OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 23 de março de 2013

É VOCÊ QUE DECIDE SOBRE SEU PRÓPRIO DESTINO

"Você se lamuria porque seu vizinho vive feliz enquanto você não. Seu vizinho pode ter a crédito dele muitos anos de sadhana (disciplina espiritual) em depósito no corpo causal do qual ele veio de sua vida anterior para esta presente. Em você, sua natureza e suas predileções são moldadas pelo modo pelo qual você amou e detestou, se nutriu e lutou, no curso de uma série de vidas que já teve. 

Deus não se envolve em recompensas nem em punições. Somente reflete, ressoa e reage! Deus é a Eterna Testemunha Isenta. É você que decide sobre seu próprio destino. A criação, proteção e destruição, igualmente, obedecem à mesma lei, à lei inata de maya que cavalga o Universo.

Há pessoas que continuam declarando que não existe Deus, simplesmente porque não lhes é possível ver Deus. Você diria que não existem raízes nutrindo e mantendo de pé as árvores, somente porque elas se acham no invisível, lá embaixo? É a partir do invisível que Deus nos nutre, sustenta e nos mantém de pé. Ele pode ser visto por aqueles que se esforçam para seguir as linhas traçadas pelos que já conseguiram experienciá-Lo. Deus é como a manteiga que está no leite, isto é, somente visível depois que o sadhana o "concretiza"."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 85)


O NERVOSISMO É A DOENÇA DA CIVILIZAÇÃO


“O nervosismo é a doença da civilização. (...)

Deveríamos ter calma para apreciar as coisas – as belezas da criação de Deus, as numerosas bênçãos da vida -, mas evitar as emoções súbitas, a inquietude e a excitação indevidas, que fazem com que o sistema nervoso se queime.

Se você passar a vida em permanente excitação, jamais conhecerá a verdadeira felicidade. Viva de maneira simples e encare a vida com maior tranquilidade. A felicidade está em se dar tempo para pensar e entrar em introspecção. Fique sozinho de vez em quando e permaneça mais em silêncio.”

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior – Self-Realization Fellowship - p. 83/84)


sexta-feira, 22 de março de 2013

ESFORCE-SE PARA VIVER DE ACORDO COM A VERDADE


“Haverá os que nos elogiam e nos compreendem; haverá os que nos culpam e nos entendem mal. Devemos enfrentar os dois juízos com calma e sem hesitação. Nosso papel é sempre fazer o melhor esforço possível para viver de acordo com a verdade. Ao perceber que cometemos um erro, devemos pedir imediatamente ao Divino que nos perdoe, e então devemos nos corrigir.

É inútil tentar esconder de Deus os nossos erros; de qualquer maneira, Ele os conhece. Podemos contar-Lhe, em confiança, todos os nossos erros e buscar Sua ajuda para corrigi-los. A imanência de Deus fez Dele um companheiro divino permanente, com quem podemos compartilhar abertamente nossos sentimentos. Ele nos vê como somos. Como podemos nos sentir presunçosos quando sabemos que nada somos sem Ele? Uma vez percebido isso, começa dentro de nós uma luta persistente para alcançar a perfeição a Seus olhos. A pessoa que está satisfeita consigo mesma deixa de crescer espiritualmente. A autossatisfação egoísta é um pecado grave contra o Eu superior. Quem quer que pare de se esforçar para melhorar diminui de estatura espiritual.

Sempre que estivermos errados, vamos admitir o erro. Não vamos pensar que sempre temos de estar certos. Isso não é ser honesto com nós mesmos. O fato de acreditarmos em determinada direção não a torna necessariamente correta. Se alguém nos mostrar que estamos errados, devemos estar dispostos e prontos para mudar. Essa é a maneira de crescer e adquirir compreensão. Longas explicações sobre por que erramos são desnecessárias. Precisamos dizer, simplesmente: “Sinto muito. Não entendi dessa forma.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship - p. 45/46)


FORMAS GERADAS PELA LINGUAGEM (PARTE FINAL)

"Sempre que falamos ou rimos, produzimos som e cor. Se é o tipo certo do riso, cordial e afável, produz um efeito muito agradável, e espalha um sentimento de alegria em todos os sentidos. Mas se é um riso zombeteiro ou sarcástico, uma gargalhada grosseira, uma casquinhada ou um riso alvar, o resultado é muito diferente e por demais desagradável. É notável quão exatamente todas as nuanças de pensamento e sentimento se refletem nos planos superiores. (...)

A cor das fomas geradas depende mais do espírito com que falamos. Duas pessoas podem dizer as mesmas palavras, e produzir assim, amplamente, a mesma forma, mas as formas podem ter atrás de si um espírito diferente. Quando estais de partida com alguém, dizeis "Adeus". Estas palavras podem ser acompanhadas por uma real explosão de sentimento amistoso; mas se dizeis "Adeus" num tom casual, sem qualquer pensamento ou sentimento especial por trás, isso produz um efeito totalmente diferente nos planos superiores. Um é como um brilho de pirilampo, nada significando, nada produzindo; o outro é uma efusão definitiva que dais ao vosso amigo. Convém lembrar que a expressão significa "Deus seja contigo"; portanto, é uma bênção que estais dando. (...) Se pensardes no significado de tais palavras enquanto as proferis, fareis um bem muito maior do que normalmente o fazeis, pois nesse caso a vossa vontade e vosso pensamento acompanharão as palavras, e a bênção será um auxílio real e não um simples aceno.

Em todas estas maneiras a linguagem do discípulo deve ser refinada e aprimorada. Lembrai-vos  de como se diz em A Luz da Ásia que o Rei, o Eu, está dentro de vós, e que tudo quanto sai de vossa boca em sua presença tem de ser um pensamento de ouro expresso em palavras de ouro:  

Governa os lábios,
Pois são os portais do palácio do Rei interno;
Tranquilas e formosas e corteses sejam todas as palavas
Ditas naquela presença."

(C. W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 97/98)


quinta-feira, 21 de março de 2013

JNANA YOGA - O REAL E O IRREAL (PARTE FINAL)

"Finalmente, que é real e que é irreal? Que faz uma coisa real e outra não? São perguntas que você tem, não somente o direito, mas o dever de fazer. A Vedanta Adwaita lhe responde. Real é aquilo que não sofre mudanças tais como vir à existência, existir, minguar e depois se extinguir. O Real é sempre igual: o mesmo no presente, no passado e no futuro. Obviamente, irreal é tudo que, no curso do tempo, muda. Ao perguntar a uma pessoa quem é ela, a resposta imediata é sempre "eu sou Fulano". Para sermos exatos, podemos retrucar e dizer-lhe que está enganado. Para grande surpresa, lhe diremos: Você não é. Você, transitoriamente, está Fulano. As pessoas confundem, e se identificam com aquilo que muda e muda sempre, com aquilo que supõem ser - o corpo, a mente, o falso ego, este grande embusteiro. O que qualquer pessoa realmente é, em essência, é o Divino Ser, que todos somos. (...)

Não há conquista tão elevada, tão preciosa, tão próxima do impossível ao homem como esta da fusão no Ser Supremo, pretendida pelos monistas (adwaitas). Por maior que seja o esforço pessoal (decisão, dedicação, devoção, discernimento e disciplina) do aspirante, o alcance da meta será sempre inalcançável se lhe falta a onipotência, onipresença e onisciência da Graça Divina. Para ter acesso a ela, o aspirante conta com o poder da oração, proclamado por Jesus nos seguintes termos:

E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. (Lc 11:9)

Eis um compromisso de validade total e eterna, pois expressa uma lei cósmica. Com um pouco de reflexão, concluímos ser absolutamente importante discernir sobre o que pedir, o que buscar, e sobre a porta certa na qual bater. Que pretendemos obter ao formular uma prece? Os aspirantes à Jnana Yoga já têm a resposta correta. Eis uma oração perfeita ensinada pelos Uppanishads:

Do irreal conduz-nos ao Real. Das trevas, conduz-nos à Luz. E da morte à imortalidade. (...)

O Gayatri Mantra é a oração mais repetida pelos hindus. Eis sua tradução.

Ó Gloriosa Luz (Pai e Mãe) que iluminas os três mundos (o mundo físico, o astral e o causal), que Teu Esplendor e Tua Graça iluminem nosso intelecto - nós te rogamos.

Um dia eu também compus minha oração monista:

Ajuda-me, ó Verdade, o transmutar o limitado e periférico conhecer em infinito e profundo saber. Ajuda-me a realizar o que Eu Sou. Ajuda-me a perder-me, redento, no Infinito Eterno do Ser que Eu Sou e que Tu És. Salva-me, Presença, da ignorância escravizante... Eu Te peço, meu Deus, destrói esta distância. Liberta-me da ilusão que nos afasta. (In Yoga, Caminho para Deus)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 110/112)