OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA - III

"Aprende que não há cura para o desejo, que não há cura para a busca de recompensa, que não há cura para o sofrimento de estar ansioso por algo, a não ser fixando a visão e a audição naquilo que é invisível e inaudível. 

O homem tem de acreditar na sua capacidade inata de progredir, não deve se atemorizar ao considerar a grandeza da sua natureza superior nem se deixar arrastar pelo seu eu inferior ou material. (...)

A força de vontade para seguir adiante é a primeira necessidade daquele que escolheu seu caminho. Onde pode ela ser encontrada? Olhando-se ao redor não é difícil ver onde outros homens encontraram sua força. A sua fonte é a convicção profunda.

Abstém-te porque é correto o abster-se - não para te conservares limpo.

O homem que luta contra si mesmo e vence a batalha só pode fazê-lo quando sabe que naquela luta ele está fazendo aquilo que vale a pena ser feito.

"Não resistas ao mal", isto é, não te queixes nem te irrites com as vicissitudes inevitáveis da vida. Esquece de ti mesmo (servindo aos outros). Se os homens maltratam, perseguem ou enganam os seus semelhantes, por que resistir? Na resistência criamos males ainda maiores. (...)

O melhor remédio para o mal não é a repressão, mas a eliminação do desejo, e isso pode ser melhor alcançado mantendo-se a mente constantemente fixa em coisas divinas. O conhecimento do Eu Superior é solapado quando se deixa a mente comprazer-se com os objetos dos sentidos desgovernados.

Nossa própria natureza é tão vil, orgulhosa, ambiciosa, e tão cheia de seus próprios apetites, julgamentos e opiniões, que se as tentações não a dominassem, ela se deterioraria irremediavelmente; portanto somos tentados até o fim para que possamos conhecer a nós mesmos e ser humildes. Sabe que a maior das tentações é a de não ter tentação alguma, por esse motivo alegra-te quando elas te assaltarem, e com resignação, paz e constância, resiste a elas.

Sente que tu não tens que fazer nada para ti mesmo, mas que certas tarefas são designadas para ti pela Divindade, as quais tu tens de cumprir. Deseja Deus, e não algo que Ele possa proporcionar-te.

Tudo o que deva ser feito, tem de ser feito, mas não com o propósito de satisfazer-se com o fruto da ação.

Se todas as ações de uma pessoa forem executadas com a plena convicção de que não têm qualquer valor para o agente, mas que devem ser efetuadas simplesmente porque têm de ser feitas - em outras palavras, porque está em nossa natureza agir - então a personalidade egoísta em nós se enfraquecerá cada vez mais, até que chegue a apaziguar-se, permitindo ao conhecimento revelar o Eu Verdadeiro a brilhar em todo seu esplendor. Não se deve permitir que a alegria ou a dor afaste a pessoa de seu firme propósito. 

Até que o Mestre te escolha para vir a Ele, esteja com a Humanidade, trabalhando de modo altruísta pelo seu progresso e evolução. Somente isto pode trazer verdadeira satisfação. 

O conhecimento aumenta na proporção de seu uso - isto é, quanto mais ensinamos mais aprendemos. Portanto, Buscador da Verdade, com a de uma criancinha e a vontade de um Iniciado, compartilha daquilo que tens com aquele que nada possui para confortá-lo em sua jornada. 

Um discípulo tem de reconhecer de maneira inequívoca que a própria idéia de direitos individuais nada mais é que a manifestação da natureza venenosa da serpente do eu. Ele jamais deverá considerar outro homem como alguém passível de ser criticado ou condenado, nem tampouco poderá o discípulo elevar sua voz em autodefesa ou desculpa.

Nenhum homem é teu inimigo; nenhum homem é teu amigo. Todos são igualmente teus instrutores.

Não mais se deve trabalhar para ganhar qualquer benefício, temporal ou espiritual, mas tão somente para cumprir a lei da existência que é a justa vontade de Deus."

(Helena Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília - p. 34/45)


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A ARTE ESPIRITUAL DO RELAXAMENTO


“Os adeptos da cultura física, os entusiastas da saúde e os instrutores espirituais falam, todos, a respeito do relaxamento. Entretanto, muito poucas pessoas compreendem o que seja realmente o relaxamento perfeito do corpo e da mente, ou como alcançar esse relaxamento.

Assim como um automóvel parado com o motor ligado consome energia, também na realidade, mesmo que estejam dormindo, sentadas ou deitadas, muitas pessoas permanecem sob tensão parcial (baixa, média ou alta) de acordo com o grau de seu nervosismo mental. Essas pessoas estão, desse modo, consumindo energia, mesmo que seus corpos estejam aparentemente em repouso.

Numa hora em que você esteja sentado ou deitado e se sinta completamente descontraído, faça este teste após expelir o ar: mande alguém erguer um pouco suas mãos ou pés e deixá-los cair. Se seus membros caírem produzindo impacto, sem nenhum esforço involuntário da sua parte para baixá-los gradualmente, então você está descontraído.

A qualquer momento em que esteja cansado ou aborrecido, contraia todo o corpo e, em seguida, relaxe expelindo o ar dos pulmões, e você ficará tranqüilo. Quando só ocorrer uma tensão baixa ou parcial antes da descontração, nem todas as tensões serão removidas, mas quando a tensão for alta, de modo que você vibre com energia e então relaxe ou descontraia rapidamente, você alcançará o relaxamento perfeito.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 43/45)


TENTE TER A EXPERIÊNCIA DE SUAS CONVICÇÕES ESPIRITUAIS


“A prática da religião chegou a um ponto em que muito pouca gente tenta tornar suas concepções espirituais uma questão de experiência. (...) A maior parte fica satisfeita com o que leu acerca da Verdade sem jamais tê-la experimentado.

Quando você tenta experimentar suas convicções espirituais, começa a abrir-se um outro mundo para você. Não viva com um falso senso de segurança, crendo que está salvo porque ingressou em uma igreja. Você próprio tem de fazer o esforço para conhecer Deus. Sua mente pode ficar satisfeita com o fato de que você seja muito religioso, mas, a menos que sua consciência seja satisfeita pelas respostas diretas às suas orações, nenhuma quantidade de religião formal poderá salvá-lo. Que vantagem há em orar a Deus se Ele não responde? Por difícil que seja obter a resposta Dele, isto pode ser feito. Para garantir que afinal chegará ao céu, você precisa submeter à prova o poder de suas orações até que se torne eficazes.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro – p. 29/30)


TUDO É DEUS - VEM DE DEUS E VAI PARA DEUS


“Não sei como o mundo vive sem essa comunhão com Deus. Pode acontecer, com razão, que o mundo seja abatido de tal forma que se veja forçado a pensar em Deus. Entretanto, até isso será bom porque, em última análise, não faz diferença como somos submetidos à presença do Senhor, contanto que estejamos diante Dele.

Portanto, nunca lamente o que acontece com você. Nunca se sinta derrotado por qualquer circunstância de sua vida. Sempre faça um esforço para pensar: “Senhor, tenho fé em que nenhuma provação ou experiência chega sem Tua permissão. Com Tua bênção, sei que tenho a força dentro de mim para suportar qualquer coisa que suceda.” Mesmo que sua tarefa pareça sobre-humana, lembre-se de que o Divino está simplesmente esticando a fita elástica de sua consciência, expandindo sua capacidade potencialmente infinita.

Com essa atitude de fé e renúncia, aprendemos a enfrentar este mundo com um só pensamento encorajador: “Tu, Senhor: Tu, Tu, Tu”. O devoto sente-se parte de Deus de tal modo que relaciona toda experiência com Deus. Esteja ele envolvido em assuntos mundanos, ocupado no escritório, expressando amor pela esposa, esposo ou filhos, percebe que tudo é Deus – vem de Deus e vai para Deus.

Quando a pessoa tem essa sagrada atitude com a qual se esforça para ver Deus em seu relacionamento com o marido, a mulher, os filhos, os irmãos e as irmãs, e sabe que é possível ver uma outra faceta da natureza divina em cada relacionamento, ela começa a ver que vive, move-se e existe no único Amado Divino.

Tal é o propósito da vida, o objetivo de todo o ser humano. Ao nos apegarmos à consciência de Deus à medida que passamos por todas as experiências que a vida nos traz, uma vez mais vemos a nós e a cada um ao nosso redor como partes do Todo Infinito. Então a liberdade é nossa.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 22/23)


CELEBRA O NATAL DO TEU CRISTO

"Quantas vezes celebrei o aniversário do Natal de Jesus! Agora anseio por celebrar o Natal do meu Cristo.

Do meu Cristo interno - sempre nascituro, e jamais nascido.

Do meu Cristo dormente - que não despertou.

Quando li, nos Atos dos Apóstolos, de Mestre Lucas, que em 120 pessoas havia despertado o Cristo no primeiro Pentecostes - pasmei...

O nascimento do Cristo Carismático - que maravilhoso Natal!

Naquela gloriosa manhã, às 9 horas, em Jerusalém.

E perguntei a mim mesmo: por que não me acontece esse Natal?

Eu sei por que não...

Não me acontece porque não passei pelo silêncio da meditação, como aqueles 120.

Ando sempre nos ruídos profanos do meu ego humano - e não entro no silêncio sagrado do meu Eu divino.

O Cristo interno não nasce do ruído - só nasce no silêncio.

No silêncio da presença...

No silêncio da plenitude...

Vou fazer de mim uma humana vacuidade - para ser plenificado pela divina plenitude.

A minha ego-vacuidade clamará pela cristo-plenitude.

E celebrarei o Natal do meu Cristo.

Em tempos antigos, só sabia eu do Jesus humano, que vivera uma única vez na terra da Palestina.

Como poderia esse Jesus nascer e viver em mim?

Hoje sei que o mesmo Cristo que encarnou em Jesus pode encarnar também em mim.

Não foi ele mesmo que disse que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos?

E não afirmou ele: "Eu estou em vós, e vós estais em mim"?

Minha alma pode ser uma manjedoura para o Natal do Cristo.

O Natal de Jesus degenerou em festa social e comercial - o Natal do meu Cristo jamais será profanado nem profanizado."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 141/142)