OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 26 de junho de 2013

AS DUAS VIAS: ATIVIDADE E MEDITAÇÃO

"Em resumo, existem, basicamente, duas abordagens para a realização divina: a externa e a interna ou transcendental. A via externa consiste em atividade correta, amando e servindo a humanidade, com a consciência centrada em Deus; a via transcendental é a da profunda meditação esotérica. Pelo caminho transcendental, você compreende tudo aquilo que você não é, e descobre Aquilo que você é: "Eu não sou a respiração; não sou o corpo, nem ossos, nem carne. Eu não sou a mente, nem o sentimento. Eu sou Aquilo que está além da respiração, do corpo, da mente e do sentimento." Quando você transcende a consciência deste mundo, sabendo que não é o corpo nem a mente, e, ainda assim, estando mais consciente do que nunca de que existe - é essa consciência divina o que você é. Você é Aquilo em que tudo no universo está enraizado. 

Por que não investiga o que está por trás da escuridão, quando fecha os olhos? Esse é o local a ser explorado. "E a luz brilha nas trevas; e as trevas não a compreenderam."¹ Luzes imensas e forças cósmicas movem-se ali."

¹. João 1:5

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 11/12)


SARVA YOGA - O YOGA DE SATHYA SAI BABA (PARTE FINAL)

"Hoje, em todos os países, incontáveis pessoas, filiadas a diversas tradições religiosas (cristãos, hindus, muçulmanos, budistas, zoroastrianos, sikhis, jainas etc.), tornaram-se devotos e discípulos de Sathya Sai Baba, reverenciando-o como o Avatar de nosso tempo, principalmente por sua mensagem absolutamente universal e inclusivista, que todos podem praticar pertençam a esta ou aquela religião. Sai Baba é o protótipo do sábio hindu que está conosco para ajudar o cristão a unir-se ao Cristo, objeto de sua busca e adoração; o muçulmano a chegar a Allah; o judeu, a Jehovah; finalmente, ajudar qualquer devoto de Deus, sob uma determinado Forma e um Nome particular, a unir-se a Ele.

Em vista das citações acima pode-se, erroneamente, supor que a disciplina espiritual (sadhana) ensinada por Baba se limite aos cânticos e à repetição do santo Nome. O que Ele preceitua é uma moderna e sábia Sarva Yoga, tendo por meta transcendente tornar aquilo que agora, iludidamente, supomos ser, isto é, manava (o homem), nAquilo que, em realidade e essência, nós somos Madhava (Deus). Tal sadhana não poderia deixar de ser apropriado à presente yuga. É por isto que tem por base o amor/devoção (bhakti), principalmente através dos cânticos devocionais. Mas Sai Baba, considerando a existência de algumas poucas almas - que, embora vivendo nestes tempos de trevas densas (era de Kali), já venceram as ditas trevas, estando aptas, portanto, a se engajar na pesquisa da Verdade última (jnana), na meditação e na generosa prestação de serviços isentos de ego (karma) -, propõe um sadhana que é um perfeito Sarva Yoga, composto pela cooperação e mútua fecundação dos seguintes aspectos:

(a) O devocional, assegurado pelos bhajans (cânticos de louvor) e namasmarana (repetição do Nome e imaginação da Forma que o devoto escolheu para adorar).
(b) A prestação de serviço (seva) aos carentes, como oferenda a Deus, portanto, sem quaisquer interesses egocêntricos, que assegura a melhor prática de Karma Yoga.
(c) A busca da Verdade através do "inquérito" sobre o Ser, mediante Atma vichara, que consiste no repetido autoquestioamento "Quem sou eu?", "Quem sou eu?"... Recomenda também a reflexão sobre as "grandes afirmações" ou mahavakyas. Destas, aquelas que melhor contribuem para o progresso do aspirante, tomadas como objeto de reflexão e principalmente de meditação são: So ham (Eu sou o Ser); o OM; e o Gayatri.
(d) A educação da mente fica por conta de dhyana ou meditação. São dois os processos de meditar: a repetição de So ham, associando a pronúncia (mental) do So com a inspiração e a de ham com a expiração; e o processo chamado "meditação sobre a luz".
(e) A observância de certos procedimentos altamente reeducativos e espiritualizantes como:
- satsang ou a companhia de pessoas santas e sãs;
- "teto aos desejos" a fim de poupar tempo, energia, comida e dinheiro, para serem investidos na ajuda aos necessitados;
- nunca denunciar falhas e defeitos dos outros, mas cuidar das próprias;
- cultivar equanimidade;
- ser fiel à sua religião e jamais desvalorizar ou agredir a dos outros, amando e adorando Deus sob qualquer de seus Nomes e Formas;
- temer somente o pecado, mas amar Deus e cumprir os deveres cívicos...

Impossível dar uma síntese eloquente e fiem do caminho disciplinar ensinado por Baba visando à unificação da humanidade por intermédio da autoeducação dos "Valores Humanos", que são:

(1) sathya (verdade e veracidade);
(2) dharma (retidão, justiça, dever);
(3) santhi (paz interna e externa);
(4) prema (amor divino);
(5) ahimsa (não violência).   

Que o leitor, com estas modestas informações, possa refletir sobre qual deve ser seu caminho e como deve ser seu caminhar em Yoga, nunca esquecendo de rogar a Deus, seu Supremo Guru, que lhe dê discernimento bastante e o guie na conquista, na compreensão e no sadhana que o reconduzirá à Suprema Realidade."

(José Hermógenes - Iniciação do Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 144/146)


terça-feira, 25 de junho de 2013

DEUS SUPREMO ATRAI A ALMA INDIVIDUAL PARA SI MESMO (PARTE FINAL)

" (...) O Kokil, quando visto, é perseguido pelo crows (corvos) que o tentam ferir. Os homens bons são alvos da malignidade dos mesquinhos. São sempre alvos de malícia, inveja, calúnia e insulto dos fracos. Desde o berço até o fim da existência, Krishna teve de enfrentar obstáculos. Despeito pessoal, calúnia, insultos infundados e difamações O seguiram a cada passo. Os demônios, que não podiam tolerar a Luz e o Amor que, em torno, Ele irradiava, conspiravam, visando a denegrir seu Nome e impedir Sua Missão. Tentaram amarrá-lo para frustrar Seus planos e perverter Seus instrumentos. Mas a Verdade triunfou, e a falsidade tornou-se conhecida e execrável. A Verdade pode ser anuviada pela bruma da calúnia, mas só por algum tempo. Segura é sua Vitória. As forças do ódio serão vencidas por suas próprias infâmias; afundam em seus próprios abismos; suas ações engendram reações ruinosas para elas mesmas. Pessoas que não podem tolerar a Glória dos Avatares, em cada era, têm dado guarida a vis campanhas. Não emprestem seus ouvidos nem concedam suas mentes aos fornecedores de escândalos ou mentiras. Procurem ver a Verdade que se acha encoberta por todos os contos e lendas que deslustram o sagrado Nome. 

O inimigo delicia-se em insultar você, e é dito nos Purunas que, como consequência, ele alivia e suprime de sua conta os deméritos que você, errando no passado, teria de pagar com sofrimento.

Quanto mais precipitada e infamante a ofensa, mais rápidas e melhores são suas futuras perspectivas luminosas. O inimigo absorve os pecados e as consequências deles, que cairiam sobre você.

Alguns de vocês se sentem desprezados por Swami na hora em que algum desapontamento ou problema sobrevém. Deem boas-vindas a tais atropelos, porque eles podem tornar mais firme sua fé. Quando você quer pendurar um quadro sobre um prego fincado na parede, sacode o prego e constata se ele está firme bastante para aguentar o peso do quadro. Não é? Da mesma forma, o prego que é o Nome de Deus, fincado na parede que é o coração, tem de ser sacudido mediante uma ou duas adversidades."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 84/85)


SARVA YOGA - O YOGA DA YUGA (6ª PARTE)

" (...) No capítulo anterior, sobre o Tantra, está dito que para cada yuga (era) foi determinada uma forma apropriada de Yoga. Para nossa era (kali yuga), tão infernizada pela maldade e maculado por perversões e injustiças, tão exuberante em hipocrisia, irretidão e choques conflitivos, cantar ou recitar devota e persistentemente o santo Nome de Deus é o sadhana mais indicado, mais ao alcance de todos. Sai Baba, em um de seus discursos, afirma:
Os Avatares nas quatro yugas encarnaram para ensinar o que era apropriado a cada uma: dhyana (meditação) para a krita yuga; tapas (penitência) para a tetra yuga; upasana (adoração) para a dvapara yuga. O amor ao Senhor é comum a todas elas. (in Sanathana Sarathi, vol. 34) 
A sagrada escritura Shrimad Bhagavatam já afirmara há cinco mil anos:
...não obstante seja a kali yuga um oceano de erros, há ainda uma boa qualidade nela: pelo simples cantar Hare Krishna (o maha mantra), pode-se alcançar a libertação do cativeiro deste mundo material a ser elevado ao Reino Transcendente. (Canto 12, 3:51) 
Esta verdade é universal, tanto que todas as formas de religiosidade, nestes últimos séculos, já a intuíram e a seguem. Os rosários a serem passados entre os dedos enquanto os devotos repetem preces curtas, mantras, ou somente o Nome preferido, fazem parte de várias religiões. Os cânticos devocionais assumem aspectos particulares de acordo com a cultura, mas há séculos estão sendo entoados em templos, sinagogas, igrejas e também nas ruas. Os cânticos são entoados, seja pelas assembleias (samkirtans) de devotos ou individualmente. Um devoto Hare Krishna, por exemplo, deve, ao longo do dia, repetir 16 vezes o japa mala, com 108 contas, isto é, recitar o Maha Mantra (Hare Krishna, Hare Krishna...) 1.728 vezes, além de tomar parte nos canos congregacionais. Os devotos de Sai Baba devem constantemente praticar namasmarana, que é a repetição do Nome, qualquer Nome (Jesus, Jehovah, Allah, Vishnu, Sathya Sai...). Devem também associar-se aos cantos devocionais coletivos (bhajans) entoados em qualquer idioma em adoração a qualquer uma das muitas Formas de Deus. Ele estimula:
Cantem bhajans com fé, entusiasmo. Que toda a cidade reverbere com a devoção que vocês põem em cada Nome que cantam. O Nome promove o companheirismo e estabelece a concórdia, aplaca todas as tempestades e outorga paz. (Discurso em Bangalore, em 10/07/59)
Hoje estamos levando a termo os Cantos Devocionais Contínuos. Isto é feito não para o bem de um indivíduo, de uma nação ou comunidade. Faz-se pelo bem-estar de toda a humanidade. Os cantos devocionais saturam o éter, na forma de ondas que enchem a atmosfera inteira. Desta maneira, todo o ambiente se pacifica. Ao respirar nesta atmosfera imaculada, nossos corações também se limpam... Cantar o Nome do Senhor deve converter-se num exercício de compartir mutuamente a felicidade e a santidade... (Prashantihi Nilayam, em 08/11/66). (...)"
(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 143/144)
www.record.com.br


segunda-feira, 24 de junho de 2013

DEUS SUPREMO ATRAI A ALMA INDIVIDUAL PARA SI MESMO (1ª PARTE)

"Paramatma atrai jivatma, isto é, Deus Supremo atrai a alma individual para Si mesmo. A afinidade entre eles é da natureza de ambos, pois um é o outro. São como o ferro e o imã. Se o ferro, no entanto, estiver sujo, coberto com camadas de lama, o imã não o pode atrair. Remova o impedimento. Isto é tudo que você tem a fazer. Cintile em sua natureza real, e o Senhor o atrairá a Seu Seio. Crises e tribulações são os meios para conseguir tal limpeza.

Exatamente como a cana não pode dar o caldo a menos que seja esmagada, como o sândalo não dá a pasta fragrante a menos que seja triturado sobre a pedra, a bondade de uma pessoa não eclodirá, a menos que esta atravesse dificuldades e suporte os traumas do mundo. Da falta de paz (asanthi) você alcança Prasanthi (Paz Suprema); de Prasanthi alcança Prakanthi (Grande Luz); de Prakanthi alcança Paranjyothi (Eterno Esplendor). É como a alternância noite/dia, como a sucessão alegria/tristeza. Dê boas-vindas aos desapontamentos porque eles temperam e testam sua fortaleza. Os padecimentos o atraem para mais perto de Deus, pois fazem você clamar por Ele. 

Ame Deus, não obstante as tribulações que o possam alcançar. Ame-O embora recusado e criticado, porque é somente no crisol da tribulação que o metal é purificado e libertado de suas máculas. 

Os Santos Javadeva, Tukaram, Kabir, Gouranga, Ramakrishna e Ramadas tiveram todos que atravessar tribulações e tragédias para que pudessem ver Deus e n'Ele mergulhar. Conquistaram altares permanentes no templo da memória da humanidade. Vitupérios e elogios devem ser recebidos com alegre indiferença. Os próprios Avatares (encarnações divinas) não estiveram isentos de frágeis manobras de homens insignificantes. (...)"

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 83/84)