OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 12 de abril de 2013

CRISTO-AVATAR

"Seria Jesus um Avatar?

Segundo o evangelista João, Jesus teria declarado que "... o pão de Deus é o que desce do céu e doa vida ao mundo". Logo a seguir, novamente Jesus disse claramente: "Eu sou o pão da vida. Saí do Pai e vim ao mundo." Considere tais afirmações e por si mesmo conclua. Se ainda tem dúvida, reflita sobre as palavras de Cristo no "Sermão do Monte", ao proclamar sua posição quanto à Lei. 

Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas: não vim revogar, mas sim plenificar. (Mt 5:17)

E querendo deixar claro que se referia não a uma lei de um povo, de uma cultura, de uma determinado hora do mundo, ou de uma dada religião, mas à Lei de validade eterna (sanathana), isto é, Lei que o tempo não altera, explicou a seguir:

Pois em verdade vos digo: até que o céu e a terra caduquem, de modo algum caducarão nem um i, nem um til da Lei, até que tudo evolua. (Mt 5:18)

Agora sim: temos como afirmar que Jesus proclamou ser o Avatar daqueles dias - o "Verbo feito carne", com a suprema incumbência de resgatar o Sanathana Dharma. Isto ainda mais se evidencia quando, com "olhos de ver" e "ouvidos de ouvir", vencendo velhos preconceitos e dogmas, alcançamos a significação verdadeira e profunda de todo seu Evangelho. 

Todas as religiões que existiram, existem e virão a existir, divergem, mas somente em aspectos, preceitos e práticas superficiais. Na profundidade e não na epiderme, nos fundamentos, na essência, as religiões são uma só. Coincidem. A essência de toda as religiões é uma e a mesma, por ser eterna. Esta imutável essência do cristianismo, budismo, judaísmo, islamismo, bahaísmo, zoroastrismo, sikhismo, jainismo... não é outra que a Lei da Vida, isto é o Sanathana Dharma."

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 26/27)


O RISO

"É muito natural na gente jovem a propensão para divertir-se, regojizar-se, ler e ouvir coisas amenas, e rir-se alegremente por elas. Isto é perfeitamente lícito e inofensivo. Se as pessoas pudessem ver o efeito produzido no corpo astral por um riso franco e jubiloso, convencer-se-iam de que é tão benéfico como o da comoção provocada no fígado e demais vísceras pelo passeio a cavalo. Mas se lhes fossem visíveis os efeitos dos contos e anedotas picantes, notariam espantosa diferença, pois as formas assim engendradas são inteiramente malignas e permanecem longo tempo no corpo astral com risco de atrair outra categoria de aborrecíveis entidades. Aqueles que se aproximam dos Mestres têm de estar livres de tão funestas influencias, como também de tudo o que é turbulento e escabroso. Os jovens devem precaver-se constantemente contra qualquer reincidência em necessidade e puerilidade. 

Há de se evitar a todo o custo a propensão para o riso tolo, pois seu efeito é muito nocivo ao corpo astral, porque o envolve num aspecto muito repugnante, em forma de uma espécie de envoltura que impede a entrada de harmônicas influências. É um perigo contra o qual os jovens têm de se precaver cuidadosamente. Sede tão alegres e jubilosos quanto puderdes. Ao Mestre isso lhe apraz e vos ajudará a progredir na Senda. Mas não consintais que nem por um momento maculem vossa jovialidade a grosseria e torpeza, e que nunca estale vosso riso em estrepitosas gargalhadas nem se degenere em risonhos mofadores.

Há nisto como em outras coisas uma definida demarcação entre o inocente e o que pode chegar a ser danoso. O método mais seguro de determiná-la é considerar se a diversão quebra as normas da delicadeza e bom gosto. Desde o ponto em que o riso transpõe estas normas, desde o momento em que há nele o menor toque de estrepitosidade e cessa de ser perfeitamente refinado, entramos em perigoso terreno. O aspecto interno de tudo isso é que enquanto o ego permanece dono do seu corpo astral, tudo corre felizmente; mas tão logo isso se altera, o riso se transforma em tolo e néscio, e o corpo astral arrasta o ego como o desbocado cavalo a seu jinete. Um corpo astral sem freio está à mercê de influências eventuais e pode ser afetado pelos mais sinistros pensamentos e emoções.

Vede também que vosso regojizo seja sempre puro e limpo, sem jamais maculá-lo com um malicioso deleite pelo sofrimento ou fracasso do próximo. Se alguém é vítima de um acidente, não riais do aspecto ridículo do ocorrido, mas acudi pressuroso a ajudar e consolar. Amável benevolência e ajuda devem ser sempre vossas características assinaladas."

(C. W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 93/94)


quinta-feira, 11 de abril de 2013

O AVATAR

"A evolução do universo, consequentemente a de sua humanidade, se faz por éons (eras, ciclos) denominados yugas, sempre regidos pela imutável Lei. Os homens são os únicos no universo com capacidade de delinquir, de desrespeitá-la. A contravenção, triste "privilégio" do ser humano, desencadeia crises, gera toda sorte de sofrimentos individuais e sociais.

Em hora oportuna, para evitar que os homens façam maiores estragos, provoquem destruições, misérias catástrofes, para corrigir os transgressores e proteger os justos, isto é, aqueles que se conduzem segundo a Lei Eterna, o próprio Senhor Supremo do Universo (Ishvara) assume um nascimento humano, isto é, desce à condição humana como Avatar (literalmente, "descida"). O Avatar é a misericordiosa intervenção divina, ao longo das yugas, com o abjetivo de resgatar a Lei, penalizar os perversos e proteger os justos. Finalmente, o Avatar vem promover e orientar a evolução, reconduzindo a humanidade a plenificar seu infinito potencial divino. Um Avatar é Deus que se fez homem para levar o homem a fazer-se Deus.

O Avatar chamado Krishna definiu com precisão o fenômeno da avatarização e sua missão sublime:

Quando quer que haja um declínio da Lei Moral (Dharma) e a irretidão (adharma) domine, Eu Me encarno. Para a proteção dos bons, para a destruição dos perversos, e para o restabelecimento da Lei (Dharma) Eu volto a nascer homem. (Bhagavad Gita, 4:7-9)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 26)


O CÉU ESTÁ DENTRO DE NÓS

"O modo mais seguro de estar sempre em paz interiormente é conservar Deus em nossos pensamentos ao longo do dia, não importa o que estejamos fazendo, não importa quais sejam nossas tribulações interna ou experiências externas. Gurudeva com frequência colocava esta questão para nós: "Onde está sua mente? Onde está o centro de seu ser?" Assim ele nos lembrava de manter nossa consciência sempre focalizada interiormente em Deus. O constante foco de nosso ser e atenção deve ser a paz interior da presença de Deus, a sensação que temos depois de uma meditação profunda: tão agradável, tão cheia de paz, tão em harmonia com Deus. Nenhum outro desejo resta, nem a mais leve intranquilidade agita a consciência. O homem precisa ser assim o tempo todo. Não deve permitir que nada o perturbe. 

Qualquer perturbação em nossa vida deve ser vista como um teste de Deus, destinado a nos instruir e fortalecer. Uma corrente é apenas tão forte quanto o seu elo mais fraco; cada um de nós é simplesmente tão forte quanto a nossa maior fraqueza. Precisamos aprender a ficar tranquilos, inabaláveis, intrépidos, não importa o que aconteça na vida. Não se pode alcançar esse equilíbrio de consciência meramente lendo verdades espirituais ou falando sobre elas, mas apenas pela meditação, chega-se a percepção direta e pessoal de Deus. Quanto mais envelhecemos, tanto mais percebemos que a vida nos impõe decepções; os prazeres não cumprem sua promessa. No entanto, quanto mais profundamente procuramos Deus, tanto mais percebemos que não há nada que possa igualar a alegria da presença divina. Somente essa Alegria é real neste ilusório mundo de mudança e relatividade. Coisa nenhuma que o homem anseie pode sequer começar a lhe dar essa satisfação."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 156/157)


quarta-feira, 10 de abril de 2013

SANATHANA DHARMA

"Você tem todo direito de querer saber o que seja Sanathana Dharma, acima citado. Consideremos as duas palavras. Sanathana significa eterno, isto é, aquilo que não muda através do tempo, que foi, continua sendo e sempre será o mesmo; dharma tem um significado muito amplo, que, conforme o contexto, pode expressar justiça, virtude, retidão, lei, ética, e até religião. Sanathana Dharma, portanto, significa a Lei Eterna, isto é, Aquela que regeu a manifestação do universo, sempre regerá o cosmos, propicia vida e higidez a todos os sistemas que existem. A Lei Eterna administra tanto a harmonia de uma galáxia como a dinâmica íntima de um átomo. Quando tal Lei é desrespeitada, violentada, agredida, transgredida - e o ser humano é "especialista" nisto -, a desarmonia, a perturbação, instabilidade, enfermidade, desordem, o caos, a feiura e degradação se manifestam no sistema, seja ele um planeta, uma empresa, um grupo social como a família qualquer instituição, uma orquestra, a humanidade como um todo, uma célula, finalmente cada ser e cada objeto, portanto cada um de nós. O domínio da Lei assegura a ordem e a harmonia, "vida" enfim. A contravenção provoca a doença e antecipa a morte. 

O cosmos foi manifestado, não aleatoriamente, mas segundo uma Lei perfeita e imutável e é por isto que funciona harmoniosa, eficiente, bela e perfeitamente, e continuará vivo e hígido enquanto ela plenamente reinar. Mesmo que inconscientemente, qualquer investigador cientifico ao iniciar seus trabalhos tem certeza de que uma Lei imutável rege todos os fenômenos que ele pretende pesquisar. 

Uma das linhas mais avançadas da pesquisa científica atual é a busca de solução para o que está sendo chamado "sistemas caóticos". Os matemáticos assinalam fenômenos surpreendentes e imprevisíveis que negariam uma Lei a gerenciar o cosmos... Isto é observável somente nos níveis subatômicos, digamos no reino quântico. A incerteza do que ocorre em tais níveis não inviabiliza a Lei que tudo rege. O caos dominaria tudo e nada restaria se uma Lei Eterna não criasse, mantivesse e destruísse simultaneamente o cosmos. Esta dinâmica ocorre no cosmos subatômico.  

Quando os primeiros viajantes ocidentais tomaram contato com populações do vale do rio Indo (na Índia), surpreenderam-se com a profundidade e a sapiência da cultura filosófico-religiosa que lhes norteava a vida. Chamaram-na Hinduísmo quer dizer, a filosofia dos povos do rio Indo. Os habitantes, porém, davam à sua cultura outro nome: Sanathana Dharma. Ainda hoje os ocidentais continuam denominando Hinduísmo aquela que é a "filosofia perene", o Sanathana Dharma."    

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 24/25)