OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 27 de maio de 2013

REMOVENDO OBSTÁCULOS PARA A FELICIDADE E PARA A ALEGRIA (PARTE FINAL)

" (...) Dean Ornish, o brilhante cardiologista, pioneiro em estudos sobre os efeitos do estresse nas doenças cardíacas e no câncer da próstata, e autor do livro Amor & sobrevivência: as bases científicas do poder de cura da intimidade, diz: "Abrir o coração é fundamental não só para a qualidade de vida como também para a quantidade de vida - o tempo que viveremos... Solidão e isolamento aumentam o risco de doenças e de morte prematura, numa relação de 200 a 500 por cento em relação a outras causas... Quando estamos sozinhos, tendemos a comer demais, a trabalhar e a beber demais, a abusar das drogas ou a adotar outras práticas autodestrutivas..."

De acordo com Ornish, "Amor e intimidade estão na raiz do que nos faz doentes ou saudáveis, do que nos causa tristeza e do que nos traz felicidade, do que nos faz sofrer e do que conduz à cura... Não conheço nenhum outro fator considerado pela medicina - dieta alimentar, fumo, prática de exercícios, ou estresse, causas genéticas, drogas e procedimentos cirúrgicos - que tenha um impacto maior em nossa qualidade de vida, na incidência de doenças ou na ocorrência de morte prematura."

Numa observação pessoal, Ornish disse que conquistar sua própria saúde emocional "nada teve a ver com encontrar a pessoa certa, mas como ser a pessoa certa". 

Afastar pensamentos e emoções negativas e descobrir a paz interior, alegria e felicidade: esses são os objetivos. Você vai apreciar muito mais a vida. Avançará com mais consciência em seu caminho espiritual. E a sua alma vai se manifestar dentro de um corpo muito mais saudável e infinitamente mais resistente a doenças. Que esplêndida combinação! Mesmo que você ainda tenha resistência em relação às questões ligadas à espiritualidade, não há dúvida quanto aos benefícios físicos que pode obter das práticas e atitudes descritas aqui. Esses benefícios para a sua saúde representam fortes razões para você aceitar as sugestões contidas neste livro. Com o tempo, de alguma maneira, os efeitos físicos aparecerão. Você nada tem a perder e tem tudo a ganhar."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 80/81)


TANTRA YOGA - SHIVA E SHAKTI (4ª PARTE)

No tantrismo, cabem tanto a convicção dualista como a monista. Uma não exclui a outra. É questão de nível de consciência. Seu propósito é libertar o jiva (alma individual) mediante um método que o eleve à verdade monista (ou não dualista) por intermédio da verdade dualista.* O praticante mergulhará na felicidade suprema quando conseguir transformar a dualidade em unidade. Arthur Avalon cita o própria Senhor Shiva:
No mundo, uns desejam a sabedoria monista, enquanto outros, o conhecimento. Aqueles, porém, que conheceram Minha Verdade, ultrapassaram tanto o dualismo como o não dualismo. (Citado por Pandit, M.P., in Studies in Tantras & Veda. Madras: Ganesh & Company)
A Realidade Última é Brahman (traduz-se por imensidão), a potencialidade infinita. Quando, por si mesmo, Brahman se move no propósito de manifestar algo de sua plenipotência, promove uma comoção que toma a forma de uma polaridade: Shiva (o equilíbrio estático, o eterno masculino) e Shakti (o equilíbrio dinâmico, o eterno feminino). Ele, a Consciência Suprema. Ela, a Energia dEle, aquela energia que gera universos. Cada universo nasce da fecunda união do Divino Casal. A fecundação cósmica é um ato de gozo transcendente, um folguedo (lila partilhado pelos celestiais esposos. O prazer sexual desfrutado por um par amoroso humano é parte ínfima do orgasmo cósmico gerador de universos, bem como do êxtase experienciado por um místico em seu mergulho unitivo no oceano da beatitude do Ser Supremo. 
O mesmo divino jogo (lila) dá existência a cada forma individual. Assim, cada coisa, cada homem é uma encarnação de Shiva e Shakti e é campo para o delicioso jogo do Senhor e sua Esposa. (Pandit, M. P., idem)
O Tantrismo é predominantemente, mas não exclusivamente, inspirado no culto ao Divino Casal Shiva-Shakti. Há tantristas que adoram outro Divino Par - Vishnu-Lakshimi. Existe também tantristas que veneram e cultuam predominantemente a Shakti, isto é, a Mãe Parvati, a Energia universal. Portanto, o Tantra tem três ramos: Shaivismo (dos adoradores de Shiva); Vaishinavismo (dos adoradores de Vishnu); e Shaktismo (dos adoradores de Shakti). (...)"

* Os dualistas (dwaitas) afirmam uma distinção e uma distância irredutíveis entre a alma e Deus, entre a matéria e Espírito. Os não dualistas ou monistas (adwaitas) veem somente um Uno sem segundo, portanto, não existem distâncias nem distinções a separar-nos do Ser, de Brahman. 

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 124/125)


domingo, 26 de maio de 2013

REMOVENDO OBSTÁCULOS PARA A FELICIDADE E PARA A ALEGRIA (1ª PARTE)

"Somos todos criados à imagem de Deus, e Deus está dentro de cada um de nós. Nossa natureza é predominantemente amorosa, pacífica, equilibrada e harmoniosa. Somos inerentemente solidários e capazes de compaixão. Somos almas.

Durante nossas vidas, uma camada de medo, ódio, tristeza, começam a desenvolver-se sobre nossa natureza original, acabando por cobri-la. Essa capa externa é intensificada e reforçada pelo que aprendemos em nossa infância e pelas experiências no correr da vida. Parecemos nos tornar o que não somos - pessoas irritadas e amedrontadas, cheias de insegurança, culpa e sentimentos de autodesvalorização. Esquecemos quem realmente somos.

Não precisamos aprender nada sobre o amor e o equilíbrio, sobre paz e compaixão, sobre perdão e fé. Sempre soubemos tudo isso. Pelo contrário, nossa tarefa é desaprender todas as emoções e posturas negativas que atormentam nossas vidas e que trazem a nós, à nossa comunidade e ao mundo tanta tristeza. Quando afastamos esses traços negativos, revelamos nossa verdadeira natureza, nosso próprio ser positivo e amoroso que elá estava, encoberto, ocultado, esquecido. Surge então nosso verdadeiro eu. Somos almas imortais e divinas, a caminho de casa. Debaixo das camadas de poeira, sempre fomos diamante.

Desapegar-se do medo, da raiva e de outras emoções negativas é importante para a saúde física e o bem-estar espiritual. Hoje em dia, sabe-se que o estresse mental (que inclui emoções negativas como o medo, raiva, ansiedade crônica e depressão) é uma das causas de doença e da morte. Nossos corpos são intimamente ligados a nossas mentes, e assim nossos estados de espírito facilmente se traduzem em sintomas físicos. O amor pode curar, o estresse pode matar. 

O New England Journal of Medicine, considerado o melhor periódico médico dos Estados Unidos, publicou, em janeiro de 98, um artigo detalhando o dano múltiplo que o estresse crônico pode causar ao sistema orgânico humano. 

Esse artigo relata que o estresse mental provoca a liberação de um complexo sistema de hormônios e outras substâncias no corpo. Quando esses hormônios não são rapidamente desativados, quando o estresse persiste e o corpo continua a produzir essas substâncias químicas, muitos órgãos são expostos a consequências nocivas. O estresse provoca uma modificação do ritmo cardíaco, da pressão sanguínea, dos níveis de açúcar no sangue, e aumenta a secreção de cortisona, um poderoso hormônio esteroide. 

O estresse também altera a secreção do ácido gástrico, de adrenalina e de outras substâncias químicas muito fortes, cuja produção só deveria ser acelerada em períodos limitados e específicos. O por de tudo, talvez, é que foi comprovado que o estresse deprime o funcionamento do nosso sistema imunológico, prejudicando nossa capacidade de lutar contra infecções e doenças crônicas, tais como o câncer e a AIDS.(...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 78/80)


TANTRA YOGA - CARACTERÍSTICAS DO TANTRA (3ª PARTE)

"As diversas escrituras tântricas apresentam uma série de características comuns:

(1) Aceitam os vedas e não contestam os seis dharsanas ou ângulos de visão na interpretação dos Vedas (as seis "escolas filosóficas").
(2) Têm por objetivo salvar o homem da kali yuga.
(3) São democratizantes, pretendendo ajudar a todos. Ninguém é excluído por motivo de casta, cor, sexo, temperamento, tempo, lugar etc. Esta catolicidade ampla do tantra, em seu aspecto chamado dakshina, isto é, o "Tantra da mão direita", torna-o aceitável e assimilável pelas mais diferentes religiões. Até mesmo sem o saber, religiões ocidentais utilizam procedimentos litúrgicos e princípios tipicamente tântricos. 
(4) Enfatizam a prática, o exercício. Asseveram que os textos que são simples especulações intelectuais sobre a natureza última das coisas não chegam a saciar a sede espiritual, da mesma forma que só a leitura da bula não cura o doente. Tem de haver a experiência. Não somente theoria, mas também e muito mais a praxis
(5) Firmam que o ser humano precisa crescer, transformar-se e aprimorar-se para poder se libertar da mediocridade e das aflições deste mundo. 
(6) Recomendam a aceitação do mundo que nos envolve, exaltando cada coisa, nada descartando, mas colocando cada uma em seu justo lugar. O tantrismo, no entanto, fornece prescrições apropriadas para uma ordenação da vida segundo e seguindo as Leis da Natureza. Para o tantrista, este mundo material é tão real quanto os mundos sutis. Tudo é manifestação da mesma Shakti ou Divina Energia.
(7) As escrituras prescrevem uma particular forma de viver, apropriada ao temperamento e à natureza de cada indivíduo, seja ele quem for. Considerando o guna* dominante, há três espécies de temperamento: (a) pasubhava (tipo animal), para o qual o sadhana pode ser uma tremenda permissividade;(b) virabhava (tipo heróico) que tem por sadhana a devoção evoluindo da simples superstição até o bhakti mais sublimado pelo amor (prema) e pela ação benfazeja; e (c) divabhava (tipo áureo) ao qual é recomendada dhyana (meditação). O progresso de um tipo a outro é seguro àqueles que forem firmes na disciplina e sinceros em seus propósitos e suas aspirações de progresso. 
(8) A certeza científica é cultuada. Ter fé é dispensável, pois a eficiência do tantra é cientificamente demonstrável. Diz um Mestre:
Pratique o que dizemos e, por si mesmo, constate o resultado. Deixe a fé para depois."
Gunas  são as qualidades ou atributos de todos os seres do mundo material (prakritti). Os gunas são: sativa (harmonia, inteligência, bondade); rajas (agitação, paixão, tensão); e tamas (ignorância, torpor, maldade).

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 122/123)


sábado, 25 de maio de 2013

SOMOS FEITOS À IMAGEM DE DEUS

"As escrituras do mundo dizem que somos feitos à imagem de Deus. Se é verdade, por que não sabemos que somos imaculados e imortais, como Ele é? Por que não temos consciência de que somos personificação de Seu espírito? (...)

O que é mesmo que as escrituras dizem? "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus". "Orai sem cessar." (...)

Praticando regularmente a meditação iogue com séria atenção, chegará a hora em que subitamente você se dirá: "Ah! Não sou este corpo, apesar de usá-lo para me comunicar com o mundo. Não sou a mente, com suas emoções de ira, ciúme, ódio, ganância, inquietude. Sou este maravilhoso estado de consciência interior. Sou feito à divina imagem da bem-aventurança e do amor de Deus."

(Sri Daya Mata - No Silêncio do Coração - Self-Realization Fellowship - p. 37/38)