OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 15 de abril de 2013

DISCIPLINA, O CAMINHO PARA A VITÓRIA

"Para alcançar sucesso, a disciplina é indispensável. Devemos ter autoconfiança e fazer autossacrifício, se pretendemos sucesso neste mundo. Sem disciplina, autoconfiança e autossacrifício, nossa vida será insignificante. Quando um rio está erraticamente fluindo, construímos uma barragem, mudamos-lhe o curso e o dirigimos, útil e corretamente, antes que se lance no oceano. Assim também todas nossas ideias que sejam estouvadas e destituídas de objetivo, seguindo seu próprio curso, devem ser canalizadas pela construção de barragem da disciplina. Elas devem ser cuidadas para vir a tomar a forma de sacrifício, e assim penetrar no oceano de atmaviswasa (fé em seu próprio ser). Devemos ter como absolutamente essencial atingir as três qualidades: sacrifício, autoconfiança e disciplina."  

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 60)


O QUE É REALMENTE A YOGA?

"As pessoas, em sua maioria, estão acostumadas a procurar a realização fora de si mesmas. Vivemos num mundo que nos condiciona a acreditar que realizações externas nos podem dar aquilo que queremos. Contudo, repetidas vezes nossas experiências nos demonstram que nada externo pode satisfazer por completo o profundo anseio interno por "algo mais".

Na maior parte das vezes, entretanto, esforçamo-nos por atingir o que sempre parece estar além de nosso alcance. Enredamo-nos em fazer em vez de ser, em agir em vez de perceber. É difícil para nós imaginarmos um estado de completa tranquilidade e repouso, em que os pensamentos e os sentimentos deixem de dançar em perpétuo movimento. Todavia, é por meio de tal estado de quietude que podemos entrar em contato com um nível de alegria e entendimento impossível de se alcançar de outra maneira.

A Bíblia diz: "Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus". Nessas poucas palavras está a chave para a ciência da yoga. Essa antiga ciência espiritual oferece meios diretos para acalmar a turbulência natural dos pensamentos e a inquietude do corpo que nos impedem de conhecer o que realmente somos.

Nossa percepção e nossas energias estão comumente dirigidas para o exterior, para as coisas deste mundo, que percebemos através dos instrumentos limitados de nossos cinco sentidos. Como a razão humana tem de contar com os dados parciais e frequentemente enganosos fornecidos pelos sentidos físicos, precisamos aprender a explorar níveis mais sutis e profundos de percepção se quisermos resolver os enigmas da vida: Quem sou eu? Por que estou aqui? Como posso conhecer a Verdade?

A yoga consiste em um processo simples de reversão do fluxo de energia e consciência, habitualmente dirigido ao exterior, de forma que a mente se converta em um centro dinâmico de percepção direta - não mais dependente dos sentidos falíveis, mas capaz de conhecer de fato a Verdade, por experiência direta.

Pela prática dos métodos graduais da yoga - nada aceitando como pressuposto, em bases emocionais ou pela fé cega -, chegamos a conhecer nossa união com aquela Inteligência, Poder e Alegria Infinita que confere vida a todas as coisas e que é a essência de nosso próprio Eu."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. IX/X)


domingo, 14 de abril de 2013

OS VÁRIOS CAMINHOS

"Você pode chegar a uma dada cidade por diversos caminhos e utilizando diferentes meios de transporte. O objetivo que você escolhe para alcançar é denominado sadhya. O método ou caminho adequado para chegar lá é chamado sadhana. Se você, depois de optar pelo sadhya e pelo sadhana, se engaja no caminho querendo chegar, se transformou num sadhaka.

Qual é o sadhya a ser conquistado ou alcançado, em Yoga? Embora sendo o mesmo, pode ser expresso por diversos modos. Eis alguns: união-fusão do jivatman em Paramatman; iluminação; transmutação do homem (manava) em Deus (Madhava); mukti ou moksha ou libertação da "roda dos renascimentos" (samsara)...

E o sadhana ou método prático, qual é? São diversos. Neste manual de iniciação procuraremos explicar os seguintes: (a) Raja Yoga, onde se trabalha sobre a mente; (b) Kriya Yoga, um método iminentemente prático e acessível; (c) Hatha Yoga, ação disciplinadora e corretiva sobre todo sistema humano, principalmente sobre o veículo físico; (d) Karma Yoga ou Yoga da prestação do serviço com a renúncia sobre os frutos do agir; (e) Bhakti Yoga, o aprimoramento da devoção; (f) Mantra Yoga, o método das palavras de poder; (g) Jnana Yoga, a supressão da ignorância e a conquista da sabedoria; (h) Laya Yoga, a extinção do ego; (i) Tantra Yoga, o caminho da "mão direita", ensinada pelas escrituras tântricas; (j) Sarva Yoga, a ação sinérgica de todas as modalidades. (...)

E quem é o sadhaka, isto é, o caminhante? Você. Se já escolheu o objetivo (sadhya) e o método (sadhana) que o levará até lá, mobilize-se com os "cinco dd" (decisão, dedicação, discernimento, devoção e disciplina); entregue ao Senhor dos Yoguis (Ishvara) e comece a caminhar firme e convicto de que vai alcançar. Ninguém pode caminhar por você.

Outras pessoas podem remover a dor causada por uma pesada carga sobre sua cabeça, mas a dor causada pela fome não pode ser removida a não ser por você. A natureza da Realidade Una deve ser conhecida por sua própria percepção espiritual e não através das palavras de um homem erudito. A forma da lua deve ser vista por seus próprios olhos. Como pode ser vista pelos olhos de outrem? Quem a não ser você é capaz de libertar-se da servidão gerada pela ignorância (avidya), pela paixão erótica (kama) e pela ação interesseira mesmo em milhões de kalpas? (Sankaracharya: in Viveka-Chudamani)."

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 35/36)


O PRINCIPAL ENSINAMENTO DE JESUS: COMO TORNAR-SE UM CRISTO (PARTE FINAL)

"(...) O poder divino da percepção de Cristo é uma experiência interior; ele pode ser recebido através da imaculada devoção por Deus e por seu puro reflexo como o Cristo. O poder dos templos e das igrejas desaparecerá. A verdadeira espiritualidade virá dos templos das grandes almas que, dia e noite, vivem no êxtase de Deus. Almas como as que vi na Índia ultrapassam a glória de todos os templos. Lembre-se: Cristo busca os templos das almas verdadeiras. Ele ama o silencioso santuário da devoção em seu coração, onde você mora com Ele, lá no nicho iluminado pela vela votiva de seu amor. Aqueles que meditam com dedicação receberão a Cristo no altar da tranquilidade de sua própria consciência.

Ao intitular esta obra The Second Coming of Christ ["A Segunda Vinda de Cristo"], não me estou referindo a um retorno literal de Jesus à Terra. Ele veio há dois mil anos e, após legar um caminho universal para o reino de Deus, foi crucificado e ressuscitou; seu reaparecimento para as multidões, hoje, não é necessário para a concretização de seus ensinamentos. O necessário é que a sabedoria cósmica e a percepção divina de Jesus falem novamente por meio da experiência e do entendimento que cada um tenha da Consciência Crística infinita que estava encarnada em Jesus. Essa será a sua verdadeira Segunda Vinda.

Verdadeiros seguidores de Cristo são aqueles que acolhem em sua própria consciência, por meio da meditação e do êxtase divino, a sabedoria cósmica e a bem-aventurança onipresente de Jesus Cristo. (...) Devotos que queiram ser cristãos de verdade, e não apenas membros do "igrejismo cristão", precisam conhecer e verdadeiramente sentir a presença do Cristo Onipresente o tempo todo; precisam comungar com Ele em êxtase e ser guiados por Sua Sabedoria Infinita.

Estes ensinamentos foram enviados para explicar a verdade de forma como Jesus pretendeu que ela fosse conhecida no mundo - não para trazer um novo Cristianismo, mas para trazer o verdadeiro ensinamento de Cristo: como tornar-se semelhante a Cristo, como ressuscitar o Cristo Eterno dentro do próprio Eu."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. 10/11)


sábado, 13 de abril de 2013

O CAMINHO E O CAMINHAR

"Yoga é o Sanatha Dharma em ação e é por isto que não se contrapõe a qualquer religião, nem qualquer verdadeira religião, compreendida "em espírito e verdade", em sua grandeza e profundidade essenciais, pode impugná-lo. Yoga é o processo de vencer distância e fragmentação, um método de iluminar, harmonizar, e "amorizar" a existência, um meio eficiente para levar a alma à plenificação de suas infinitas potencialidades, de salvá-la da dança inquietante dos opostos da existência, finalmente é uma reeducação do tigre "cabritificado", restituindo-lhe sua esplendorosa "tigritude" e do herdeiro do trono que se conhecia tão somente como pobre e ignorante camponês. Yoga é o que transubstancia o pântano em nuvem.

A meta suprema a ser conquistada em cada religião é sempre a mesma: unir a alma a Deus ou Àquilo que é cultuado como Deus. Que é Yoga senão exatamente tal união?!

A importância que Patanjali atribui ao desempenho ético do aspirante, em seu método de oito (asta) componentes (anga) ou Astanga Yoga, se evidencia no fato de os dois primeiros componentes serem yamas (abstinências, comportamentos a evitar) e niyamas (observâncias, comportamentos a cumprir). O mandamento que encerra a lista dos niyamas é ishvarapranidhana (Ishvara é Deus; pranidhana, entrega, submissão, rendição...). Sai Baba usa outro vocábulo para o mesmo preceito - saranagathi. Esta entrega irrestrita a Deus, por si só, é bastante para atingir a meta, o samadhi, o ponto culminante de todo método disciplinar (sadhana), ensinado por Patanjali. Se a entrega chegar a ser total, aquele que se entrega vence seu inimigo maior, isto é seu falso ego pessoal, com suas normais limitações, condicionamentos, fragilidades, conflitos, desiquilíbrios e doenças."

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 27/28)