OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 1 de junho de 2013

A ENERGIA DO AMOR É A CHAVE PARA A NATUREZA DE DEUS

"Só o amor é real. O amor é uma energia de poder e força inacreditáveis. Somos todos feitos desta energia, e esta energia é a chave para a natureza de Deus. (...) O amor é absoluto. O amor nunca termina, nunca para. A forma mais pura é o amor incondicional, dar amor sem esperar nada em troca. Ao distribuir amor sem restrições, você se torna um milionário espiritual.

Deus é muito real e está em todos os lugares e em cada um de nós. Deus não é um velho nos julgando, sentado numa nuvem, ou qualquer das imagens criadas pelos homens. É impossível descrever Deus através de palavras, mas a ideia de uma energia sábia, que ama a tudo e sabe de tudo, possuindo uma sabedoria e um perdão inacreditáveis, chega um pouco mais perto da verdade. Em certo nível, todas as nossas almas refletem a natureza de Deus. 

A reencarnação é real. Você pode não acreditar ainda, porque não se lembra ou porque não teve suas próprias experiências, mas a sua crença não afeta a verdade. O crescimento espiritual relaciona-se mais com o coração do que com a cabeça. Às vezes, o intelecto pode até bloquear o progresso espiritual, porque o intelecto frequentemente é influenciado pelo medo. O coração é influenciado pelo amor. 

O medo pode erguer muralhas em volta do coração. O trabalho de quem cura (médico, terapeuta, enfermeira, pastor, pessoa amada) consiste em dissolver esse muro com a energia do amor. Deixar a luz do coração bilhar, o chakra (centro de energia) do coração abrir, reconhecer a divindade dentro de nós.

Se você encontrar um líder espiritual ou religioso que não seja simples e humilde, saia correndo. Essa pessoa ainda não reconheceu que somos todos instrumentos ou veículos para a energia amorosa e curativa que o espírito envia através de nós para ajudar os outros. Esta energia não se origina no intelecto de um determinado líder. Por isso, se ele ou ela for arrogante, fuja ainda mais depressa.

Ouça seu coração, suas intuições e tente não deixar que seus medos dominem os murmúrios suaves e gentis de seu lindo coração. Sinta a liberdade de amar sem restrições, sem reservas, sem condições.

Pois sua vida neste plano é limitada. Você só está na escola. Esta não é sua casa, que é espírito. Quando você volta para casa, leva apenas seus pensamentos, seus atos e seu amor com você. 

Neste momento, quero apenas deixá-los com este pensamento: amem livre e completamente. Não tenham medo. Somos espíritos imortais e eternos e sempre somos amados. Na verdade, nós somos amor."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, São Paulo - p. 210/211)


TANTRA YOGA - AVENTUREIRISMO ARRISCADO (7ª PARTE)

" (...) Quanto à prática de técnicas visando ao "despertar de kundalini", que está se tornando lamentavelmente tão comum, o bom conselho é muita prudência!

Trata-se de uma arriscada aventura, a qual se pode aprender como começar, mas dificilmente como controlar e parar. Segundo o Pandit Gopi Krishna, que foi a maior autoridade científica em kundalini nos últimos tempos, autor de Kundalini, o processo pode terminar bem, isto é, com a gloriosa iluminação - no caso em que o processo seja rigorosamente bem conduzido, que depende da direção apta de um guru altamente capacitado e santo (o que é raríssimo), e já possuidor de uma elevadíssima condição ética espiritual. Se mal conduzido (o caso mais provável e mais frequente), o processo pode degenerar em doença mental irreversível, culminando às vezes com suicídio; pode também produzir paranormalidade. E esta hipótese, à luz do discernimento, pode não ser tão desejável como parece. Pessoas egoístas, destituídas de "poderes", causam algum mal a si e aos outros. Mas quando armadas com os chamados siddhis inferiores, tornam-se verdadeiramente diabólicas a produzir "milagres" malignos, para finalidades egoístas e imediatas, em detrimento dos outros e sempre inspiradas pelas trevas. O que estou dizendo não resulta de leituras, mas de lidar com diversos casos muito tristes. Evitemos despertar avoada e ambiciosamente a fantástica energia que a natureza sabiamente mantém em latência, enrolada, à espera de que antes nos purifiquemos, que tenhamos vencido o grande inimigo - asmita ou egoísmo. 

Em nosso último encontro em seu Centro de Estudos em Deradum (Índia), o Pandit Gopi Krishna confirmou o que eu já aprendera do Mestre Jesus sobre a aquisição de "poderes" e outros "brinquedos" e "magias":
Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a perfeição dele, e todas essas coisas [siddhis e kundalini] vos serão acrescentados. (Mt 6:33) (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 130/131)
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sexta-feira, 31 de maio de 2013

A NATUREZA QUE NOS ENVOLVE E ESTÁ EM NÓS É A VESTE DE DEUS

"O atributo pelo qual o akaasa pode ser conhecido é Sabda (som), ou o Verbo! No princípio era o Verbo. O Verbo se fez objeto, encarnou-se, se tornou concreto. Esta é a razão por que damos a todo objeto a denominação de pada-artha. Pada significa palavra; artha quer dizer propósito ou significação. O "objeto" é o propósito para o qual a palavra (verbo) foi pronunciada, para o significado, que a torna válida. A palavra Deus é indício também de que existe o pada-artha (objeto), Deus; é a indicação de que há Deus. Se não houvesse Deus, a palavra Deus não se teria originado e alcançado tão grande circulação. Você pode ver ou pode não ver Deus, mas a palavra é prova de que há Deus.

Este Deus tem de ser visualizado por meio de disciplina espiritual constante. Não se deixe envolver em dúvidas e hesitações. Se cumprir a disciplina e purificar sua consciência, chegará a poder ver Deus instalado em seu coração. No copo existe água e também açúcar, mas a água está insípida porque você ainda não a mexeu bastante. Sadhana é um processo de "mexer". Sature com Deus cada momento da vida, e ela será adoçada.

Se você diz que Deus está em parte alguma, está fazendo noite em seu coração e predispondo-o para negros projetos e delinquência. Para ver Deus como uma entidade concreta, você terá de seguir esforçada e estritamente em processo prescrito. Então, ao fim de tudo, poderá experienciar Sua Graça e Sua Glória. 

A Natureza, que nos envolve e está em nós, é a veste de Deus. Em torno de nós, na atmosfera, temos músicas que emanam de todas as estações de rádio do mundo. Não as escutamos, no entanto. Você não capta qualquer delas. Mas, se dispuser de um receptor, e se o sintonizar em uma dada frequência, poderá escutar a música de uma particular estação. Assim também, o Divino está sobre, sob, em torno, aos lados, tanto perto quanto longe. Para chegar a conhecê-Lo, não recorra a um yantra (máquina), mas a um mantra (fórmula verbal, potente com subtom psicológico). A concentração ou dhyana equivale à fixação exata do local da estação no dial. O Amor é a sintonia correta com a "frequência" da Realidade, e a Bem-aventurança que ela propicia é o delicioso e claro escutar."

Akaasa - é o "elemento" mais sutil. Os cinco "elementos" que constituem o universo material são: akaasa (éter); vayu (ar); agni (fogo); apa (água); prithivi (terra).

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - 85/86)


TANTRA YOGA - A ÉTICA DO TANTRA/KUNDALINI YOGA (6ª PARTE)

" (...) A indicação da orgia erótica como um caminho tântrico é um tremendo equívoco. Embora muito ao gosto dos libertinos, é coisa típica e exclusivamente dos adhikaris,* os da "mão esquerda" ou "magos negros". Os da "mão direita" ou "magos brancos", devem, ao contrário, cumprir prescrições éticas que são ainda mais rigorosas que as da própria Raja Yoga. Enquanto esta tem cinco yamas e cinco niyamas, a tantra prescreve o dobro de yamas e niyamas. O Gandarva Tantra informe que os yamas são não violência, veracidade, não roubar, continência sexual, paciência, retidão, bondade, simplicidade, moderação alimentar e pureza. Os niyamas são austeridade (jejum etc.), satisfação, fé nos vedas, caridade, culto ao Senhor, escutar o ensino da Verdade, modéstia, mente dirigida para o conhecimento e a prática preceituadas pelas escriturar, repetição do mantra e ritual védico. Que imenso o contraste entre os dois caminhos!

Kundalini Yoga - O ritual externo, conforme proposto pelos textos tântricos da "mão direita", são os mesmos da Bhakti Yoga - belos e de incalculável poder mágico. 

O ritual interno tem algo da Hatha Yoga e da Laya Yoga. As práticas interiores visam a um bem objetivo, que é interromper o sono da Deusa (Kundalini Shakti), promovendo sua ascensão gloriosa pelo canal central da medula (sushumna naddi) até o alto da cabeça, ativando, ao longo desta viagem, os diferentes centros de força e psiquismo (chakras), até alcançar sua união esplendorosa com o Supremo Senhor (Shiva), entronizado no alto da cabeça, no "chakra de mil pétalas" (sahasrara) 

(...) O que neste contexto é denominado Tantra Yoga é também conhecido como Kundalini Yoga e constitui um dos diferentes sadhanas ou métodos da Laya Yoga. (...)"

* A palavra adhikaris, quando se trata de aspirantes da "mão esquerda", não pode ser traduzida por "discípulo", pois discípulo é aquele que obedece a uma disciplina. E os permissivos detestam qualquer disciplina. Discípulo sem disciplina é uma flagrante contradição.

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 129/130)


quinta-feira, 30 de maio de 2013

BEM-AVENTURADOS OS POBRES EM ESPÍRITO, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS

"Nesta primeira bem-aventurança, Cristo fala da principal característica que o discípulo precisa possuir, antes que esteja pronto para receber o que o mestre iluminado tem para lhe dar. Ele precisa ser pobre em espírito: noutras palavras, precisa ser humilde. Se uma pessoa orgulha-se do que sabe, da riqueza, da beleza ou da linhagem; se tem ideias preconcebidas do que seja a vida espiritual e de como deveria ser ensinada - então sua mente não está receptiva aos ensinamentos mais elevados. Lemos no Bhagavad Guita, o evangelho dos hindus:

"As almas iluminadas que perceberam a verdade hão de instruir-te no conhecimento de Brahma (o aspecto transcendental de Deus), se tu te prostrares diante delas, as interrogares e as servires como um discípulo." 

Segundo um conto indiano, certo homem procurou um mestre e pediu-lhe para ser seu discípulo. Com intuição espiritual, percebeu o mestre que o homem não estava ainda preparado para ser instruído. Por isso lhe perguntou:
- Você sabe o que precisa fazer para ser meu discípulo?
O homem respondeu que não e pediu ao mestre que lho dissesse.
- Bem, disse o mestre, você precisa ir buscar água, apanhar lenha, cozinhar e trabalhar muitas horas em serviços pesados. Precisa também estudar. Está disposto a fazer tudo isto?
O homem respondeu:
- Sei agora o que o discípulo precisa fazer. Diga-me, por favor: e o mestre, o que ele faz?
- Ah, o mestre fica sentado, e em sua maneira recolhida dá as instruções espirituais.
- Entendi, disse o homem. - Nesse caso, não quero ser discípulo. Por que você não faz de mim um mestre?
Todos nós desejamos ser mestres. É preciso, porém, que antes de nos tornarmos mestres, aprendamos a ser discípulos. Precisamos aprender a humildade."

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 21/22)