OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SOMOS COMPLETAMENTE DEPENDENTES DE DEUS


“Como ser mortal, temporal, por que deve o homem pensar que tem direito automático às coisas deste mundo? Ele nem sabe por que veio ao mundo, nem quando o deixará. Somos completamente dependentes de Deus, que nos trouxe aqui. Estamos na Terra para cumprir, o melhor que pudermos, os deveres concedidos por Deus e para depositar os resultados a Seus pés. Somos sustentados por Deus durante cada momento de nossa existência; não só agora, mas por toda a eternidade. Que tristeza quando o homem abandona o próprio Ser que lhe dá a vida!

“Dê tudo a Deus”, dizia Guruji, “até a responsabilidade por seus atos. Ele quer que você O considere responsável, pois Ele é o verdadeiro Autor de tudo por intermédio de você. Você tem procurado roubar Dele tanto os frutos de suas ações quanto a responsabilidade de executá-las.” De manhã, de dia e de noite, o homem comum se envolve com “eu, mim, meu”. Em contraste, como é admirável, como é inspiradora a doce humildade de nosso Guru! Quando alguém o elogiava, um sorriso inefavelmente meigo vinha furtivamente à sua face, e ele dizia: “É Ele que é o Autor, não eu”.

Paramahansaji ensinava: “Quando morrer este ‘eu’, então saberei quem sou Eu”. Quando a consciência do ego se for, pode-se viver em verdade nesta percepção: “Senhor, se faço algum bem neste mundo, é por Tua causa. Perdoa-me, por favor, pelos erros que cometo, e ajuda-me a fazer melhor na próxima vez.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realizatio Fellowship - p. 119/120)


A VERDADE DE DEUS É UMA VERDADE ETERNA

""Mas, a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus, mesmo àqueles que acreditam em seu nome."

Adorar um Cristo ou um Krishna é adorar a Deus. Não é, porém, adorar um homem como Deus, adorar uma pessoa. É adorar o próprio Deus, a Existência impessoal-pessoal na encarnação e através dela; é adorá-la como una com o Espírito eterno, transcendente como o Pai e imanente em nossos corações. Neste contexto, o testemunho de São Paulo sobre Cristo é de importância relevante. Diz ele:

"Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. E nele fostes levados à plenitude, Ele que é a  cabeça de todo principado e poder."

De igual peso é a afirmação de São João de que a mesma Palavra que era "no princípio" e "era Deus" se fez carne em Cristo. Nesta passagem, o autor do quarto Evangelho relembra-nos que seu mestre não era um mero homem histórico, mas que é o Cristo eterno, um com Deus desde os tempos sem princípio. Este ponto de vista parece validado por Jesus, ao dizer: "Antes que Abraão existisse, eu sou."

Um hindu, pois, acharia fácil aceitar Cristo como uma encarnação divina e adorá-lo sem reservas, exatamente como adora Sri Krishna ou outro avatar de sua escolha. Mas não pode aceitar Cristo como o único filho de Deus. Os que insistem em encarar a vida e os ensinamentos de Jesus como únicos, certamente terão grande dificuldade para compreendê-los. Qualquer avatar pode ser muito bem entendido à luz de outras grandes vidas e doutrinas. Nenhuma encarnação divina jamais veio para refutar a religião e a doutrina de outro, e sim para cumprir todas as religiões, porque a verdade de Deus é uma verdade eterna. Disse Santo Agostinho:

"Aquilo a que chamamos religião cristã existia entre os antigos, e nunca deixou de existir desde o começo da raça humana, até que Cristo se fez carne, quando então a religião verdadeira, que já existia, começou a ser chamada de Cristianismo."

Se Jesus, na história do mundo, tivesse sido a única fonte geradora da verdade de Deus, ele não seria a verdade; porque a verdade não pode ser gerada: ela existe. Mas se Jesus simplesmente revelou e interpretou essa verdade, então podemos olhar para os outros que fizeram o mesmo antes dele e da mesma forma o farão depois dele. E, de fato, à medida que lemos os ensinamentos de Jesus, descobrimos que ele deseja de nós todos que descubramos a verdade: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Ele veio - como declara - não para destruir a verdade eternamente existente, mas para cumpri-la. Isto ele fez, reafirmando-a, dando-lhe vida nova através de uma apresentação renovada." 

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 50/51)


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A REGRA DE OURO


"Sabemos que a felicidade vem do íntimo. Felicidade é um estado interior. Você não se tornará feliz miraculosamente, por conta de mudanças externas, mas apenas de você mudar. Você precisa enxergar as coisas de um ponto de vista mais amplo. Alguém pode até lhe apontar o caminho, ensinar técnicas, mas é tudo o que pode fazer. O resto é por sua conta.

Buscar a felicidade e a alegria não é de forma alguma errado, pecaminoso ou prejudicial ao espírito. Você não pode se formar na escola da vida sem aprender o que é alegria.

Madre Tereza escreveu: 

"Estou certa de que você entende a Regra de Ouro: Deus é amor e nos criou para coisas realmente grandes, para amar e sermos amados. É por isso que devemos amar ao próximo como Deus ama cada um de nós. Amar é dar-nos até o ponto em que começa a doer. Não se trata do quanto damos, mas do amor que colocamos no que damos.

"Por isso é preciso rezar - o fruto da oração é o aprofundamento da Fé. O Fruto da Fé é o Amor - o amor em ação é Serviço - e, assim, atos de Amor são atos de Paz - e isso é viver a Regra de Ouro.

"Amai-vos uns aos outros como Deus ama cada um de nós."

Não concordo que a doação do amor verdadeiro implique em dor, porque há tanta satisfação nessa entrega, que qualquer dor logo será suavizada.

Mas o resto é pura sabedoria. Se todos se dispusessem a seguir essas orientações tão simples de Madre Tereza, a violência e a guerra desapareceriam e a paz reinaria no mundo.” 

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 118/119)


DEUS RESPONDERÁ A SUAS AMOROSAS DEMANDAS


“Deus não é um Ser mudo e insensível. Ele é o próprio amor. Se você souber meditar para entrar em contato com Ele, Ele responderá a suas amorosas demandas. (...)

Prefiro a palavra “demanda” à palavra “prece”, porque a primeira não traz consigo o conceito primitivo e medieval de Deus como um rei tirano a quem nós, como mendigos, temos de adular e suplicar.

A oração é a demanda da alma. Deus não nos fez mendigos; criou-nos à imagem Dele. A Bíblia e as escrituras hindus assim afirmam. Um mendigo que vai pedir esmolas na casa de um homem rico recebe o que toca aos mendigos; mas o filho pode ter, de seu abastado pai, tudo o que pedir. Portanto, não devemos nos comportar como mendigos. Seres divinos, como Cristo, Krishna e Buda não mentiram quando disseram que fomos feitos à imagem de Deus. Todavia, vemos que algumas pessoas têm tudo, como se tivessem nascido em berço de ouro, enquanto outras parecem atrair o fracasso e as dificuldades. Onde está a imagem de Deus nelas? O poder do Espírito está dentro de cada um de nós; a questão é como desenvolvê-lo.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro - p. 08/09)


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

CONFIANÇA (6º PONTO DE CONDUTA)


"(§48) Deves confiar em teu Mestre; deves confiar em ti mesmo. Se já viste o Mestre, Ele confiarás plenamente através de muitas vidas e mortes. Se ainda não O viste, mesmo assim tens de tentar averiguar a Sua existência e confiar n´Ele, porque, se não o fizeres, nem mesmo Ele poderá ajudar-te. A não ser que haja perfeita confiança, não poderá haver perfeita efusão de amor e poder.

(§49) Deves confiar em ti mesmo. Dizes que te conheces muito bem? Se assim pensas, tu não te conheces; conheces apenas o débil envoltório externo, que freqüentemente tem caído na lama. Mas tu - o Eu real - és uma centelha do próprio fogo Divino, e Deus, que é Todo-Poderoso, está em ti, e por este motivo não há nada que não possas fazer, se o quiseres. Dize a ti mesmo: "O que o homem fez, o homem pode fazer. Eu sou um homem, mas também Deus no homem; eu posso fazer isto e farei." Pois a tua vontade deve ser como aço temperado, se quiseres trilhar a Senda."

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)