OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 5 de janeiro de 2013

O CONHECIMENTO ESPIRITUAL DESTRÓI A INFELICIDADE

“Somente o conhecimento espiritual pode destruir a infelicidade para sempre. Qualquer outro, só temporariamente satisfaz nossas necessidades. O conhecimento do Espírito é o único que torna possível, de maneira definitiva, erradicar os desejos pela raiz. O auxílio espiritual é a mais elevada ajuda que se pode prestar a um homem. O grande benfeitor da humanidade é o que transmite o conhecimento espiritual. Constatamos que os homens mais poderosos do mundo foram os que supriram as necessidades espirituais de seus semelhantes, porque a espiritualidade é a verdadeira base de todas as nossas ações. Uma pessoa espiritualmente forte e sincera será forte em tudo, se assim o desejar. Enquanto não houver força espiritual no ser humano, nem mesmo suas necessidades físicas poderão ser satisfeitas de maneira satisfatória. 

Logo após a ajuda espiritual vem o auxílio intelectual. A dádiva do conhecimento é um presente muitíssimo mais elevado do que a oferenda de alimento e vestuário. É superior até a dar vida ao homem porque, em verdade, a existência humana baseia-se no conhecimento. Ignorância é morte, conhecimento é vida. A vida tem pouquíssimo valor se transcorre nas trevas, tateando através da ignorância e da miséria. (...) 

Quando se trata de ajudar os outros, portanto, não devemos jamais cometer o erro de pensar que a ajuda material é a única que temos a oferecer. Não somente é a última delas como também é a mais ínfima, porque não pode proporcionar satisfação permanente. O mal-estar que sinto quando tenho fome acaba quando como, porém a fome volta. Meu sofrimento só pode desaparecer quando eu tiver superado todas as minhas necessidades. Então, a fome não me tornará infeliz; nenhuma angústia, nenhum pesar será capaz de abalar-me. A ajuda que tem por fim fortalecer-nos espiritualmente é a mais elevada, a seguir, vem a ajuda intelectual e, por último, a física. 

As dores do mundo não podem ser eliminadas somente com ajuda material. Enquanto a natureza humana não se modificar, as necessidades físicas persistirão e sempre seremos afetados pelos sofrimentos, sem que nenhum socorro material possa minorá-los completamente. A única solução para resolver esse problema é a purificação da humanidade. A ignorância é a mãe de todo o mal e de toda a miséria que vemos. Que os homens tenham luz, sejam puros, espiritualmente fortes e educados. Só então a miséria acabará no mundo, não antes. Podemos converter cada casa do país em asilo de caridade e espalhar hospitais por toda a terra, porém a infelicidade humana continuará a existir até que o caráter do homem se modifique.” 

(Swami Vivekananda – O que é Religião – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro – p. 206/207)



sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O PODER MAGNÉTICO DA AFIRMAÇÃO


“Todos deveriam praticar a afirmação. Para mim, duas das afirmações mais úteis são: “Senhor, faça-se através de mim, somente a Tua vontade, não a minha”; e: “Senhor, Tu és o Autor, não eu”.

O mundo foi criado sobre o princípio de uma partícula girando em torno de outra – um elétron circulando um próton -, assim produzindo uma força criadora. Aplica-se o mesmo princípio à afirmação. A força de vontade concentrada, girando ao redor de uma ideia, cria uma poderosa força magnética. Quando uma afirmação como: “Senhor, Tu és meu; eu sou Teu”, ou: “Senhor, Tu estás neste corpo; ele está bem”, é repetida sem cessar, como uma força crescente de pensamento possante, ela dá existência à própria coisa que está sendo afirmada.

Esse princípio também poderá operar para produzir um resultado negativo, se a vontade concentrada der voltas, repetidamente, em torno de um pensamento negativo. Com o pensamento negativo pode-se causar sério mal a si ou aos outros. Pois colhemos o que semeamos neste mundo; os pensamentos que lançamos no éter voltam para nós. É por isso que Paramahansaj dizia: “Vigie seus pensamentos. Saiba, sem sombra de dúvida, que as sementes que você planta serão um dia colhidas por você.” Aí reside a importância do pensamento positivo, do pensamento correto, para o bem de si mesmo e dos outros.” 

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 106/107)


SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA - V

"Ninguém age corretamente ao abandonar o cumprimento dos inequívocos deveres da vida, baseados no mandamento Divino. Aquele que cumpre seus deveres por pensar que se eles não forem cumpridos algum malefício lhe sobrevirá, ou que o seu cumprimento removerá dificuldades do seu caminho, trabalha pelos resultados. Os deveres devem ser cumpridos simplesmente por terem sido mandados por Deus, que pode a qualquer momento ordenar que se lhes abandone. Enquanto não tivermos reduzido a inquietação da nossa natureza à tranquilidade, teremos de trabalhar, consagrando à Deidade todos os frutos de nossa ação e atribuindo-Lhe o poder de executar as tarefas corretamente. A verdadeira vida do homem é paz em identidade com o Supremo Espírito. 

Esta vida não é trazida à existência por qualquer ato nosso, é uma realidade, "a verdade", e é completamente independente de nós. A compreensão da irrealidade de tudo que parece se opor a esta verdade é uma nova consciência e não uma ação. A libertação do homem não está de modo algum relacionada às suas ações. Na medida em que as ações promovem a compreensão de nossa total inabilidade para emancipar a nós mesmos da existência condicionada, elas são úteis; após a compreensão desse estágio, as ações se tornam mais obstáculos do que auxílio. Aqueles que trabalham em obediência aos mandamentos Divinos, sabendo que o poder para assim trabalhar é um dom de Deus, e que não é uma parte da natureza autoconsciente do homem, alcançam a liberdade em relação à necessidade de ação. E então o coração puro é preenchido pela verdade, e é percebida a identidade com a Deidade. O homem tem de primeiramente se livrar da ideia de que ele realmente faz alguma coisa, sabendo que todas as ações ocorrem nas "três qualidades da natureza" e de modo algum na alma. 

Então ele tem de estabelecer todas as suas ações na devoção. Isto é, sacrificar todas as suas ações ao Supremo e não a si mesmo. Ou ele próprio se arvora no Deus a quem são consagrados os seus sacrifícios, ou os consagra ao outro verdadeiro Deus - Ishvara; e todos os seus atos e aspirações são dedicados ou para si mesmo ou para o Todo. Aqui se evidencia a importância do motivo. Pois se ele realiza grandes obras de valor, ou de benefício para a Humanidade, ou adquire conhecimento para poder dar assistência a seu próximo, e é movido a isso meramente porque pensa que assim alcançará a salvação, ele está agindo apenas para seu próprio benefício, e está portanto consagrando sacrifícios para si mesmo. Desta forma, ele tem de devotar-se internamente ao Todo; sabendo que ele próprio não é o agente das ações, mas a mera testemunha delas. Desde que está em um corpo mortal, ele é afetado por dúvidas que irão brotar repentinamente. Quando elas de fato surgem, é porque ele ignora algo. Ele deve para tanto ser capaz de dispersar a dúvida "pela espada do conhecimento." Porque se ele dispõe de uma resposta pronta para alguma dúvida, nesta mesma proporção ele a dissipará. Todas as dúvidas vêm da natureza inferior, e jamais em qualquer caso da natureza superior. Por isso à medida que ele cresce em devoção é capaz de perceber cada vez mais claramente o conhecimento que reside em sua natureza Sattvica (bondade). Pois está dito: "Um homem que seja perfeito em devoção (ou que persiste em seu cultivo) espontaneamente descobre o conhecimento espiritual em si mesmo com o passar do tempo". E também: "Um homem com a mente cheia de dúvidas não desfruta nem deste mundo nem do outro (o mundo dos Devas), nem da beatitude final." A última frase é para destruir a ideia de que se há em nós esse Eu Superior ele irá, mesmo se formos indolentes e cheios de dúvidas, triunfar sobre a necessidade de conhecimento, conduzindo-nos à beatitude final junto com o fluxo evolutivo de toda a Humanidade. 

A verdadeira oração é contemplação de todas as coisas sagradas, em sua aplicação a nós mesmos, às nossas vidas e ações diárias, acompanhada do mais pujante e intenso desejo de tornar sua influência mais forte e as nossas vidas melhores e mais nobres, de modo que algum conhecimento delas nos possa ser concedido. Todos esses pensamentos têm de estar intimamente ligados à consciência da Essência Suprema e Divina da qual todas as coisas se originaram. 

A cultura espiritual é alcançada através da concentração, e esta tem que ser continuada diariamente e exercitada a cada momento. A meditação já foi definida como "a cessação do pensamento ativo externo." A concentração é a orientação de toda a vida para um determinado fim. Por exemplo, uma mãe devotada é aquela que considera antes e sobretudo os interesses dos seus filhos em todos os seus aspectos; e não aquela que se senta para pensar fixamente todo o dia apenas um destes aspectos. O pensamento tem o pode de se auto-reproduzir, e quando a mente é mantida firmemente em uma ideia, ela se torna colorida por essa ideia, e, como pode-se dizer, todos os correlatos daquele pensamento surgem dentro da mente. É a partir daí que o místico obtém conhecimento acerca de qualquer objeto no qual ele pense constantemente em fixa contemplação. Eis a razão das palavras de Krishna: "Pensa constantemente em mim; depende somente de mim, e tu certamente virás a mim." A vida é o grande instrutor; é a grande manifestação da Alma, e a alma manifesta o Supremo. Daí todos os métodos serem bons e serem todos apenas parte do grande objetivo, que é a Devoção. "A Devoção é o êxito na ação", diz o Bhagavad-Gitã. Os poderes psíquicos, à medida que surgem, devem também ser usados, pois eles nos revelam leis. Mas o valor desses poderes não deve ser exagerado, nem os seus perigos ignorados. Aquele que se fia neles é como um homem que  dá passagem ao orgulho e ao triunfo porque atingiu o primeiro patamar dos píncaros que ele se propôs escalar."

(Helena Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília - p. 57/71)


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A CONSCIÊNCIA DIRÁ O QUE VOCÊ É


“Às vezes sentimos o desejo de “fugir de tudo”. Isso não é errado; afastar-se de tudo, de vez em quando, proporciona a oportunidade de refletir sobre a vida. A maioria das pessoas deixa-se flutuar ao sabor da correnteza dos costumes e da moda. Essas pessoas nunca vivem realmente a própria vida; vivem a vida do mundo, e aonde isso as leva? É uma atitude sábia, de vez em quando, afastar-se das preocupações cotidianas, acalmar a mente e tentar compreender que espécie de pessoa você é e que tipo deseja ser. E lembre-se: o testemunho mais sincero que pode encontrar é o da própria consciência, a voz do discernimento da alma. O que sua consciência diz é o que você é. Penso no poder da consciência de Jesus. Seus acusadores cuspiram nele e o crucificaram, e ainda assim ele disse: “Pai, perdoa-os.” Essa espécie de discernimento é o único poder que trará luz ao seu caminho. Sempre que em seu coração houver um desejo irresistível de rezar pedindo alguma coisa, uso seu discernimento. Pergunte-se: “O desejo que busco satisfazer é bom ou mau?”

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem –  Ed. Self-Realization Fellowship – p. 124/125)


A NATUREZA DE DEUS É ILIMITADA


“A maioria das pessoas não tem nenhum conceito de Deus. Para muitos, Deus é apenas um nome. Alguns O imaginam como tendo forma; outros acreditam que seja informe. É tolice pensar que Ele precisa ter forma ou não: Ele é tanto uma coisa quanto a outra. A natureza de Deus é ilimitada: Ele é “tudo para todos os homens”. Cada devoto pode, justamente, abrigar seu próprio conceito de Deus, o que mais lhe atraia.” 

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 41)