OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

ADEUS, ALMA QUERIDA


“Se, no caminho do teu Saara, encontrares uma alma que te queira bem, aceita em silêncio o suave ardor da sua benquerença – mas não lhe peças coisa alguma, não exijas, não reclames nada do ente querido.

Recebe com amor o que com amor te é dado – e continua a servir com perfeita humildade e despretensão.

Quanto mais querida te for uma alma, tanto menos a explores, tanto mais lhe serve, sem nada esperar em retribuição.

No dia e na hora em que uma alma impuser a outra alma um dever, uma obrigação, começa a agonia do amor, da amizade.

Só num clima de absoluta espontaneidade pode viver esta plantinha delicada.

E quando então essa alma que te foi querida se afastar de ti – não a retenhas.

Deixa que se vá em perfeita liberdade.

Faze acompanhá-la dos anjos tutelares de tuas preces e saudades, para que em níveas asas a envolvam e de todo mal a defendam – mas não lhe peças que fique contigo.

Mais amiga te será ela, em espontânea liberdade, longe de ti – do que em forçada escravidão, perto de ti.

Deixe que ela siga os seus caminhos – ainda que esses caminhos a conduzam aos confins do universo, à mais extrema distância do teu habitáculo corpóreo.

Se entre essa alma e a tua existir afinidade espiritual, não há distância, não há em todo o universo espaço bastante grande que de ti possa alhear essa alma.

Ainda que ela erguesse voo e fixasse o seu tabernáculo para além das últimas praias do Sírio, para além das derradeiras fosforescências da Via-Láctea, para além das mais longínquas nebulosas de mundos em formação – contigo estaria essa alma querida...

Mas, se não vigorar afinidade espiritual entre ti e ela, poderá essa alma viver contigo sob o mesmo teto e contigo sentar-se à mesma mesa – não será tua, nem haverá entre vós verdadeira união e felicidade.

Para o espírito a proximidade espiritual é tudo – a distância material não é nada.

Compreende, ó homem – e vai para onde quiseres!

Ama – e estarás sempre perto do ente amado...

Em todo o universo...

Dentro de ti mesmo...”

(Huberto Rohden - De Alma para Alma – Ed. Martin Claret, São Paulo – p. 185/186)


GRANDES HOMENS

Quem faz jus ao título de "grande homem"?

Não sei...

O homem inteligente?

Não basta ser inteligente para ser grande...

O homem poderoso?

Há também poderosos mesquinhos...

O homem religioso?

Não basta qualquer forma de religião... Podem todos esses homens possuir muita inteligência, muito poder e certo espírito religioso - e nem por isso são grandes homens. 

Pode ser que lhes falte certo vigor e largueza, certa profundidade e plenitude, indispensáveis à verdadeira grandeza.

Podem os inteligentes, os poderosos, os virtuosos não ter a necessária liberdade de espírito...

Pode ser que as suas boas qualidades não tenham essa vasta e leve espontaneidade que caracteriza todas as coisas grandes. 

Pode ser que a sua perfeição venha mesclada com um quê de acanhado e tímido, com algo de teatral ou violento.

O grande homem é silenciosamente bom...

É genial - mas não exibe gênio...

É poderoso - mas não ostenta poder...

Socorre a todos - sem precipitação...

É puro - mas não vocifera contra os impuros...

Adora o que é sagrado - mas sem fanatismo...

Carrega fardos pesados - com leveza e sem gemido...

Domina - mas sem insolência...

É humilde - mas sem servilismo...

Fala a grandes distâncias - sem gritar...

Ama - sem se oferecer...

Faz bem a todos - sem que se perceba...

"Não quebra a cana fendida, nem apaga a mecha fumegante - nem se ouve o seu clamor nas ruas..."

Rasga caminhos novos - sem esmagar ninguém...

Abre largos espaços - sem arrombar portas...

Entra no coração humano - sem saber como...

Tudo isso faz o grande homem, porque é como o Sol - esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e assaz delicado para beijar uma pétala de flor...

Assim é e assim age o homem verdadeiramente grande - porque é instrumento nas mãos de Deus...

Desse Deus de infinita potência - e de supremo amor...

Desse Deus cuja força governa a imensidade do cosmos - e cuja paciência tolera as fraquezas do homem...

O grande homem é, mais do que ninguém, imagem e semelhança de Deus...

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo- p. 111/112)


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A TROCA


“Chega à Verdade aquele que:

- dá o vazio de tudo que tem pela plenitude do Nada;

- troca o concreto do existir pelo abstrato do Ser;

- prefere o suposto irreal do Espírito à suposta realidade da matéria;

- deixa a liberdade do mundo pela servidão a Deus.”
Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 96)

OS MALEFÍCIOS DO MEDO

"O medo desenvolve um magnetismo maligno, atraindo para si os objetos temidos, assim como o imã atrai um pedaço de ferro; com isso, nossos sofrimentos aumentam. O medo intensifica e amplia cem vezes as dores físicas e as agonias mentais; é destrutivo para o coração, para o sistema nervoso e para o cérebro. O medo paralisa a iniciativa mental, a coragem, o discernimento, o bem senso, a força de vontade e a consciência de evitar o perigo. O medo contamina o sentimento e a criatividade e, assim, pode exercer grande influência sobre a mente subconsciente, a ponto de aniquilar completamente os esforços voluntários da mente consciente. O medo lança um véu sobre a intuição, encobrindo a força onipotente da sua confiança natural, que brota intuitivamente da alma toda-poderosa. (...)

Quando você se sente ameaçado pela possibilidade de sofrer algum dano, não deixe que o temor mental interfira na máquina interna da consciência, que tudo cria. Em vez disso, use o medo como estímulo para manipular a máquina interna da consciência e fazê-la produzir algum dispositivo mental que instantaneamente elimine a causa do medo. Os dispositivos mentais para escapar do medo são tão numerosos que precisam ser especialmente fabricados na máquina da consciência - que tudo consegue - de acordo com as necessidades específicas e extraordinárias do indivíduo. Assim, quando confrontado com o perigo ou com qualquer experiência prejudicial, não fique parado. Faça logo alguma coisa com calma, mas faça alguma coisa, reunindo toda a força de sua vontade e discernimento. A força de vontade é o combustível ou poder motivador que faz funcionar a máquina da atividade." 

(Paramahansa Yogananda - Viva sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 15/17)


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O HOMEM PUNE A SI PRÓPRIO QUANDO LHE FALTA FÉ


“É uma incoerência pensar que Deus condene como pecadores aqueles que não creem Uma vez que o Próprio Senhor habita em todas as criaturas, a condenação significaria Sua própria e completa ruína. Deus jamais pune o homem por não acreditar Nele; é o homem que pune a si próprio. Se alguém não acreditar no dínamo e corta os fios que conectam sua casa àquela fonte, ele se priva das vantagens da energia elétrica. Da mesma forma, rejeitar a inteligência que é onipresente em toda a criação significa negar à consciência o seu vínculo com a Fonte de sabedoria divina e o amor que possibilita o processo de ascensão ao Espírito.” 

(Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 72)