OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 5 de abril de 2013

ELIMINE DA MENTE A ESTÁTICA DO MEDO

"Muitas vezes, quando se tenta sintonizar uma estação de rádio, surge a estática a perturbar o programa que se procura ouvir. Do mesmo modo, quando você tenta realizar alguma transformação pessoal em seu coração, a "estática" pode interromper seu progresso. Essa estática são os seus maus hábitos.

O medo é outra forma de estática que afeta o seu rádio mental. Como os bons e os maus hábitos, o medo tanto pode ser construtivo quanto destrutivo. Por exemplo, quando a esposa diz: "Meu marido não vai gostar se eu sair esta noite; então, não sairei", ela é motivada pelo temor afetuoso, que é construtivo. O temor afetuoso e o medo servil são diferentes. Falo do temor afetuoso, que faz com que se tome cuidado para não ferir os outros sem necessidade. O medo servil paralisa a vontade. Os membros de uma família deveriam cultivar apenas o temor afetuoso e jamais recear dizer a verdade uns aos outros. Realizar ações gentis ou sacrificar seu próprios desejos por amor a outra pessoa é muito melhor do que fazê-lo por temor. E quando você se recusa a transgredir as leis divinas, deve fazê-lo por amor a Deus, não por medo do castigo."

(Paramahansa Yogananda - Viva sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 19/20)


BHAKTI YOGA - DEVOÇÃO AO ONIPRESENTE (5ª PARTE)

"O amor a Deus não se desenvolve e expressa exclusivamente diante dos altares. O bhakta não se contenta com isto. Para ele o altar de Deus é onipresente e seu templo, o universo inteiro. Eis por que procura adorar seu Amado em todas as pessoas e em cada forma de vida, em todos os fenômenos e aspectos da natureza, em todos os níveis existenciais, a todo tempo, em toda a parte, pois que, embora tenha eleito uma determinada Forma e um determinado Nome para cultuar, nunca se esquece de que Deus é Um só, uma onipresente e onipenetrante Realidade e Essência Única de tudo que existe. Seu amor é assim, majestoso, total, vertical, sem limites e sem máculas de desejo, sem interesses egoísticos, sem quaisquer sinais da vulgaridade escravizante, sem os resíduos das impurezas do fanatismo e superstição.  
Desculpa Deus meu se não me ajoelho cada vez que Te vejo, Preciso trabalhar. Não posso viver ajoelhado.(Hermógenes, In Yoga, Caminho para Deus)
Há devotos incultos que só conseguem realizar uma forma nada filosófica de culto. Que continuem. Desde que seu culto, embora primitivo e sua adoração ingênua sejam expressões do verdadeiro prema, Deus não o deixa à míngua de resposta. Ele ajuda seu humilde e simplório adorador. Deus não é elitista. E só leva em conta a pureza, a sinceridade, a autodoação e o verdadeiro amor que inspiram o culto.(...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 86/87)


quinta-feira, 4 de abril de 2013

PARA AQUELES QUE DESEJAM A LIBERTAÇÃO, É ÚTIL LER LIVROS?


“Todos os textos asseveram que para se obter a iluminação a mente deve ser aquietada; seu ensinamento conclusivo é que a mente deve ser silenciada. Uma vez que se tenha entendido isso, a leitura infindável não é necessária. A fim de silenciar a mente você deve apenas investigar dentro de si mesmo o que é o seu Eu; como poderia tal busca ser feita nos livros? Você deve ver o seu Eu com o seu próprio olho de sabedoria. O Eu Real está dentro dos cinco invólucros, mas os livros estão fora deles. Uma vez que o Eu Real deve ser investigado pela rejeição dos cinco invólucros, é fútil buscar por ele nos livros. Chegará um momento em que você deverá esquecer tudo o que aprendeu.”

  • Cinco invólucros – cinco sentidos (audição, toque, visão, paladar e olfato).
(Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi – Ed. Teosófica, Brasília - p. 140)


BHAKTI YOGA - IDOLATRIA (4ª PARTE)

"O bhakta, que ama e se devota intensa e permanentemente a Deus, contemplando num altar uma de suas Formas, aquela de sua preferência (ídolo), cantando e louvando seu Nome, tem sido objeto de desgastadas críticas pelos que, mal-informados, condenam a prática de idolatria. Tais contestadores, quando religiosos profissionais, chegam a citar versículos bíblicos que proíbem a adoração a ídolos. As imagens simbólicas ou formas representativas foram de fato abominadas e denunciadas por primitivo profetas hebreus e por fundadores do cristianismo. 

Está na hora de repensarmos o assunto. Tradicionais, respeitáveis e sábias religiões adotam imagens, inclusive o catolicismo. Consideremos a etimologia. A palavra idolatria é grega: eidolon, imagem; latreia, serviço. Prestar serviço ao Supremo Ser abstrato, representado pela imagem concreta que veneramos, parece nada reprovável. Há no entanto outra "normal" forma de idolatria generalizada, que infelizmente a sociedade aprova e obsessivamente pratica, a qual adiante analisaremos. 

A boa idolatria é um recurso inteligente pelo qual, favorecidos por uma Forma (estátua ou retrato), conseguimos concentrar e fixar nossa mente desatenta, abrindo-nos, portanto, para a felicidade de amar e servir o Ser Supremo sem forma, sem atributos, um Deus abstrato, tão fora de alcance. Tal idolatria não é abominável.

Os ídolos, cuja adoração efetivamente nos perturba a paz, despoja de luz, rouba a liberdade, abala a saúde e nos condena à infelicidade, são outros que não as belas e inspiradoras esculturas e retratos do Divino, eternizados nos santuários. Refiro-me aos ídolos mais cultuados e que ocupam durante quase todo tempo o maior espaço do coração e da mente do homem egoísta e "normótico" dos dias atuais. Homens ambiciosos de poder adoram múltiplos ídolos, tais como cheques, lucros, propriedades, votos de eleitores, aplausos de plateias  processos facilitadores de corrupção, especulação, sonegação de impostos etc. Tais idólatras do "bezerro de ouro", que bem justificam as condenações feitas por Moisés, são os que sacrificam tudo e todos na busca satânica e aflita de maiores lucros de mais poder, de mais prazer. As "doses" vendidas pelos traficantes, idolatradas pelos viciados, fazem jus ao anátema dos profetas. A idolatria que a Bíblia denuncia e abomina pode ser também aquela que alucina, obsedia, agita e aliena multidões de jovens devotos de certos mega stars da música dopante. Cigarros bebidas alcoólicas, sexo pervertido e promíscuo, entorpecentes e alucinógenos são ídolos diabólicos aos quais infelizes jovens se devotam até o autossacrifício. Esta idolatria anda aí, aceita e até prestigiada na mídia da "era das trevas" (kali yuga).

Ídolos abjetos são todas as coisas, pessoas, falsos valores, situações e ideologias que geram dependência, inspiram hipocrisia, exemplificam irretidão, implementam o desamor, engendram conflagração e crueldade, que abastardam e derrubam a dignidade e ameaçam a liberdade dos seres humanos, finalmente, que destronam o Senhor Supremo do coração de cada um. (...)

A idolatria a Mamom, isto é, ao antideus, como vimos, é que deve ser abominada. Não a devoção santificante. O devoto lúcido não adora a imagem diante de si, mas ao Ser Supremo que ela ajuda a conceber e sentir. O Swami Vivekananda lembra que, quando estamos ao telefone, não falamos com o aparelho, mas com alguém, que só podemos alcançar por meio dele. Precisa dizer mais? (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 84/86)


quarta-feira, 3 de abril de 2013

A MENTE É O ASPECTO PENSANTE DA CONSCIÊNCIA ABSOLUTA

"Os olhos devem ser treinados para descobrir as pegadas de Deus. Neste processo, a mente tem de ser controlada. Ela é o pivô dos pensamentos e sentimentos. A mente é o aspecto pensante da Consciência Absoluta, isto é, de Brahman. O Ser Absoluto, manifestando-se na atividade imaginativa, é a mente. Ela, em vez de voltar-se para o Absoluto, volta-se para fora, e começa a utilizar os sentidos como instrumentos seus, esquecendo sua fonte - o Absoluto. Como e por que tal acontece é inexplicável. Sabemos que é isso o que acontece, mas também sabemos que pode ser evitado. O intelecto não pode apreender o segredo, que é a ilusão (maya), porque ele também é limitado por ela. Isso é um fato, e, como fato, deve ser encarado. A mente é um pano de fundo do mundo. Se seus pensamentos e atividades são válidos, sadios, isentos de violência, plenos de amor, e moralmente harmoniosos, a Paz está próximo à mão, e Brahman pode ser alcançado. Ei por que a disciplina tem de ser rigorosamente seguida, visando a conduzir a mente para o interior, para Deus, para Sua Fonte."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p.27/28)