OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 30 de dezembro de 2012

A PERSPECTIVA DE SABEDORIA QUE CONDUZ À PAZ INTERIOR


“A vida, sua substância e seu propósito são um enigma difícil, mas não insolúvel. Com o progresso de nossa reflexão, estamos diariamente resolvendo alguns desses segredos. Os instrumentos desta era moderna, calculados minuciosa e cientificamente, são certamente notáveis. As descobertas da ciência física, que proliferam, merecem crédito, dando-nos uma visão mais clara dos modos pelos quais a vida pode ser aperfeiçoada. Mas, a despeito de todos os nossos instrumentos, estratégias e invenções, parece que ainda somos joguetes nas mãos do destino e que temos um longo caminho pela frente antes de podermos ficar independentes da dominação da natureza.

É certo que permanecer o tempo todo à mercê da natureza não é liberdade. Nossas mentes entusiásticas são rudemente tomadas por um senso de desamparo quando somos vítimas de enchentes, tornados ou terremotos, ou quando, aparentemente sem motivo ou explicação, as doenças ou acidentes arrancam de nós os entes queridos. Nessa hora percebemos que, na verdade, não conquistamos tanto assim. Apesar de todos os nossos esforços para tornar a vida o que queremos que ela seja, sempre haverá certas condições introduzidas neste planeta – infinitas e guiadas por uma Inteligência desconhecida, e que operam sem nossa iniciativa – que fogem ao nosso controle. Na melhor das hipóteses, só podemos agir e fazer alguns aperfeiçoamentos. Semeamos o trigo e fazemos a farinha, mas quem fez a semente original? Comemos o pão feito da farinha de trigo, mas quem tornou possível que o digeríssemos e assimilássemos?

Em todos os setores da vida parece haver, a despeito de sermos nós os instrumentos, uma inevitável dependência de Deus, sem a qual não podemos viver. Com todas as nossas certezas, ainda temos de suportar uma existência incerta. Não sabemos quando o coração vai falhar. Disso advém a necessidade de uma destemida confiança em nosso verdadeiro Eu imortal e na Divindade Suprema, a cuja imagem esse Eu foi feito – uma fé que funciona sem egoísmo, sem ansiedade nem limitações, e que trabalha árdua e alegremente.

Entregue-se de maneira absoluta e destemida a esse Poder Superior. Não importa que hoje você tome a resolução de ser livre e confiante e que, amanhã, apanhe um resfriado e se sinta muito mal. Não esmoreça! Ordene à sua consciência que permaneça inalterável na fé. O Eu não pode ser contaminado pela doença.

Não se comporte como um mortal bajulador. Você é um filho de Deus!

Você foi feito à imagem Dele. Você não pode ser ferido ou penetrado por pedras, nem petardos, nem metralhadoras, nem bombas atômicas. Lembre-se: o melhor abrigo é o silêncio da alma. E se você puder desenvolver esse silêncio, nada no mundo poderá tocá-lo. (...) Você pode permanecer inabalado em meio à colisão de mundos que se destroem.

Ponha seu coração em Deus. Quanto mais você buscar Nele a paz, mas essa paz destruirá suas preocupações e sofrimentos.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 109/113)


sábado, 29 de dezembro de 2012

MISTÉRIO


 “FALA COMIGO, MISTÉRIO, que dás perfume aos cravos.

Fala comigo, Mistério, que luzes em cada estrela.

Fala comigo, Mistério, que reges colméias e sistemas planetários.

Responde ao meu chamado, Mistério, que vivificas o átomo.

Atende-me Tu, que divinizas o amor, e és o Amor.

Conversa comigo, Mistério, que faíscas na mente do sábio, na devoção do místico, na ação do justo, na obra do artista, na pureza do santo, na renúncia do eremita, na inocência da criança, na divindade do amor materno, na veemência colorida da primavera, no deslumbramento do cosmonauta, na incógnita que desafia a ciência, na ternura de todos os ninhos.

Fala comigo.

Mas fala bem alto, pois ruídos impertinentes não me deixam ouvir Tua Eternidade; a zoada do multissonoro envolvente me ensurdece e não consigo escutar Tua Unidade; as gargalhadas dos prazeres libertinos e os gemidos dos amargores todos do mundo fazem para mim inaudível Tua Canção de Paz.

Fala... E não demores.

Presa do tempo, minha alma vibra na ansiedade de retroceder às imateriais fibras de seu cerne, de onde vem Tua Fala que não chega.

Fala comigo Mistério. E leva-me na aventura do Insondável, para além das fronteiras da percepção, para longe da pobreza criada por Teu Silêncio, da miséria que nasce de Tua Ausência.

Fala comigo, Mistério.

Mas, antes, ensina-me a ouvir-Te.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 212/213)


PRÁTICAS ESPIRITUAIS MECÂNICAS


“Muitos buscadores me dizem: “Mas eu tenho orado”. O cristão pode dizer: “Tenho feito minhas orações diariamente há vinte e três anos”; o muçulmano: “Tenho feito namaj fielmente há vinte e três anos”; e o hindu: “Tenho praticado japa ou feito meu puja”. Mesmo assim, todos se queixam: “Não sinto que tenha feito progresso. Minha mente é muito inquieta. Sou muito nervoso. Por quê?” É porque essas práticas se tornaram mecânicas. Não podemos ganhar o amor de ninguém com palavras de amor pronunciadas de modo mecânico ou distraído. O amor precisa vir do coração. É isso o que falta, com tanta frequência, nas práticas espirituais.”

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 90/91)


LEMBRE-SE DO SENHOR QUE RESIDE EM SEU ÍNTIMO


 “Desenvolva a consciência de que Deus está com você.

O Senhor só parece distante porque sua atenção se dirige para o exterior, para a criação Dele, e não para o íntimo, para Ele. Sempre que a mente vagar pelo labirinto dos incontáveis pensamentos mundanos, leve-a pacientemente de volta à lembrança do Senhor que habita em você. A seu tempo, você O descobrirá sempre com você – um Deus que fala com você no próprio idioma que você usa, um Deus cuja face o espreita de cada flor, desde cada arbusto e de cada folha de grama. Então você dirá: “Estou livre! Visto-me do sutilíssimo véu do Espírito. Vôo da terra ao céu com asas de luz.” E que alegria inundará seu ser!

Divino Espírito, abençoa-nos para que, cada vez mais, no interior de nossos corações, só falemos de Ti. Não importa o que estejamos dizendo com nossas línguas, nossos corações estarão sempre repetindo Teu nome.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – p. 37/38)


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CONHEÇA AS LEIS DIVINAS DA PAZ INTERIOR E DA FELICIDADE


“A moralidade, tal qual o camaleão, tende a assumir as cores da sociedade circunjacente, mas as leis inescrutáveis da natureza, pelas quais Deus sustenta Sua criação, jamais são alteradas pelas determinações do homem.

A felicidade tem raízes na moralidade e nas qualidades divinas.

Aqueles que se insurgem contra a lei divina pagam o preço de perder a paz interior.

As estrelas de cinema e outros artistas são considerados as pessoas invejáveis. Por que, porém, suas vidas pessoais são tão frequentemente uma confusão de infelicidade e múltiplos divórcios? A maior parte dessas pessoas vive com excessiva energia nervosa concentrada nos sentidos. Excesso de alimentos, sexo promíscuo, intoxicação com bebidas alcoólicas e drogas – tudo isso produz uma contrafração da felicidade.
[As leis morais] harmonizam o corpo e a mente com as leis divinas da natureza, ou da criação, produzindo força, felicidade e bem-estar interior e exterior.

Essa é a razão pela qual o êxito moral – a liberdade do império dos maus hábitos e impulsos – produz mais felicidade do que o êxito material. No êxito moral há uma felicidade psicológica que não pode ser roubada por qualquer condição física. (...) Adote os pensamentos e as ações que levam à felicidade.

Aqueles que têm contentamento interior estão vivendo de maneira correta. A felicidade só vem de fazer o que é certo.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Self-Realization Fellowship – p. 80/82)