OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NÃO SEJA SUSCETÍVEL


“A suscetibilidade se expressa como falta de controle do sistema nervoso. A ideia de estar sendo ofendido percorre a mente, e os nervos se rebelam. Ao reagir, algumas pessoas fervem de raiva internamente ou sofrem com os sentimentos feridos e não mostram a irritação externamente. Outras exprimem as emoções por meio de uma reação óbvia e instantânea nos músculos dos olhos e da face – e frequentemente também com a língua, numa resposta ríspida. Em qualquer caso, ser suscetível é tornar-se infeliz e criar uma vibração negativa que afeta igualmente os outros de maneira adversa. Ser sempre capaz de difundir uma aura de bondade e paz deveria ser a razão da vida. Mesmo que haja um bom motivo para estar exaltado por causa de maus-tratos, a pessoa que, em vez disso, controla-se nessa situação é senhora de si mesma.

Nada se consegue ruminando silenciosamente algo que percebemos como uma ofensa. É melhor remover, pelo autocontrole, a causa que produz essa suscetibilidade.

Quando alguma coisa o aborrece, não importa quão justificada seja sua insatisfação, saiba que está sucumbindo a uma suscetibilidade indevida, e você não pode se permitir isso. A suscetibilidade é um hábito contrário à vida espiritual, um hábito nervoso, um hábito que destrói a paz, tira o controle de si mesmo e rouba sua felicidade. Sempre que uma atitude de suscetibilidade visita o coração, a estática que produz impede que você ouça a divina canção de paz curativa que toca em seu interior no rádio da alma. Quando a suscetibilidade aparecer, procure imediatamente dominar essa emoção.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 102/104)


domingo, 23 de dezembro de 2012

TOLERÂNCIA


Fragmento de um diálogo ocorrido entre Swami Bravananda (Maharaj) e Swami Prabhavananda, extraído do livro “O Eterno Companheiro”, de Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda – Ed. Vedanta, São Paulo – p. 38:

“- Você sabia que os ocidentais dão muita importância ao conceito de tolerância? Para eles, a tolerância é uma virtude superior. Não há nenhuma dúvida sobre isso. Peço, também, que você se supere. Quando as pessoas vierem lhe pedir conselhos, trate-as com simpatia em vez de tolerância. Você verá que a ideia de tolerância implica piedade e, até certo ponto, menosprezo. Com tais conceitos em seu coração, você jamais poderá tocar o coração dos outros. Só se pode servir e ajudar as pessoas com simpatia. Além disso, muitos desconhecem algo muito importante que eu vou lhe dizer agora. Inconscientemente, quem age apenas com tolerância deixa que sua vaidade aumente cada vez mais e se torna arrogante; isso o impede de ajudar a quem quer que seja e logo todos se afastam dele. Ninguém gosta de sentir-se sempre ignorante, equivocado, inútil e pecador. Em contrapartida, por meio da simpatia, você se posiciona ao lado da pessoa que pretende ajudar. Você lhe insufla coragem, faz com que ela se erga; isso tudo sem ferir seus sentimentos ou fazê-la sentir-se inferior. É impossível ajudar alguém se você se mantém afastado, o que sucede com frequência quando se age com tolerância. (...)”


O QUE SIGNIFICA SER RELIGIOSO


Comentário de Paramahansa Yogananda a respeito do tema “O que significa ser religioso”, estampado no livro “A Ciência da Religião  – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 13/15

“(...) toda pessoa neste mundo é religiosa, porque cada uma está tentando livrar-se da carência e da dor e obter a Bem-aventurança. Todas trabalham para o mesmo objetivo. Em sentido estrito, porém, somente poucos neste mundo são religiosos, porque não são muitos os que conhecem os métodos mais eficazes para remover, permanentemente, toda dor e carência – física, mental ou espiritual – e obter a verdadeira Bem-aventurança.

O devoto genuíno não pode se aferrar a um conceito rigidamente estreito e ortodoxo da religião, mesmo que tal conceito esteja remotamente relacionado à ideia da religião que estou procurando elucidar aqui. Se você, durante algum tempo, não frequentar igreja ou templo, nem participar de qualquer cerimônia ou formalidade religiosa – mesmo que se comporte religiosamente em sua vida diária sendo tranquilo, equilibrado, concentrado, caridoso, e extraindo felicidade até das situações mais difíceis -, então as pessoas comuns de tendências marcadamente ortodoxas ou estreitas moverão a cabeça e afirmarão que, embora você esteja tentando ser bom, ainda assim, do ponto de vista da religião ou aos olhos de Deus, você está “se perdendo”, já que nos últimos tempos não tem entrado nos limites dos lugares sagrados.

É claro que, embora não possa haver desculpa válida para a pessoa se excluir permanentemente de tais lugares sagrados, não pode haver, por outro lado, razão legítima para ela ser considerada mais religiosa por frequentar a igreja se, ao mesmo tempo, não aplica na vida cotidiana os princípios que a religião sustenta, quer dizer, aqueles que contribuem afinal para a  obtenção da Bem-aventurança permanente. A religião não está atarraxada aos bancos da igreja, nem tampouco limitada às cerimônias que ali se realizam. Se você tem uma atitude de reverência, se vive cotidianamente sempre com a perspectiva de trazer a imperturbável consciência de Bem-aventurança para sua vida, será tão religioso dentro quanto fora da igreja.

Naturalmente, isso não deve ser entendido como argumento para abandonar a igreja, a qual é, geralmente, um grande auxílio em muitos aspectos. O que se deseja destacar é que não basta se sentar no banco da igreja e apreciar passivamente uma pregação, é indispensável não economizar esforços para alcançar a felicidade eterna também nas horas em que se está fora do templo. Não se trata de que ouvir uma pregação não seja em si uma coisa boa; certamente que é.”


ACREDITO EM DEUS, POR QUE ELE NÃO ME AJUDA?


“Acreditar em Deus e ter fé em Deus são coisas diferentes. Uma crença não tem valor se você não a submete à prova e não vive segundo ela. A crença que se converte em experiência torna-se fé. Eis por que nos disse o profeta Malaquias: “Fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e derramar sobre vós uma bênção tal que não haja espaço suficiente para recebê-la.”

A fé ou experiência intuitiva da verdade plena, está na alma. Ela gera a esperança humana e o desejo de realizar. (...) Os seres humanos comuns praticamente nada sabem dessa fé intuitiva latente na alma, que é o manancial secreto de todas as nossas mais incríveis esperanças.

A fé significa o conhecimento e a convicção de que fomos feitos à imagem de Deus. Quando nos sintonizamos com a consciência Dele em nós, podemos criar mundos. Lembre-se: na sua vontade reside a onipotência de Deus. Quando chega uma multidão de dificuldades e, a despeito delas, você se recusa a desistir, quando sua mente fica “pronta”, então você descobre Deus lhe respondendo.

A fé tem de ser cultivada, ou melhor, descoberta em nosso interior. Ela está lá, mas é preciso fazê-la surgir. Se observar sua vida, você verá os inúmeros modos por que Deus age nela; assim, sua fé será fortalecida. Poucas pessoas procuram pela oculta mão Dele. A maior parte das pessoas considera o curso dos acontecimentos natural e inevitável. Mal sabem que mudanças radicais são possíveis por meio da oração!”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro – p. 26/27)


sábado, 22 de dezembro de 2012

COMO ASSOCIAR A NOSSA CONSCIÊNCIA COM DEUS


“Alguns buscadores queixam-se de que é difícil conhecer Deus. Contudo, Ele é o mais fácil de conhecer; como não está separado de nós, Ele nunca esteve longe de nós. Se estivesse, não estaríamos aqui, nem mesmo seríamos. Deus não se separou de nós; o homem se separou de Deus. Quando nossos pensamentos se voltam para fora, envolvidos na multiplicidade do mundo finito, divorciamo-nos Dele. Esta é a simples verdade.

Como associar de novo nossa consciência com Deus? Ao despertar de manhã, não pense primeiro no trabalho; torne um hábito levantar-se uns minutos mais cedo do que tem sido seu costume, de modo que, antes de começar as obrigações do dia, você possa passar quinze minutos, ou meia hora, meditando e comungando com Deus. Nesse período, esqueça o tempo e as responsabilidades mundanas; se houver uma sensação de urgência para terminar a meditação, você não terá a receptividade necessária para sentir a presença de Deus. Durante a meditação, esqueça todos os pensamentos estranhos, pense somente em Deus. Fale com Deus na linguagem de seu coração. Depois da meditação, leve a todas as suas atividades, da melhor maneira que puder, a paz da meditação que você acumulou no coração.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 115/116)