OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 8 de dezembro de 2012

AUTO-AMOR E ALO-AMOR

“Amar o próximo como a mim mesmo?

Então eu devo amar a mim mesmo?

Não me devo odiar?

Mas, se eu amo a mim mesmo, não é isso egoísmo? Não é amor-próprio?

Sim, amar a si mesmo é amor-próprio – mas não é egoísmo.

Amor-próprio é auto-amor incluindo alo-amor.

Egoísmo é auto-amor, excluindo alo-amor.

Todos os Mestres mandam que o homem ame os outro como ama a si mesmo.

Todos recomendam auto-amor como ponto de referência para o alo-amor.

Quem não tem auto-amor não existe.

Ausência de auto-amor é inexistência.

Se o meu Eu central não fosse Deus, não me poderia eu amar sem ser egoísta.

Se o meu Eu não fosse idêntico ao Deus no Tu, não poderia eu amar o Tu.

Se Eu e o Pai não fôssemos um, como poderia eu amar a Deus com toda a minha alma, com toda minha mente, com todo o meu coração e com todas as minhas forças?

Todo o amor verdadeiro é auto-amor, porque é teo-amor.

E esse teo-amor é tu-amor.

Por isso posso eu amar o Deus no Eu como amo o Deus no tu – como amo o Deus em Tudo.

Quem vê Deus em tudo pode amar tudo em Deus.

O Deus do mundo no mundo de Deus.

Mas, como poderia eu amar o Deus em si, se não conheço o Deus em mim?

Conhecer a verdade em mim é conhecer o Deus da verdade.

Verdade é liberdade – liberdade é felicidade.

Por isso, orava Santo Agostinho: “Deus, conheça eu a ti, para que me conheça a mim”.

Quem conhece o seu Eu central, e não apenas o seu ego periférico, esse conhece Deus.

Por isso, dizia o Mestre: “Amarás o Senhor, teu Deus”.

Não por acaso, a palavra Eu está contida na palavra D(EU)S.

Como poderia eu amar a Deus que não estivesse em mim?

E como poderia eu amar um Tu sem amar o Eu?

Deus no Eu e Deus no Tu.”

(Huberto Rohden, De Alma para Alma – Ed. Martin Claret, São Paulo – p. 181/182)


APRENDA A AMAR A DEUS PROFUNDAMENTE


“Aprenda a amar a Deus profundamente. Se não souber como, então ore incessantemente: “Senhor, ensina-me a Te amar. (...) Dá-me amor. Encontro-me diante de Ti com todas as minhas frustrações, angústias, tristezas e decepções, ansiando por compreensão. (...) Ensina-me o que é o amor.” Vai chegar a hora em que a mente estará tão completamente assentada na beatífica presença de Deus em seu interior, que apenas pronunciar o nome Dele uma vez fará com que esse amor venha até você.”  

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração - Ed. Self-Realization Fellowship, p. 62)


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

DESVELAR O SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS


“REPARA, AMIGO: O MUNDO, os homens, a paisagem...

Tudo é símbolo.

Um símbolo nada consegue ser se não puder manifestar a alguém o seu significado, se não puder desvelar aquilo que ele oculta...

Desvelar é desafio.

Descobrir o que o véu esconde é experiência redentora. É ação criadora. É participação na obra e nos mistérios Daquilo que, embora Onipresente, ainda não conseguimos ver”

Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 133)

A CAUSA FUNDAMENTAL DA DOR E DO SOFRIMENTO


“(...) devemos afirmar, com base em nossa experiência universal, que estamos sempre conscientes de nós mesmos como o poder ativo que desempenha todos os nossos atos mentais e corporais. Com efeito, estamos desempenhando muitas funções diferentes: perceber, pensar, recordar, sentir, agir, etc. Contudo, sob essas funções podemos perceber que existe um “ego” ou “eu” que as governa e que se julga substancialmente o mesmo ao longo de toda a sua existência passada e presente.

Diz a Bíblia: “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3:16). Todos nós, como indivíduos somos muitos Entes espirituais, reflexos do bem-aventurado Espírito Universal: Deus. Assim como aparecem muitas imagens do único sol quando este se reflete em diversas vasilhas cheias d’água, também a humanidade está dividida em muitas almas, que ocupam esses veículos corporais e mentais, estando portanto externamente separados do único Espírito universal. Na realidade, Deus e o homem são um, e a separação é apenas aparente.

Então, se somos bem-aventurados Entes espirituais refletidos, por que é que somos totalmente inconscientes de nosso estado de bem-aventurança, estando sujeitos à dor e ao sofrimento físico e mental? A resposta é que o Eu espiritual foi trazido ao presente estado (não importa por qual processo) quando se identificou com um veículo corporal transitório e uma mente inquieta. Assim identificado, o Eu espiritual sente-se triste ou feliz quando o corpo e a mente experimentam, respectivamente, um estado doentio e desagradável ou um estado saudável e agradável. Por causa dessa identificação, o Eu espiritual está sendo o tempo todo perturbado pelos estados transitório do corpo e da mente. 

Tomemos como exemplo um fenômeno de identificação imaginária: a mãe que se identifica profundamente com seu filho único sofre e sente dor intensa ao saber da morte dele – seja uma morte real, seja um simples boato -, embora ela possa não sentir tal aflição se vier a saber da morte do filho de uma vizinha com o qual não se identifica. Agora podemos ter uma idéia da consciência quando a identificação é real e não apenas imaginária. Portanto, o sentimento de identificação com o corpo transitório e com a mente inquieta é a fonte ou a causa fundamental da infelicidade de nosso Eu espiritual.

“Em virtude dessa identificação (identificação do Eu espiritual com o corpo e a mente ser a causa primordial da dor), o Eu espiritual parece ter certas tendências mentais e físicas. O desejo de satisfazer essas tendências cria uma carência, e carência produz dor. Pois bem, essas tendências ou inclinações são naturais ou artificiais: tendências naturais que produzem necessidades naturais, e tendências artificiais que produzem necessidades artificiais.

Com o tempo, devido ao hábito, uma carência artificial torna-se uma necessidade natural. A carência, seja de que espécie for, produz dor. Quanto mais carência temos, maiores as possibilidades de sofrer; porque, quanto mais carência temos, mais difícil é satisfazê-las, e quanto mais elas permanecem insatisfeitas, maior é a dor. Aumentemos nossos desejos e carências, e a dor também aumentará. Portanto, se um desejo não encontra uma perspectiva de satisfação imediata, ou se encontra um obstáculo, a dor surge imediatamente.

E o que é o desejo? Nada mais que uma nova condição de “excitação” assumida pela mente – um capricho mental criado por causa das companhias. Assim, o desejo, ou o aumento das condições de excitação da mente, é a origem da dor ou da infelicidade e, também, do equívoco de procurar satisfazer as carências – primeiro, criando-as e aumentando-as e, depois, tentando satisfazê-las com objetos, em vez de diminuí-las desde o início.

Pode parecer que a dor seja algo produzido sem a presença de um desejo prévio, como, por exemplo, a dor de um ferimento. Devemos, porém, observar aqui que o desejo de permanecer saudável – o qual está, consciente ou subconscientemente, presente em nossa mente e cristalizado em nosso organismo fisiológico – foi contrariado, no caso acima, pela presença de um estado patológico, ou seja, a presença do ferimento. Desse modo, quando determinada condição mental de excitação, na forma de um desejo não é satisfeita ou removida, o resultado é a dor. 

Assim como o desejo leva à dor, também leva ao prazer, sendo a única diferença a de que, no primeiro caso, a carência envolvida no desejo não é satisfeita, ao passo que, no segundo, a carência envolvida no desejo parece ser satisfeita pela presença de objetos externos. Mas essa experiência de prazer – resultante da satisfação da carência por meio de objetos – não dura, se desvanece, e retemos apenas a lembrança dos objetos que pareciam te removido essa carência. Eis porque, no futuro, o desejo desses objetos, introduzidos pela memória, ressuscita e desperta uma sensação de carência, a qual, se não satisfeita, novamente leva à dor.”

(Paramahansa Yogananda, A Ciência da Religião, Ed. Self-Realization Fellowship - p. 23/27)


COMUNGUE COM DEUS NA LINGUAGEM DO CORAÇÃO


“Encontre um lugar de recolhimento em sua casa onde possa ficar a sós. Esteja você com o coração pesado ou cheio de alegria e paz de espírito, sente-se tranquilamente e comungue com Deus na linguagem do coração. Se perseverar, definitivamente receberá Sua resposta; não pode ser de outra maneira. Quanto mais conversar com Ele – não em orações pomposas ou papagueadas, mas relacionando-se pessoalmente com Ele nas profundezas de seu coração – tanto mais verá que, de formas inesperadas, começará a sentir a resposta Dele dentro de você. Nós podemos conhecer Deus, podemos comungar com Ele e sentir Seu amor em nossa vida.”

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração – Ed. Self Realization Fellowship – p. 110/111)