OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 10 de julho de 2013

A MENTE FIXADA NA PERCEPÇÃO DO UNO É ESTÁVEL E SEGURA

"A mente que se fixou na percepção do Uno é igual a uma rocha. Nunca afetada pela dúvida, é estável e segura. Deus, quando acessível à adoração e à contemplação, é referido como Hiranyagarbha, isto é, o Útero Dourado, a Origem da Criação, o Príncipe Imanente que quis se tornar múltiplo e se manifestar.* Deus não chega a ser afetado, seja o que for que o homem lhe queira fazer. É ouro, que continua sendo, nas jóias e através de todas elas. Deus também é modelado pela imaginação, inclinação e intelecto do homem, que Lhe dão formas diversas, grandes ou grotescas, medonhas ou encantadoras. O homem cria tais imagens, e diante delas depõe seus desejos, receios, sonhos, fobias e fantasias. 

Ele é em você; e é aquilo que permitiu você O projetar no mundo externo como este ídolo ou aquela imagem a que você recorre para lhe atender em suas aflições e para lhe conceder paz. Sem a inspiração, o alívio e a alegria, que, de dentro, Ele confere, você será como um louco delirante, como um navio que perdeu suas amarras e é sacudido, sem leme, no mar tempestuoso. Mantenha diálogo com Ele e dê seus passos conforme Ele dirige, e assim você atingirá o objetivo, cedo e salvo. O quadro diante do qual você senta, as flores que você colocou, os hinos que canta, os votos que se impôs, a vigília que mantém são atitudes que limpam, que removem obstáculos no caminho conduzente à constatação de Deus dentro. Quando cessar a fascinação do corpo, a luz do Deus interno resplandecerá, iluminando seus pensamentos, palavras e ações."

Hiranyagarbha, como "ovo cósmico" é Um, mas optou por se manifestar como o universo multifário, multicor, multissonoro... e se multiplicou. 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 73/74)


A TEOSOFIA NO LAR (3ª PARTE)

"(...) O Plano Divino proporciona à alma tantas oportunidades quantas forem necessárias, para que finalmente adquira força e virtude. Portanto, nenhum pai que tenha cumprido o seu dever, pode considerar-se culpado se a criança não corresponder aos ideais da virtude. As oportunidades que a criança recusa, surgirão novamente, mas apenas depois que ela aprender, através do sofrimento, a aproveitá-la. O que os pais deverão fazer sempre nessas circunstâncias é não considerar a alma somente pelos seus fracassos, aumentando assim suas debilidades, mas pensar em suas virtudes, e assim reforçá-las.

Na educação das crianças, uma questão importante é como levar a criança a fazer o que é certo e não o errado. Infelizmente a civilização até hoje tem acreditado que algum tipo de castigo corporal é inevitável como parte do processo. Não há dúvida de que os pais têm o dever de educar as crianças, mas nem por isso têm o direito de pressioná-las; a desculpa de que os castigos corporais são benéficos às crianças, não levou em consideração todos os aspectos da questão. Não se pode negar que, na primeira infância, o corpo da criança é, em grande parte, uma inteligência animal encoberta pela natureza da alma e que muitas de suas atividades não se relacionam absolutamente com as da alma; não é a alma que come e bebe, fica irritada ou teimosa, feliz com brinquedos ou ri quando lhe fazemos cócegas. É preciso se reconhecer que, em muitas ocasiões, esta natureza animal da criança necessita ser dominada; mas qualquer espécie de pressão externa por meio de castigos corporais, embora possa ou não alcançar o objetivo desejado, produz, seguramente, certo endurecimento nos veículos sutis da criança, endurecimento que as torna mais e mais insensíveis a influências espirituais do Ego. 

A natureza superior da criança, representada por suas emoções latentes e por seus pensamentos, é muito sensível na infância; com cuidados especiais, pode-se conseguir que a criança, ao crescer, adquira uma natureza emocional boa e alegre e uma mentalidade aberta e intuitiva. Qualquer tratamento ríspido endurece seus sentimentos mais delicados, embora pareça produzir bons resultados no controle do corpo físico. Os repetidos choques nessa delicada natureza acabam embotando e matando aquela elevada sensibilidade que deveria predominar em todos os homens e mulheres, como característica normal dos seres humanos. O indivíduo que sente gratidão por aqueles que o ensinaram a ser bom através de castigo, não percebe quanto melhor poderia ter sido, se os responsáveis por sua formação houvessem compreendido e adotado um sistema mais racional de educação. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília - p. 15/17)


terça-feira, 9 de julho de 2013

SER EQUÂNIME EM TODOS OS MOMENTOS

"(...) qual a melhor forma de lidarmos com as adversidades e insultos do mundo? Respondo que somente por meio da autêntica equanimidade. Para melhor expressar o significado dessa palavra, nada melhor que uma história. (...)
- Pois bem... Em certa cidade no sul da Índia, vivia um santo muito piedoso com seu único discípulo. Esse discípulo fiel e prestativo costumava servir ao Mestre em tudo. Realizava qualquer tarefa sem questionar a sabedoria de seu Guru. Aliás, esse é o verdadeiro procedimento do homem que deseja realizar-se em Deus. Ouvir as palavras do Mestre e segui-las com perfeita confiança segurando firmemente em sua destra é a atitude do discípulo ideal, assim como o fez Milarepa.
- Esse Mestre a que me refiro e seu único e fiel discípulo levavam uma vida simples, em singela completude. Certo dia, enquanto passeava livremente pela cidade, o chela sofreu um grave insulto que o deixou profundamente magoado. Chocado com o ultraje, recorreu ao Mestre pedindo orientações sobre como deveria agir em tal situação.
- O Mestre o ouviu atentamente, então, pediu ao obediente chela que fosse até o cemitério e, ali, diante dos túmulos, dirigisse todo tipo de elogio. Ao fazer isso, deveria retornar e contar o que observou.
- O obediente discípulo foi ao cemitério sem questionar o estranho pedido do Mestre e fez, no silencioso dormitório dos mortos, todo tipo de elogio aos frios e emudecidos túmulos. Voltando ao Mestre, este lhe perguntou: 
"E, então, o que disseram os mortos?"
"Nada senhor."
"Neste caso, volte lá e faça todo tipo de insulto aos mortos. Lança uma série de impropério sobre eles e, depois, volte aqui e me conte o que aconteceu."
- Cumprindo, mais uma vez, o desejo do Mestre, o fiel discípulo retornou ao cemitério e lançou sobre os túmulos todo tipo de insultos. Ao retornar ao Mestre, este lhe perguntou:
"E, então, o que fizeste?"
"Tal como o senhor me pediu, lancei sobre os mortos todo o tipo de insultos, mas nenhuma resposta obtive."  
- Respondeu o Mestre:
"Da mesma forma como os mortos não se envaidecem com os elogios e não se ofendem com os impropérios, tu, ó, chela, se desejas alcançar a realização interior, deves ser equânime em todos os momentos, seja na alegria, seja na tristeza, diante da glória e da injúria, diante da vida e da morte, da saúde e da doença, da vitória e da derrota.
Que nada neste mundo possa feri-lo, nenhum insulto atirado pela pólvora da ira ou da inveja do homem ignorante. Que nada possa abalar sua postura diante da vida, que ninguém seja capaz de provocar dano em tua conduta.
Teu ser imortal não é o corpo, nem a mente, nem os ossos do corpo, nem o sangue rubro correndo nas veias, nem teus pensamentos ou sentimentos, nem teus estados de ânimo, nem tuas vitórias ou derrotas. Teu ser imortal não pode ser ferido, manchado pelo pecado ou destruído por arma alguma.
Teu ser imortal é o Espírito eterno e onipresente. E, se tua natureza mais íntima é o Espírito, ó Shishya, quem pode ferir-lo? Quem pode insultar-te?"
- Após leve pausa, concluiu o Mestre:
"Aquele que recebe elogio hoje, pode ser insultado amanhã. Portanto, não sejas como a folha solta à mercê dos ventos dos elogios inúteis, bem como dos insultos. 
Elogios não nos garantem o céu. Insultos não nos levam para o inferno. Mas a equanimidade, esta sim, é prova de verdadeira realização espiritual, portanto, permanece na beatífica paz da equanimidade que está muito além das equivocadas opiniões alheias. Ainda que o mundo inteiro esteja contra ti, se Deus e o teu Guru estiverem ao teu lado, és o ser mais feliz deste mundo. 
Tudo é transitório e ilusório, portanto, ancora teu ser na imortalidade, a única que não fenece. (...)"

(Alexandre Campelo - O Encantador de Pessoas - Chiado Editora - p. 339/341)


A TEOSOFIA NO LAR (2ª PARTE)

"(...) Isto precisa ser feito, em primeiro lugar, criando um ambiente favorável a uma vida sadia; é dever dos pais conhecerem as regras de higiene e salubridade, para que as condições físicas da criança possam ser as mais perfeitas possíveis. Em seguida, os pais devem prover uma atmosfera emocional e mental que ajude a criança. A alma da criança não é perfeita; ela vem de vidas anteriores, nas quais tanto foi má quando boa; portanto, ao voltar a um novo nascimento na Terra, já existem nela as duas tendências.

Mas os pais podem ajudar a evolução da criança, fazendo-a recordar, nos primeiros anos de sua infância, apenas as experiências boas e caridosas e não as más e cruéis. É verdade que a alma deve erradicar o mal em si apenas através de sua própria ação; mas os outros podem facilitar essa tarefa por meio de sua influência, especialmente quando a alma que necessita de auxílio começa uma nova vida como criança, enfatizando o seu lado bom e não o mau.

Portanto os pais devem compreender a invisível força do pensamento e da emoção, saber como um pensamento de cólera, por exemplo, manifestado ou não, alimenta as sementes da ira que a criança tenha trazido de suas vidas passadas, enquanto que pensamentos de amor e carinho destroem os germens do mal e, ao mesmo tempo, alimentam as sementes do bem. Uma alma possuidora de tendências boas e más podem principiar a sua nova experiência de vida sendo uma criança muito boa em vez de má, se os pais alimentarem nela bons pensamentos e sentimentos em vez de maus. 

Embora seja dever dos pais rodearem as crianças de tudo o que possa desenvolver a bondade e a beleza, não se pode responsabilizá-los obrigatoriamente se, apesar destas precauções, alguma criança manifestar tendências malignas. Pode acontecer que a alma da criança possua germens do mal demasiadamente poderosos para serem dominados; neste caso, os pais somente devem tentar guiá-la, mas, se ela não aceitar, não se pode fazer outra coisa senão deixá-la seguir seu caminho.¹ A alma aprenderá por meio dos seus erros e dos sofrimentos que deles resultarem, tanto para si como para os que a rodeiam. Se os pais cumpriram seu dever, fizeram tudo o que o Plano Divino esperava deles; não lhes é possível fazer ou desfazer a natureza de uma alma, porque compete a ela mesma trabalhar por sua própria salvação. Um erro não é um calamidade tão grande como pode parecer, já que uma alma não tem apenas uma vida para corrigir-se, mas várias. (...)"

1. O autor se preocupa em acalmar os pais e evitar qualquer sentimento de culpa, de parte deles, a respeito de características inerentes à criança, porque provenientes de outras reencarnações, mas é claro que isso não isento os pais de continuarem cuidando da criança até a maioridade. (N.E.)

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília - p. 13/15)


segunda-feira, 8 de julho de 2013

O OBJETIVO DA AVENTURA DA VIDA

"Os verdadeiros iogues são capazes de controlar a mente em todas as circunstâncias. Quando alcançar essa perfeição, você estará livre. Então, saberá que a vida é uma aventura divina. Jesus e outras grandes almas deram prova disso. (...)

Você só terminará a aventura da vida quando vencer os perigos que se apresentam pelo uso da força de vontade e do poder mental, como fizeram os Grandes Mestres. Então olhará para trás e dirá: "Senhor, foi uma experiência bastante árdua. Quase fracassei, mas agora estou na segurança de Tua presença para sempre."

Poderemos ver a vida como uma maravilhosa aventura quando o Senhor por fim disser: "Todas as terríveis experiências acabaram. Estou com você para sempre. Nada pode machucá-lo."

O homem brinca com a vida como criança, mas sua mente se fortalece quando ele luta contra doenças e dificuldades. Qualquer coisa que enfraqueça a mente é seu maior inimigo, e tudo o que a fortaleça é seu refúgio. Ria das dificuldades que surgirem. (...) Saiba que, no Senhor, você é eterno."

(Paramahansa Yogananda - Viva sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 10)