevi: 'Quando eu disse ao caroço da laranja que dentro dele dormia um laranjal inteirinho, ele sorriu e zombou de mim, e se mostrou estupidamente incrédulo. Tu és a semente da Eternidade, do Infinito...' (Hermógenes, Mergulho na paz).

Um dos caminhos da divinização é repetir 'Ham Sa, Sa Ham' ou seja 'Eu sou Ele, Ele é eu'. É um mantram universal que, à força de ser repetido com fé, convicção e tranquila insistência, acaba por realizar-se.

Reflexão: Perdoa, Suprema Beatitude, meu erro de considerar-me ínfimo e desgraçado. Perdoa, Verdade Suprema, o erro que me tem feito presa da mentira. Perdoa, Infinitude, a 'crença' que me tem limitado. Perdoa, Vida, a minha crença da morte. Perdoa, Paz, meu viver, que tem sido intranquilo. Perdoa, Luz, que tenho sido a treva que tenho admitido ser. Perdoa, Pai, por não poder dizer ainda que somos um só. Mesmo assim, estarei sempre a afirmar: Eu sou Tu, Beatitude, Verdade, Infinitude, Vida Eterna, Plenitude e Paz..."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 162/163)