OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A ARTE ESPIRITUAL DO RELAXAMENTO


“Os adeptos da cultura física, os entusiastas da saúde e os instrutores espirituais falam, todos, a respeito do relaxamento. Entretanto, muito poucas pessoas compreendem o que seja realmente o relaxamento perfeito do corpo e da mente, ou como alcançar esse relaxamento.

Assim como um automóvel parado com o motor ligado consome energia, também na realidade, mesmo que estejam dormindo, sentadas ou deitadas, muitas pessoas permanecem sob tensão parcial (baixa, média ou alta) de acordo com o grau de seu nervosismo mental. Essas pessoas estão, desse modo, consumindo energia, mesmo que seus corpos estejam aparentemente em repouso.

Numa hora em que você esteja sentado ou deitado e se sinta completamente descontraído, faça este teste após expelir o ar: mande alguém erguer um pouco suas mãos ou pés e deixá-los cair. Se seus membros caírem produzindo impacto, sem nenhum esforço involuntário da sua parte para baixá-los gradualmente, então você está descontraído.

A qualquer momento em que esteja cansado ou aborrecido, contraia todo o corpo e, em seguida, relaxe expelindo o ar dos pulmões, e você ficará tranqüilo. Quando só ocorrer uma tensão baixa ou parcial antes da descontração, nem todas as tensões serão removidas, mas quando a tensão for alta, de modo que você vibre com energia e então relaxe ou descontraia rapidamente, você alcançará o relaxamento perfeito.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 43/45)


TENTE TER A EXPERIÊNCIA DE SUAS CONVICÇÕES ESPIRITUAIS


“A prática da religião chegou a um ponto em que muito pouca gente tenta tornar suas concepções espirituais uma questão de experiência. (...) A maior parte fica satisfeita com o que leu acerca da Verdade sem jamais tê-la experimentado.

Quando você tenta experimentar suas convicções espirituais, começa a abrir-se um outro mundo para você. Não viva com um falso senso de segurança, crendo que está salvo porque ingressou em uma igreja. Você próprio tem de fazer o esforço para conhecer Deus. Sua mente pode ficar satisfeita com o fato de que você seja muito religioso, mas, a menos que sua consciência seja satisfeita pelas respostas diretas às suas orações, nenhuma quantidade de religião formal poderá salvá-lo. Que vantagem há em orar a Deus se Ele não responde? Por difícil que seja obter a resposta Dele, isto pode ser feito. Para garantir que afinal chegará ao céu, você precisa submeter à prova o poder de suas orações até que se torne eficazes.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro – p. 29/30)


TUDO É DEUS - VEM DE DEUS E VAI PARA DEUS


“Não sei como o mundo vive sem essa comunhão com Deus. Pode acontecer, com razão, que o mundo seja abatido de tal forma que se veja forçado a pensar em Deus. Entretanto, até isso será bom porque, em última análise, não faz diferença como somos submetidos à presença do Senhor, contanto que estejamos diante Dele.

Portanto, nunca lamente o que acontece com você. Nunca se sinta derrotado por qualquer circunstância de sua vida. Sempre faça um esforço para pensar: “Senhor, tenho fé em que nenhuma provação ou experiência chega sem Tua permissão. Com Tua bênção, sei que tenho a força dentro de mim para suportar qualquer coisa que suceda.” Mesmo que sua tarefa pareça sobre-humana, lembre-se de que o Divino está simplesmente esticando a fita elástica de sua consciência, expandindo sua capacidade potencialmente infinita.

Com essa atitude de fé e renúncia, aprendemos a enfrentar este mundo com um só pensamento encorajador: “Tu, Senhor: Tu, Tu, Tu”. O devoto sente-se parte de Deus de tal modo que relaciona toda experiência com Deus. Esteja ele envolvido em assuntos mundanos, ocupado no escritório, expressando amor pela esposa, esposo ou filhos, percebe que tudo é Deus – vem de Deus e vai para Deus.

Quando a pessoa tem essa sagrada atitude com a qual se esforça para ver Deus em seu relacionamento com o marido, a mulher, os filhos, os irmãos e as irmãs, e sabe que é possível ver uma outra faceta da natureza divina em cada relacionamento, ela começa a ver que vive, move-se e existe no único Amado Divino.

Tal é o propósito da vida, o objetivo de todo o ser humano. Ao nos apegarmos à consciência de Deus à medida que passamos por todas as experiências que a vida nos traz, uma vez mais vemos a nós e a cada um ao nosso redor como partes do Todo Infinito. Então a liberdade é nossa.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 22/23)


CELEBRA O NATAL DO TEU CRISTO

"Quantas vezes celebrei o aniversário do Natal de Jesus! Agora anseio por celebrar o Natal do meu Cristo.

Do meu Cristo interno - sempre nascituro, e jamais nascido.

Do meu Cristo dormente - que não despertou.

Quando li, nos Atos dos Apóstolos, de Mestre Lucas, que em 120 pessoas havia despertado o Cristo no primeiro Pentecostes - pasmei...

O nascimento do Cristo Carismático - que maravilhoso Natal!

Naquela gloriosa manhã, às 9 horas, em Jerusalém.

E perguntei a mim mesmo: por que não me acontece esse Natal?

Eu sei por que não...

Não me acontece porque não passei pelo silêncio da meditação, como aqueles 120.

Ando sempre nos ruídos profanos do meu ego humano - e não entro no silêncio sagrado do meu Eu divino.

O Cristo interno não nasce do ruído - só nasce no silêncio.

No silêncio da presença...

No silêncio da plenitude...

Vou fazer de mim uma humana vacuidade - para ser plenificado pela divina plenitude.

A minha ego-vacuidade clamará pela cristo-plenitude.

E celebrarei o Natal do meu Cristo.

Em tempos antigos, só sabia eu do Jesus humano, que vivera uma única vez na terra da Palestina.

Como poderia esse Jesus nascer e viver em mim?

Hoje sei que o mesmo Cristo que encarnou em Jesus pode encarnar também em mim.

Não foi ele mesmo que disse que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos?

E não afirmou ele: "Eu estou em vós, e vós estais em mim"?

Minha alma pode ser uma manjedoura para o Natal do Cristo.

O Natal de Jesus degenerou em festa social e comercial - o Natal do meu Cristo jamais será profanado nem profanizado."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 141/142)


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O FILHO DO HOMEM

"Apareceu um homem, entre esses milhões de habitantes terrestres...

E esse homem veio tornar-se o centro da história da humanidade.

Não fez descobertas nem invenções, não derrotou exércitos nem escreveu livros - esse homem singular.

Não fez nada daquilo que a outros homens garante imortalidade entre os mortais - o que nele havia de maior era ele mesmo...

Pelo ano do seu nascimento datam todos os povos cultos a sua cronologia.

Possuía esse homem exímios dotes de inteligência - e infinita delicadeza de coração.

A sua vida se resume numa epopéia de divino poder - e num poema de humano amor.

Havia na vida desse homem uma pátria e uma família - mas também um exílio e uma solidão.

Havia inocentes com um sorriso nos lábios - e doentes com lágrimas nos olhos.

- Havia apóstolos - e apóstatas...

Brincava nos caminhos desse homem a mais bela das primaveras - e espreitava-lhe os passos a mais negra das mortes.

Esse homem vivia no mundo - mas não era do mundo...

Quando chegou, "não havia lugar para ele na estalagem" - e quando partiu, só havia lugar numa cruz, entre o céu e a terra.

Esse homem não mendigava amor - mas todas as almas boas o amavam...

Era amigo do silêncio e da solidão - mas não conseguia fugir ao tumulto da sociedade, porque "todos o procuravam"...

Irresistível era o fascínio da sua personalidade - inaudita a potência das suas palavras...

Todos sentiam o envolvente mistério da sua presença - mas ninguém sabia definir esse estranho magnetismo...

Era uma luminosa escuridão - esse homem...

Não bajulava nenhum poderoso - e não espezinhava nenhum miserável...

Diáfano como um cristal era o seu caráter - e, no entanto, é ele o maior mistério de todos os séculos...

Poeta algum conseguiu atingir-lhe as excelsitudes - filósofo algum valeu exaurir-lhe as profundezas...

Esse homem não repudiava Madalenas nem apedrejava adúlteras - mas lançava às penitentes palavras de perdão e de vida...

Não abandonava ovelhas desgarradas nem filhos pródigos - mas cingia nos braços a estes e levava aos ombros aquelas...

Esse homem não discutia - falava simplesmente...

Não esmiuçava palavras nem contava sílabas e letras, como os rabis do seu tempo - mas rasgava imensas perspectivas de verdade e beatitude...

Por isso diziam os homens, felizes e estupefatos: "Nunca ninguém falou como esse homem fala!"...

Para ele, não era o esquife o ponto final da existência - mas o berço para a vida verdadeira...

Por isso, vivem por ele e para ele os melhores dentre os filhos dos homens - porque adoram nesse homem o homem ideal, o homem-Deus...".

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 35/36)