OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 1 de março de 2013

QUAL FORÇA VENCEU NA BATALHA COTIDIANA ENTRE O BEM E O MAL?


"Poucos homens chegam a se dar conta de que em seu reino há um permanente estado de guerra. Geralmente, só quando esse reino está quase completamente arrasado é que os homens percebem, indefesos, a triste ruína de sua vida. Os conflitos psicológicos por saúde, prosperidade, autocontrole e sabedoria têm de ser reiniciados todos os dias, para que o homem se adiante na direção da vitória, reconquistando, centímetro por centímetro, o território da alma ocupada pelos rebeldes da ignorância.

O iogue, o homem que está despertando, é confrontado não apenas com batalhas exteriores, travadas por todos os homens, mas também com o entrechoque interno entre as forças negativas da inquietude (que surgem de manas, ou consciência dos sentidos) e o poder positivo do desejo e do esforço para meditar (apoiado pela inteligência, buddhi), ao tentar estabelecer-se de novo no reino espiritual interior da alma; os centros sutis da vida e da consciência divina, na coluna vertebral e no cérebro.

Portanto, o Gita aponta, logo na primeira estrofe, a primordial necessidade que o homem tem de introspecção todas as noites, de modo que possa distinguir claramente que força – o bem ou o mal – venceu a batalha cotidiana. Para viver em harmonia com o plano de Deus, o homem precisa repetir para si próprio, todas as noites, a indagação sempre pertinente: “Reunidas no espaço sagrado do corpo – o campo das ações boas e más -, que fizeram minhas tendências opostas? Que lado, nesta guerra incessante, venceu hoje? Vamos, me diga: as más tendências corruptas, tentadoras, e as forças opostas da autodisciplina e do discernimento, que fizeram?"

(Paramahansa Yogananda – A Yoga do Bhagavad Gita – Self-Realization Fellowship - p. 22)


O DESEJO É A RAIZ DA INFELICIDADE


"Jamais devemos esquecer nossa meta. Devemos construir uma cerca em torno de nossas carências. Não devemos continuar a aumentá-las cada vez mais, pois isso finalmente trará infelicidade. Não digo, entretanto, que não devemos satisfazer necessidades básicas, que surgem de nossa relação com o mundo inteiro, ou tornarmo-nos sonhadores e idealistas ociosos, ignorando nosso próprio papel essencial na promoção do progresso humano.

Em suma: a dor resulta do desejo e também, indiretamente, do prazer, o qual se apresenta como um fogo-fátuo, atraindo as pessoas para o pântano das carências, que as tornam cada vez mais infelizes.

Vemos, assim, que o desejo é a raiz de toda infelicidade e surge do sentido de identificação do Eu com o corpo e a mente. Portanto, o que devemos fazer é eliminar o apego, banindo o sentido de identificação. Simplesmente romper o laço do apego e da identificação. Devemos representar nossos papéis no palco do mundo conforme assinalado pelo Grande Diretor, com toda a nossa mente, intelecto e corpo, porém mantendo-nos interiormente tão invulneráveis ou imperturbados pela consciência do prazer e da dor como fazem os atores no palco."

(Paramahansa Yogananda – A Ciência da Religião – Self-Realization Fellowship - p. 32/33)


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A SABEDORIA DE SERVIR


"Toda a natureza é um anelo de “servir”.

Serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva.

Onde haja uma árvore para plantar, planta-a tu; onde haja um erro para corrigir, corrige-o tu; onde haja um trabalho e todos se esquivem, aceita-o tu.

Sê o que remove a pedra do caminho, o ódio entre os corações e as dificuldades do problema.

Há a alegria de ser puro e a de ser justo, mas há, sobretudo, a maravilhosa, a imensa alegria de servir.

Que triste seria o mundo se tudo se encontrasse feito, se não existisse uma roseira para plantar, uma obra para se iniciar!

Não te chamem unicamente os trabalhos fáceis.

É muito mais belo fazer aquilo que os outros recusam.

Mas não caias no erro de que somente há méritos nos grandes trabalhos; há pequenos serviços que são bons serviços: adornar uma mesa, arrumar teus livros, pentear uma criança.

Aquele é o que critica; este é o que destrói: sê tu o que serve.

O servir não é faina de seres inferiores. Deus, que dá os frutos e a luz, serve. Seu nome é: “Aquele que serve”. Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta a cada dia: Serviste hoje? A quem? À árvore? A teu irmão? À tua mãe?."

(A Essência da Sabedoria – A Arte de Viver – p. 19/20 – In: Sabedoria Universal, Paulo Lotufo, São Paulo, 1970)


SOMENTE A BEM-AVENTURANÇA DIVINA É ETERNA


"Todo coração humano anseia por amor. E todas as formas de amor humano – aquelas entre pais e filhos, marido e mulher, patrão e empregado, amigo e amigo, guru e discípulo – vêm do Amor Único, que é Deus.

Todo coração humano também está buscando a felicidade. É o objetivo da vida. (...) O desejo de ser feliz e o de amar e ser amado são as forças motivadoras por trás de todas as nossas atividades e ambições.

Os sábios da Índia têm dito que Deus é Bem aventurança sempre existente, sempre consciente, sempre nova. Eles nos dizem que a felicidade que procuramos, a alegria que perdurará para sempre e nunca envelhecerá deve ser encontrada em Deus. E onde Ele está? Sua imagem divina reside em cada ser humano, como alma. Não conhecemos a paz divina da percepção da alma porque voltamos nossa atenção e nossa busca para as coisas deste mundo. Devemos lembrar que a felicidade alcançável na Terra é condicional e efêmera. Só a bem aventurança divina é eterna.

Amor e alegria, em suas formas mais puras, só podem ser encontrados em Deus. Todavia, em vez disso, nós os procuramos em todos os outros lugares. É somente quando enfrentamos severas provações e muita dor que começamos realmente a pensar em Deus e dedicar um pouco de tempo à adoração – oração, puja ou a recitação de um mantram. Mas chega a hora em que tais observâncias externas não nos satisfazem. Se a mente estiver vagando aqui e ali, a oração é ineficaz, e a repetição de mantrams e a prática de japa deixam de trazer a resposta de Deus que a alma anseia."

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship -  p. 173/174)


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A EXPRESSÃO DO ABSOLUTO


"Aquela jovem, linhas bonitas e sorrisos fáceis, vida-promessa, é uma expressão do Absoluto.

Este velho, pobre resto de vida, escombro de gente, em sua miséria fétida, com sua feiura e dor, também é expressão do Absoluto.

Os iludidos limitam o Infinito, e acham que está em alguns, noutros não; que está em certos lugares e não noutros.

Os iludidos não conhecem o milagre da equanimidade.

Os “que têm olhos de ver” veem o Invisível sob todas as aparências, sejam atraentes, sejam repelentes. É por isso que as perdas não os deprimem nem os lucros os corrompem."

(Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 107)