OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

MÃE - DIVERSIDADE DE FORMAS


Dorme, filhinho, teu sono sossegado. – Era minha mãe, ao punho da rede, cantando e acompanhada pelo ranger do armador a fazer-me dormir... Que amor!

Passa para dentro, menino! – Era mamãe, chinela na mão, para castigar-me, quando eu fazia artes... Era mamãe-justiça, com todo amor.

Vem, meu filho, a comida está na mesa... – Era mamãe-sustento, com o maior amor.

O ruído da velha máquina me acordava durante a madrugada... Era mamãe costurando, ajudando o pobre orçamento, ganhando e se gastando. Era mamãe-trabalho, com todo amor.

A bênção, mamãe!

Deus te abençoe, meu filho!

É assim ainda hoje...

É mamãe-benevolência eterna, com toda alma, com integral amor.”

(Hermógenes – Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 207/208)


OS QUATRO PRINCÍPIOS PARA AUXILIÁ-LO A ALCANÇAR A PAZ INTERIOR


“Ao aderir a quatro princípios apenas, o devoto pode encarar com êxito quaisquer dificuldades que porventura encontrar, quer em seu sadhana¹ espiritual, quer nos assuntos ordinários da vida.

Primeiro vem a fé em Deus. Em qualquer provação, empenhe-se por obter fé; esta se desenvolve quando se faz de Deus a estrela polar de sua vida. Reze na meditação e sempre que um problema vier à mente. “Meu Deus, Tu és. Sei que me ajudarás nesta grande provação.” Deus conhece suas necessidades, e para Ele nada é impossível. A fé vincula sua necessidade à onipotência Dele.

O segundo princípio é meditar profundamente e orar pela orientação e ajuda de Deus, ao mesmo tempo em que você luta para se libertar de tudo que lhe esteja causando aflição. Ele quer ajudá-lo e, quando você é preceptivo, será orientado por Ele.

O terceiro ponto é a entrega. “Senhor, faça-se a Tua vontade.” Entregar-se à vontade de Deus é essencial no caminho espiritual. Aconteça o que acontecer, seja em relação ao corpo ou ao trabalho, seja em relação a algum outro interesse, ore para que se faça a vontade divina, porque a vontade Dele é guiada pela sabedoria. Podemos pensar que a satisfação de um desejo particular é extremamente importante para nossa felicidade, mas se apenas pedimos para Deus nos ajudar e satisfazer nossos próprios desejos, ainda não estamos vendo com os olhos da sabedoria. Devemos permitir que ele faça conosco o que decidir, será sempre para nosso maior bem. Depois de orar para que Deus nos guie, e dando o melhor a nosso alcance para obter o resultado correto, devemos mostrar a Deus que aceitamos Sua vontade em todas as coisas.

A última regra é relaxar e esquecer o problema. Largue-o nas mãos de Deus. Depois de ter feito o melhor que pôde, recuse-se a ficar preocupado. É possível ficar tão atolado no trabalho e nas preocupações que você nem consegue dormir. Quando, porém, colocamos nossos fardos nos ombros de Deus, como nossa mente fica relaxada e em paz!

Esses são os quatro passos para ajudá-lo a manter a paz interior e alcançar um relacionamento mais profundo com Deus. Eles também lhe permitirão lançar fora da mente tudo que o esteja perturbando e impedindo-o de meditar profundamente.”

1 Caminho da disciplina espiritual.

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 72/73)



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A META DA AUTORREALIZAÇÃO


“O devoto que se dirige para a Autorrealização deve ter um corpo sadio, sentidos bem comportados, treinados pelo autocontrole, fortes rédeas mentais para contê-los e uma aguda inteligência discernidora para guiá-los. Então, a carruagem do corpo pode atravessar o caminho estreito e direto da ação correta para seu destino. (...)

O homem mundano num corpo vulnerável, com parco discernimento e frágeis faculdades mentais, e que desse modo permite que seus fortes impulsos, descontrolados, andem à vontade, sem direção, pela áspera estrada da vida, certamente enfrentará um destino catastrófico de fracassos materiais e saúde arruinada. (...)

O devoto sabe que o objetivo mais importante da vida é alcançar a meta da Autorrealização: conhecer, por meio da meditação, a verdadeira natureza da alma e sua unidade com o Espírito perenemente bem-aventurado. Para que não seja acossado pelas quedas nas valas do sofrimento físico, mental e espiritual, ele aprende também a desenvolver a inteligência discernidora, faculdades mentais de percepção limpas e harmoniosas, para que todos eles possam servir à alma.”

(Paramahansa Yogananda – A Yoga do Bhagavad Gita – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 20)


COMO CONHECER DEUS


“Para ter um relacionamento íntimo com Deus, você tem que conhecê-Lo. Se lhe pedissem para amar alguém a quem não conhece, seria muito difícil fazê-lo – ainda que lhe falassem das excelentes qualidades dessa pessoa. Mas, se fosse apresentado àquela pessoa e passasse algum tempo com ela, começaria a conhecê-la, a gostar dela e, depois, a amá-la. Esse é o curso que devemos seguir para cultivar o amor por Deus.

A questão é: como conhecê-Lo? É aqui que entra a meditação. Todas as escrituras incentivam o indivíduo que busca a Deus, que quer conhecê-Lo, a sentar-se em silêncio para comungar com Ele. Em nossos ensinamentos, praticamos técnicas de meditação, bem como cânticos e orações para chegar a esse estado. É essencial que exista um método. Você não pode conhecê-Lo pela leitura de um livro sobre a alegria ou o amor divino. Apesar de as obras espirituais inspirarem fervor e fé, elas não fornecem o resultado final. Tampouco o fato de meramente assistir a uma palestra sobre Deus. Você precisa sentar-se em silêncio e meditar profundamente, mesmo que só por alguns momentos todos os dias, retirando a mente de tudo o mais e concentrando-a apenas em Deus. Com isso, você gradualmente começará a conhecê-Lo e, conhecendo-O, não há duvida de que O amará.”

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 12/13)


SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA - III

"Aprende que não há cura para o desejo, que não há cura para a busca de recompensa, que não há cura para o sofrimento de estar ansioso por algo, a não ser fixando a visão e a audição naquilo que é invisível e inaudível. 

O homem tem de acreditar na sua capacidade inata de progredir, não deve se atemorizar ao considerar a grandeza da sua natureza superior nem se deixar arrastar pelo seu eu inferior ou material. (...)

A força de vontade para seguir adiante é a primeira necessidade daquele que escolheu seu caminho. Onde pode ela ser encontrada? Olhando-se ao redor não é difícil ver onde outros homens encontraram sua força. A sua fonte é a convicção profunda.

Abstém-te porque é correto o abster-se - não para te conservares limpo.

O homem que luta contra si mesmo e vence a batalha só pode fazê-lo quando sabe que naquela luta ele está fazendo aquilo que vale a pena ser feito.

"Não resistas ao mal", isto é, não te queixes nem te irrites com as vicissitudes inevitáveis da vida. Esquece de ti mesmo (servindo aos outros). Se os homens maltratam, perseguem ou enganam os seus semelhantes, por que resistir? Na resistência criamos males ainda maiores. (...)

O melhor remédio para o mal não é a repressão, mas a eliminação do desejo, e isso pode ser melhor alcançado mantendo-se a mente constantemente fixa em coisas divinas. O conhecimento do Eu Superior é solapado quando se deixa a mente comprazer-se com os objetos dos sentidos desgovernados.

Nossa própria natureza é tão vil, orgulhosa, ambiciosa, e tão cheia de seus próprios apetites, julgamentos e opiniões, que se as tentações não a dominassem, ela se deterioraria irremediavelmente; portanto somos tentados até o fim para que possamos conhecer a nós mesmos e ser humildes. Sabe que a maior das tentações é a de não ter tentação alguma, por esse motivo alegra-te quando elas te assaltarem, e com resignação, paz e constância, resiste a elas.

Sente que tu não tens que fazer nada para ti mesmo, mas que certas tarefas são designadas para ti pela Divindade, as quais tu tens de cumprir. Deseja Deus, e não algo que Ele possa proporcionar-te.

Tudo o que deva ser feito, tem de ser feito, mas não com o propósito de satisfazer-se com o fruto da ação.

Se todas as ações de uma pessoa forem executadas com a plena convicção de que não têm qualquer valor para o agente, mas que devem ser efetuadas simplesmente porque têm de ser feitas - em outras palavras, porque está em nossa natureza agir - então a personalidade egoísta em nós se enfraquecerá cada vez mais, até que chegue a apaziguar-se, permitindo ao conhecimento revelar o Eu Verdadeiro a brilhar em todo seu esplendor. Não se deve permitir que a alegria ou a dor afaste a pessoa de seu firme propósito. 

Até que o Mestre te escolha para vir a Ele, esteja com a Humanidade, trabalhando de modo altruísta pelo seu progresso e evolução. Somente isto pode trazer verdadeira satisfação. 

O conhecimento aumenta na proporção de seu uso - isto é, quanto mais ensinamos mais aprendemos. Portanto, Buscador da Verdade, com a de uma criancinha e a vontade de um Iniciado, compartilha daquilo que tens com aquele que nada possui para confortá-lo em sua jornada. 

Um discípulo tem de reconhecer de maneira inequívoca que a própria idéia de direitos individuais nada mais é que a manifestação da natureza venenosa da serpente do eu. Ele jamais deverá considerar outro homem como alguém passível de ser criticado ou condenado, nem tampouco poderá o discípulo elevar sua voz em autodefesa ou desculpa.

Nenhum homem é teu inimigo; nenhum homem é teu amigo. Todos são igualmente teus instrutores.

Não mais se deve trabalhar para ganhar qualquer benefício, temporal ou espiritual, mas tão somente para cumprir a lei da existência que é a justa vontade de Deus."

(Helena Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília - p. 34/45)