OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA - IV

"Não vivas nem no presente nem no futuro, mas sim no eterno. A gigantesca erva daninha (do mal) lá não pode florescer, a própria atmosfera do pensamento eterno apaga esta mancha da existência. A pureza do coração é uma condição necessária para o atingimento do "Conhecimento do Espírito". Há dois meios principais pelos quais essa purificação pode ser atingida. Em primeiro lugar, afasta persistentemente todo mau pensamento; e em seguindo, mantém a mente tranquila sob quaisquer condições, nunca te agitando ou te irritando por qualquer coisa. Descobrir-se-á, assim, que estes dois meios de purificação são melhor estimulados pela devoção e pela caridade. Não devemos nos manter ociosos, sem tentar fazer alguma coisa para progredir, só porque não nos sentimos puros. Que todos tenham aspirações, e que trabalhem com o devido empenho; no entanto, devem trabalhar no reto caminho, cujo primeiro passo é purificar o coração. 

A mente precisa de purificação sempre que sentir ira ou que uma mentira seja contada, ou as faltas de terceiros sejam desnecessariamente reveladas; sempre que algo seja dito ou feito com o propósito de bajulação, ou que alguém seja enganado pela insinceridade de uma palavra ou ação.

Aqueles que aspiram pela salvação devem evitar a luxúria, a ira e a cobiça, e devem cultivar uma corajosa obediência às Escrituras, estudar Filosofia Espiritual, e cultivar a perseverança na sua realização prática.

Aquele que se deixa levar por motivos egoístas não pode entrar num Céu onde os motivos pessoais não existem. Aquele que não se preocupa com o Céu, mas que se sente contente onde encontra, já está no Céu, enquanto que o descontente irá clamar pelo Céu em vão. Não ter desejos pessoais é estar livre e feliz, e a palavra "Céu" não pode significar outra coisa a não ser um estado no qual a liberdade e a felicidade existam. O homem que pratica ações benéficas motivado por uma expectativa de recompensa não fica feliz a não ser que a recompensa seja obtida, e uma vez obtida essa recompensa, a sua felicidade cessa. Não pode haver descanso e felicidade permanentes enquanto houver algum trabalho a ser feito, e que não tenha sido realizado, sendo que o cumprimento do dever traz sua própria recompensa.

Aquele que se considere mais santo que os outros, aquele que tenha qualquer orgulho por estar isento de vícios ou insensatez, aquele que se crê sábio, ou de qualquer maneira superior ao seu próximo, está incapacitado para o discipulado. Um homem tem que se tornar como que uma criancinha antes de poder entrar no Reino dos Céus. A virtude e sabedoria são coisas sublimes, mas se elas criarem orgulho e uma consciência de separatividade em relação ao restante da Humanidade, então serão apenas as serpentes do eu reaparecendo de uma forma mais sutil. O sacrifício ou a entrega do coração do homem e suas emoções é a primeira das regras; envolve "o atingimento de um equilíbrio que não pode ser perturbado pelas emoções pessoais." Põe, sem demora, tuas boas intenções em prática, nunca permitindo que nem sequer uma delas permaneça apenas como uma intenção. Nosso único rumo verdadeiro é deixar que o motivo para a ação esteja na ação em si mesma, jamais na sua recompensa; não ser incitado à ação pela expectativa do resultado, e, nem tão pouco ceder à propensão à inércia.

Através da o coração é purificado das paixões e da insensatez; daí surge o domínio do corpo, e, por último, a subjugação dos sentidos. 

As características do sábio iluminado são, em primeiro lugar, que ele está liberto de todos os desejos, e sabe que somente o verdadeiro Ego ou Supremo Espírito é bem-aventurança, e que tudo o mais é dor. Em segundo, que ele está livre de apego ou repulsão com relação a qualquer coisa que lhe aconteça, e que agem sem intenção. Finalmente, vem a subjugação dos sentidos, que é inútil, e frequentemente prejudicial, dando origem à hipocrisia e ao orgulho espiritual, quando destituída do segundo, e que por sua vez não tem muita utilidade quando destituída do primeiro. 

Aquele que não pratica o altruísmo, aquele que não está preparado para dividir sua última porção com alguém mais pobre ou mais fraco do que ele, aquele que negligencia em ajudar seu próximo, qualquer que seja sua raça, nação, ou credo, quando e onde quer que encontre sofrimento, e que faz ouvidos moucos ao clamor da miséria humana; aquele que ouve uma pessoa inocente ser caluniada, e que não toma a sua defesa como defenderia a si mesmo, não é um teósofo."

(Helena Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília - p. 46/57)


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

MÃE - DIVERSIDADE DE FORMAS


Dorme, filhinho, teu sono sossegado. – Era minha mãe, ao punho da rede, cantando e acompanhada pelo ranger do armador a fazer-me dormir... Que amor!

Passa para dentro, menino! – Era mamãe, chinela na mão, para castigar-me, quando eu fazia artes... Era mamãe-justiça, com todo amor.

Vem, meu filho, a comida está na mesa... – Era mamãe-sustento, com o maior amor.

O ruído da velha máquina me acordava durante a madrugada... Era mamãe costurando, ajudando o pobre orçamento, ganhando e se gastando. Era mamãe-trabalho, com todo amor.

A bênção, mamãe!

Deus te abençoe, meu filho!

É assim ainda hoje...

É mamãe-benevolência eterna, com toda alma, com integral amor.”

(Hermógenes – Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 207/208)


OS QUATRO PRINCÍPIOS PARA AUXILIÁ-LO A ALCANÇAR A PAZ INTERIOR


“Ao aderir a quatro princípios apenas, o devoto pode encarar com êxito quaisquer dificuldades que porventura encontrar, quer em seu sadhana¹ espiritual, quer nos assuntos ordinários da vida.

Primeiro vem a fé em Deus. Em qualquer provação, empenhe-se por obter fé; esta se desenvolve quando se faz de Deus a estrela polar de sua vida. Reze na meditação e sempre que um problema vier à mente. “Meu Deus, Tu és. Sei que me ajudarás nesta grande provação.” Deus conhece suas necessidades, e para Ele nada é impossível. A fé vincula sua necessidade à onipotência Dele.

O segundo princípio é meditar profundamente e orar pela orientação e ajuda de Deus, ao mesmo tempo em que você luta para se libertar de tudo que lhe esteja causando aflição. Ele quer ajudá-lo e, quando você é preceptivo, será orientado por Ele.

O terceiro ponto é a entrega. “Senhor, faça-se a Tua vontade.” Entregar-se à vontade de Deus é essencial no caminho espiritual. Aconteça o que acontecer, seja em relação ao corpo ou ao trabalho, seja em relação a algum outro interesse, ore para que se faça a vontade divina, porque a vontade Dele é guiada pela sabedoria. Podemos pensar que a satisfação de um desejo particular é extremamente importante para nossa felicidade, mas se apenas pedimos para Deus nos ajudar e satisfazer nossos próprios desejos, ainda não estamos vendo com os olhos da sabedoria. Devemos permitir que ele faça conosco o que decidir, será sempre para nosso maior bem. Depois de orar para que Deus nos guie, e dando o melhor a nosso alcance para obter o resultado correto, devemos mostrar a Deus que aceitamos Sua vontade em todas as coisas.

A última regra é relaxar e esquecer o problema. Largue-o nas mãos de Deus. Depois de ter feito o melhor que pôde, recuse-se a ficar preocupado. É possível ficar tão atolado no trabalho e nas preocupações que você nem consegue dormir. Quando, porém, colocamos nossos fardos nos ombros de Deus, como nossa mente fica relaxada e em paz!

Esses são os quatro passos para ajudá-lo a manter a paz interior e alcançar um relacionamento mais profundo com Deus. Eles também lhe permitirão lançar fora da mente tudo que o esteja perturbando e impedindo-o de meditar profundamente.”

1 Caminho da disciplina espiritual.

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 72/73)



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A META DA AUTORREALIZAÇÃO


“O devoto que se dirige para a Autorrealização deve ter um corpo sadio, sentidos bem comportados, treinados pelo autocontrole, fortes rédeas mentais para contê-los e uma aguda inteligência discernidora para guiá-los. Então, a carruagem do corpo pode atravessar o caminho estreito e direto da ação correta para seu destino. (...)

O homem mundano num corpo vulnerável, com parco discernimento e frágeis faculdades mentais, e que desse modo permite que seus fortes impulsos, descontrolados, andem à vontade, sem direção, pela áspera estrada da vida, certamente enfrentará um destino catastrófico de fracassos materiais e saúde arruinada. (...)

O devoto sabe que o objetivo mais importante da vida é alcançar a meta da Autorrealização: conhecer, por meio da meditação, a verdadeira natureza da alma e sua unidade com o Espírito perenemente bem-aventurado. Para que não seja acossado pelas quedas nas valas do sofrimento físico, mental e espiritual, ele aprende também a desenvolver a inteligência discernidora, faculdades mentais de percepção limpas e harmoniosas, para que todos eles possam servir à alma.”

(Paramahansa Yogananda – A Yoga do Bhagavad Gita – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 20)


COMO CONHECER DEUS


“Para ter um relacionamento íntimo com Deus, você tem que conhecê-Lo. Se lhe pedissem para amar alguém a quem não conhece, seria muito difícil fazê-lo – ainda que lhe falassem das excelentes qualidades dessa pessoa. Mas, se fosse apresentado àquela pessoa e passasse algum tempo com ela, começaria a conhecê-la, a gostar dela e, depois, a amá-la. Esse é o curso que devemos seguir para cultivar o amor por Deus.

A questão é: como conhecê-Lo? É aqui que entra a meditação. Todas as escrituras incentivam o indivíduo que busca a Deus, que quer conhecê-Lo, a sentar-se em silêncio para comungar com Ele. Em nossos ensinamentos, praticamos técnicas de meditação, bem como cânticos e orações para chegar a esse estado. É essencial que exista um método. Você não pode conhecê-Lo pela leitura de um livro sobre a alegria ou o amor divino. Apesar de as obras espirituais inspirarem fervor e fé, elas não fornecem o resultado final. Tampouco o fato de meramente assistir a uma palestra sobre Deus. Você precisa sentar-se em silêncio e meditar profundamente, mesmo que só por alguns momentos todos os dias, retirando a mente de tudo o mais e concentrando-a apenas em Deus. Com isso, você gradualmente começará a conhecê-Lo e, conhecendo-O, não há duvida de que O amará.”

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 12/13)