OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O VIVER NATURAL E O DESNATURAL - PARTE I

"O que é o viver natural? Para compreender o que é o viver natural, será necessário distingui-lo do que é desnatural. A vida depende da seleção de (1) alimento, (2) habitação e (3) companhia. Para viver de maneira natural, os animais inferiores são capazes de selecionar essas coisas por si mesmos, com a ajuda dos instintos  e das sentinelas naturais colocadas nas portas dos sentidos: os órgãos da visão, audição, tato, olfato e paladar. Com os homens em geral, no entanto, esses órgãos estão tão pervertidos pelo viver desnatural desde a própria infância, que pouca confiança pode ser dada a seus julgamentos. Para compreender, portanto, quais são as nossas necessidades naturais, convém depender da observação, da experiência e da razão. 

Qual é o alimento natural para o homem? Pela observação dos dentes, constatamos que, nos animais carnívoros, os incisos são pouco desenvolvidos, mas os caninos são de notável comprimento, lisos e pontiagudos, para agarrarem a presa. Os molares também são pontiagudos; essas pontas, no entanto, não se tocam, mas se ajustam rente, lado a lado, para separar as fibras musculares.

Nos animais herbívoros, os incisos são notavelmente desenvolvidos, os caninos atrofiados (embora, ocasionalmente, desenvolvidos para servir de instrumentos de defesa, como nos elefantes), os molares são de topo largo e revestidos de esmaltes apenas nos lados.

Nos frugívoros, todos os dentes são quase da mesma altura; os caninos são pouco salientes, cônicos e cegos (obviamente, não destinados a agarrar presas, mas a exercer força). Os molares são de topo largo e revestidos na parte superior com capas de esmalte, para evitar o desgaste causado por seu movimento lateral, mas não são pontiagudos para mastigar carne.

Por outro lado, nos animais onívoros como os ursos, os incisivos assemelham-se aos dos herbívoros, os caninos são como os dos carnívoros e os molares são tanto pontiagudos quanto de topo largo, para serviver a um duplo propósito.

Agora, se observarmos a formação dos dentes do homem, descobrimos que não se parecem com os dos carnívoros, nem tampouco com os dentes dos herbívoros ou dos onívoros. Coincidem, exatamente, com os dos animais frugívoros. A conclusão racional, portanto, é de que o homem é um anima frugívoro, quer dizer, que se alimenta de frutas.¹

Observação do canal digestivo. Pela observação do canal digestivo, constatamos que os intestinos dos animais carnívoros são 3 a 5 vezes o comprimento de seu corpo, medindo-se da boca até o ânus; e seu estômago é quase esférico. Os intestinos dos herbívoros são 20 a 28 vezes o comprimento de seu corpo, e seu estômago é mais dilatado e de estrutura composta. Mas os intestinos dos animais frugívoros são 10 a 12 vezes o comprimento de seu corpo; seu estômago é um pouco mais largo que o dos carnívoros e tem uma extensão no duodeno que serve como segundo estômago.

Essa é exatamente a formação que encontramos nos seres humanos, embora a anatomia diga que os intestinos humanos são 3 a 5 vezes o comprimento do corpo do homem - cometendo o engano de medir o corpo desde a cabeça até a planta dos pés, em vez de partir da boca até o ânus. Sendo assim, podemos outra vez inferir que o homem é, com toda a probabilidade, um animal frugívoro. (...)"

1. Fruta compreende qualquer parte da vida vegetal útil ao homem. A dieta frugívora referida por Swami Yukteswarji inclui verduras, nozes e cereais. (Nota da editora)

(Swami Sri Yukteswar - A Ciência Sagrada - Self-Realization Fellowship - p. 60/63)


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

PARA ATRAIR AMIGOS, MELHORE SEU CARÁTER

"Você não pode atrair amigos verdadeiros sem remover de seu próprio caráter as manchas do egoísmo e de outras qualidades desagradáveis. A maior arte de fazer amigos é se comportar divinamente - ser espiritual, puro, altruísta - e começar a amizade onde os alicerces já tenham sido lançados em alguma vida passada. 

A amizade deveria existir em todas as relações humanas: entre pais e filhos, entre cônjuges, entre homens e homens, entre mulheres e mulheres, e entre homens e mulheres. A amizade é incondicional. Quando você sente o impulso de fazer amizade com alguém, está sentindo a presença de Deus. A amizade é um impulso divino. Deus não Se contenta em cuidar de Seus filhos apenas sob a forma dos pais e demais parentes. Ele vem como amigos, para dar oportunidades de expressarmos o amor incondicional do coração. 

Quanto mais suas fraquezas humanas fores desaparecendo e as qualidades divinas entrarem em sua vida, mais amigos você terá. Não foram o Senhor Jesus, o Senhor Buda e o Senhor Krishna amigo de todos? Para ser como eles, você deve aperfeiçoar o amor ao próximo. Quando puder convencer os outros de sua amizade; quando tiver certeza, ao longo das provas do tempo e das muitas experiências em comum, que o sentimento de alguém por você é sincero, e o que você lhe dedica também brota do fundo da alma - não visando alguma vantagem, mas motivado unicamente pelo impulso divino da amizade - você verá, nesse relacionamento, o reflexo de Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 155/156)


AUSÊNCIA DE DESEJOS - PARTE III


"(§28) Outro desejo comum que deves reprimir severamente é o de te intrometeres nos assuntos alheios. O que outro homem faz, diz ou crê não é de tua conta e deves aprender a deixá-lo absolutamente entregue a si próprio. Ele tem pleno direito à liberdade de pensamento, palavra e ação, enquanto não se intrometer com outrem. Tu mesmo reclamas a liberdade de fazer o que consideras apropriado; deves permitir a mesma liberdade ao outro, e quando ele a exerce não tens o direito de falar a seu respeito.

(§29) Se pensas que ele está agindo errado, e puderes encontrar uma oportunidade de dizer-lhe em particular e muito polidamente por que assim pensas, é possível que consigas convencê-lo; mas há muitos casos nos quais mesmo isso seria uma intromissão imprópria. De modo algum deves maldizer com uma terceira pessoa sobre o assunto, pois esta é uma ação extremamente perversa.

(§30) Se observares um caso de crueldade com uma criança ou um animal, é teu dever intervir. Se observares alguém desobedecendo as leis do país, deves informar as autoridades. Se outra pessoa te encarregar de ensiná-la, pode tornar-se teu dever falar-lhe gentilmente de suas faltas. Exceto em tais casos, cuida de teus assuntos e aprende a virtude do silêncio."

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)


domingo, 10 de fevereiro de 2013

A DIVINA ARTE DE FAZER AMIGOS

"A amizade é a mais elevada expressão humana do desejo de Deus de mostrar Seu amor pelo homem. Tendo os pais como instrumentos, Deus cobre um bebê de carinho; o sentimento que eles têm pelo recém nascido é inato, pois o Criador determinou que nossos pais não consigam deixar de amar-nos. Mas a amizade vem como expressão livre e imparcial do amor de Deus.

Dois estranhos se encontram e, por escolha instantânea de seus corações, desejam ajudar-se mutuamente. Já analisou como isso acontece? O desejo expontâneo e recíproco de serem amigos vem diretamente da lei divina de atração; atos de amizade recíproca entre duas almas, que vêm de vidas passadas, gradualmente criam um vínculo cármico que irresistivelmente as atrai uma para a outra, nesta vida. 

Enquanto não for contaminado pelo egoísmo ou pela atração pelo sexo oposto, esse impulso é puro. Porém, frequentemente, é maculado. A amizade cresce na árvore dos sentimentos mais íntimos, mas é profanado pelos desejos prejudiciais e ações egoístas. Se você puser o fertilizante errado nas raízes de uma árvore, seu fruto será mirrado; e se alimentar a árvore do sentimento humano com a emoção do egoísmo, seus motivos indignos estragarão o fruto da amizade. Interessar-se por alguém, só porque é rico ou influente e lhe pode ser útil, não é amizade. E sentir atração por alguém, principalmente porque a pessoa tem um rosto bonito, também não é amizade. Quando o rosto perder sua sedução juvenil, a "amizade" se evaporará."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 154)


AUSÊNCIA DE DESEJOS - PARTE II


"(§25) Não desejes os poderes psíquicos; eles virão quando o Mestre entender ser melhor para ti possuí-los. Forçá-los muito cedo traz em seu treinamento, freqüentemente, muitas perturbações; e seu possuidor muitas vezes é desorientado por enganosos espíritos da Natureza, ou torna-se vaidoso e julga-se isento de cometer erros; em qualquer caso, o tempo e a energia despendidos em adquiri-los poderiam ser utilizados em trabalho para os outros. Eles virão no decurso do teu desenvolvimento - eles têm de vir; e se o Mestre entender que seria útil para ti possuí-los mais cedo, Ele te ensinará como desenvolvê-los com segurança. Até então, estarás melhor sem eles.

(§26) Deves resguardar-te, também, de alguns pequenos desejos que são comuns na vida diária. Nunca desejes brilhar ou parecer inteligente; não tenhas desejo de falar. É bom falar pouco; melhor ainda é nada dizer, a menos que tenhas plena certeza de que o que desejas dizer é verdadeiro, amável e útil. Antes de falar, pensa cuidadosamente se o que vais dizer tem essas três qualidades; se assim não for, não o digas.

(§27) É bom que te habitues desde agora a pensar cuidadosamente antes de falar; pois quando alcançares a Iniciação, terás de vigiar cada palavra, a fim de não dizeres o que não deve ser dito. Muitas das conversações ordinárias são desnecessárias e insensatas; quando descem à maledicência tornam-se perversas. Assim, acostuma-te antes a ouvir do que a falar; não dês opiniões a menos que te sejam diretamente solicitadas. Um enunciado das qualificações é assim dado: saber, ousar, querer e calar, e a última das quatro é a mais difícil de todas. (...)"

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)