OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O VERDADEIRO AMOR NÃO CAUSA SOFRIMENTO


"Amor é uma palavra difícil de entender. O amor jamais acontece enquanto não houver liberdade. Não é possível que um escravo sinta o verdadeiro amor. Se você compra um escravo, prende-o em grilhões e obriga-o a trabalhar, ele trabalhará como um burro de carga, porém sem nenhum amor. Nós mesmos quando agimos no mundo como escravos, não o fazemos com amor, e nossa ação não pode ser considerada correta. Isso é verdade quando servimos nossos parentes e amigos, ou quando agimos para nós mesmos. O trabalho egoísta é trabalho escravo. Você pode fazer uma verificação: todo ato de amor traz felicidade, não há ato de amor que não traga como resultado paz e felicidade. Por isso o verdadeiro amor nunca pode causar sofrimento, nem a quem ama, nem a quem é amado. Suponha que um homem ame uma mulher. Quer tê-la toda para si mesmo e tem ciúmes de cada movimento seu. Quer que ela sente a seu lado, fique perto dele, coma e aja sob seu comando. É escravo dela e deseja que ela seja sua escrava. Isso não é amor, é um tipo de afeição mórbida, opressora, que se faz passar por amor, não pode ser amor, porque é doloroso. Se ela não faz o que ele quer, ele sofre. Amor não produz dor; amor só traz felicidade. Se não é esse caso, não se trata de amor. Alguma outra coisa está sendo confundida com amor. Quando você conseguir amar seu marido, esposa, filhos, o mundo inteiro e o universo de tal modo que não haja nenhuma reação de dor ou ciúme, nenhum sentimento egoísta, você está pronto para o desprendimento." 

(Swami Vivekananda - O Que é Religião – Ed. Lótus do Saber,Rio de Janeiro - p. 211/212)


SUPERAR A IRA PELA PAZ INTERIOR - II

“Quando estiver com raiva, fique calado. Sabendo que se trata de uma doença, como quando está pegando um resfriado, dispense-a com banhos quentes mentais que consistem em pensar naquelas pessoas em relação a quem você jamais poderia sentir raiva, não importa como se comportem. Se sua emoção for excessivamente violenta, tome um banho frio, ou ponha um pedaço de gelo sobre o bulbo raquiano; nas têmporas, imediatamente acima das orelhas; na testa, especialmente entre as sobrancelhas; e no topo da cabeça. (...)

A ira é um veneno para a paz e a tranquilidade. (...) Fique indiferente aos que parecem gostar de enraivecê-lo. Quando chega a raiva, ponha em funcionamento a máquina de sua tranqüilidade para fabricar os antídotos de paz, amor e perdão, que afastam a raiva. Pense no amor e raciocine que assim como você não quer que os outros fiquem com raiva de você, também não deseja que os outros sintam a sua raiva desprezível. (...)

Desenvolva a razão metafísica e destrua a raiva. Veja o agente da deflagração da ira como um filho de Deus. Pense nele como um irmãozinho de cinco anos que o pode ter apunhalado sem maldade. Você não deve sentir desejo de apunhalar de volta esse irmãozinho. Destrua a ira mentalmente dizendo: “Não envenenarei minha paz com a raiva; não perturbarei, com a ira, minha serenidade habitual geradora de alegria”.

Lembre-se que se permanecer interiormente tranquilo em todas as circunstâncias você poderá conquistar qualquer pessoa ou vencer qualquer obstáculo. A verdadeira calma significa que Deus está com você. Se você se tornar inquieto, irritará as pessoas e elas ficarão iradas com você. Então você será infeliz. (...)

Se alguém tentar colocá-lo em dificuldades, afirme ininterruptamente: “Sou paz, estou tranquilo”, e diga isso com intensidade. Não importa como os outros podem tentar abalá-lo, segure-se nessa paz. Então seus nervos ficarão tranquilos.

Se alguém pode enraivecê-lo, você ainda não atingiu a perfeita tranquilidade. Manter a calma não significa, porém, que você deve deixar que os outros o façam de capacho. Às vezes é necessário fazer as pessoas entenderem que você fala sério. Mas você é um filho de Deus e jamais deveria ficar irritado. Quanto mais você perder a paciência, mais tempo permanecerá na consciência mortal ilusória. se, entretanto, você permanece tranquilo interiormente, está demonstrando o equilíbrio de um verdadeiro filho de Deus.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 94/96)


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A HUMILDADE É A PERPÉTUA QUIETUDE DO CORAÇÃO


“Durante muitos anos mantive esta inspiradora citação em minha mesa: 

"A humildade é a perpétua quietude do coração. É não ter aflições. É nunca estar ansioso, aborrecido, irritado, ofendido ou desapontado. 

É nada esperar, não me surpreender com qualquer coisa que me seja feita. É sentir que nada é feito contra mim. É estar sossegado quando ninguém me elogia, e também quando me culpam e desprezam. 

É ter em mim mesmo um lar abençoado, para onde possa ir, fechar a porta e me ajoelhar em segredo diante de meu Pai, e estar em paz como num grande mar de tranqüilidade, quando tudo ao meu redor está agitado."

Essa segurança e paz podem ser obtidas se mantivermos a mente fixa em Deus."

(Sri Daya Mata -No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 81/82).


SE PUDERES

"Se puderes conservar a calma, quando todos em torno de ti se desnortearem e por isso te culparem - 

Se puderes confiar em ti mesmo, quando todos de ti duvidarem, e ainda tolerar a dúvida deles - 

Se puderes esperar sem te fatigares, ser caluniado sem tecer intrigas, ser odiado sem te render ao ódio -

Se puderes sonhar sem te deixar vencer por teus sonhos -

Se puderes pensar sem resumir no pensamento o teu único objetivo - 

Se puderes ouvir a verdade que disseste, deturpada e invertida pelos parvos ou perversos, sem condenares os homens - 

Se puderes ver destruídos os edifícios que levantaste em tua vida, e em silêncio reconstruí-los com os recursos gastos - 

Se puderes juntar tudo quanto ganhaste e arriscar tudo por uma causa ideal, que ninguém compreende, perder tudo e recomeçar do início, sem nunca murmurar nem dizer nenhuma palavra sobre teu prejuízo - 

Se puderes estimular o teu coração, os nervos e os músculos para te servirem, depois de esgotados por derrotas e decepções, com o idealismo da intacta mocidade - 

Se puderes falar às multidões sem contaminar as tuas virtudes, frequentar reis sem perder a tua simplicidade-

Se nem os mais ferozes inimigos nem os mais devotados amigos de puderem ferir -

Se puderes confiar serenamente em todos os homens, mas em nenhum cegamente - 

Se puderes guardar inviolável fidelidade ao próprio Eu sem deixar de assimilar o que os outros têm de bom-

Se nem elogios nem vitupérios de puderem iludir sobre a tua verdadeira bondade ou maldade - 

Se puderes preencher o inexorável minuto da tua vida com os sessenta segundos que representam o seu valor passado - 

Se puderes, no meio das vociferações de teus inimigos, pedir ao Eterno: Pai, perdoa-lhes - 

Se puderes, através da escuridão da hora final da existência, vislumbrar estrelas e auroras - 

Então, meu amigo, o mundo será teu e tudo o que ele contém...

E, mais ainda, tu serás HOMEM...

Homem sobre-humano...

Homem quase divino...

Se puderes..."

(Cf. Rudyard Kipling)

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 119/120)


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O CAMINHO


“Alguns se deleitam nos jardins do caminho.

Outros desistem de andar, batidos e abatidos pelas agruras da estrada.

Enfeitiçados pelo agradável ou amedrontados pelos fantasmas do dissabor, quase todos ficam por aí, presos pelos aparentes.

Aos que gozam, a sugestão – prossigam.

Aos que sofrem, o conselho – continuem andando.

Persistência e equanimidade é que desvelam o Real.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 211/212)