OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 22 de março de 2022

O SER NADA QUER

"Muitas das análises divulgadas a respeito do estado em que se encontra o mundo frequentemente apontam para certos fatores predominantes, como a flutuação da economia dos países ricos, a instabilidade política em muitos países pobres, o crescimento do fundamentalismo religioso, os riscos ambientais de todo tipo e os conflitos armados que desalojaram centenas de milhares de pessoas de seus lares e de seus países. 

Isso certamente seria interpretado como invulgar, para dizer o mínimo, se quiséssemos sugerir aos mesmos analistas que a principal causa subjacente aos problemas enfrentados pelo mundo é a falta de autoconhecimento, tanto no indivíduo quanto no nível social, uma vez que o autoconhecimento não é uma categoria mensurável capaz de ser analisada. Mas as mensagens dos grandes instrutores espirituais do mundo em todas as idades parecem indicar que a falta de autoconhecimento é verdadeiramente a causa de muitas dores, tanto para os seres humanos individuais quanto para a humanidade como um todo.

É a falta de autoconhecimento que cria na mente falsas necessidades e expectativas de todos os tipos - o desejo de reconhecimento, de afeto, de subjugar e dominar os outros, de exercer controle sobre uma situação ou pessoa, para mencionar apenas algumas. Em outras palavras, a falta de autoconhecimento gera uma das principais causas de problemas no mundo: o egoísmo, que em alguns livros de instrução espiritual é comparado a uma gigantesca erva daninha que impede o desabrochar e o florescimento de nossa natureza mais profunda e verdadeira - a alma espiritual que reside profundamente dentro de nossa consciência, cuja essência é genuína felicidade e sabedoria. 

O egoísmo está sempre impelindo a mente a buscar, a querer e alcançar algo sem necessariamente fazer com que a mente se certifique se os objetos buscados correspondem a necessidades reais ou imaginárias. Por exemplo, administrar os próprios recursos financeiros de maneira sábia é um das mais importantes necessidades na vida. Mas estar sempre procurando a melhor maneira de aumentar a própria riqueza é certamente uma necessidade imaginária. Há coisas mais importantes do que acumular riqueza, mas muitas pessoas passam a maior parte de suas vidas fazendo isso, porque é o que dita o autointeresse. 

Buda, um dos grandes instrutores espirituais do mundo, conseguiu ver isso com a máxima clareza e consequentemente compreendeu o fato de que a causa do sofrimento é tanhâ, sede, desejo, avidez, anelo. A palavra sede é importante porque denota uma busca contínua de experiências e sensações, nenhuma das quais é verdadeiramente satisfatória e completa, pois após cada contato e experiência a sede reaparece, às vezes até mesmo mais forte do que antes. O falecido Walpola Rahula, eminente estudioso budista do Sri Lanka, em seu livro What the Buddha Taught, fez uma afirmação bastante aguçada sobre isso: 'Essa sede tem como centro a falsa ideia do eu elevando-se para fora da ignorância.' A mente, sob a oscilação do interesse próprio, cria para si um falso senso de identidade - um falso eu - que perpetua tanto o sofrimento quanto a ignorância." 

(Pedro Oliveira - O ser nada quer - Revista Sophia, Ano 15, nº 65 - p. 15/16)
Imagem: Pinterest.


quinta-feira, 31 de outubro de 2019

CONSCIÊNCIA MUNDIAL

Resultado de imagem para CONSCIÊNCIA MUNDIAL"O caráter distintivo do mundo moderno rebaixa o autocontrole; muitas vezes, a disciplina pessoal é anátema para aqueles educados nas modernas linhas racionalistas que repudiam as noções tradicionais. Embora seja desejável examinar os valores tradicionais, poderá a sociedade continuar a ser civilizada se seus membros se recusarem-se a abraçar o imperativo moral?

A rigidez da moralidade fundamentalista é uma reação a essa atitude relativista. O fundamentalismo simplifica todas as questões e respostas; por isso a moralidade torna-se uma afirmativa dogmática. No entanto, a complexidade de vida não poder ser reduzida ao sim e não, convenientes aos intérpretes da tradição.

A percepção ética deve tornar-se viva através da pesquisa, da discussão inteligente e da promoção de um senso de responsabilidade para com o ambiente e a sociedade. Não podemos nos esquivar das questões éticas, seja em política, adminstração, educação ou comportamento. Educadores, intelectuais, religiosos e pessoas engajados em reconstrução social devem enfrentar esse desafio.(...)"

(Radha Burnier - Viver com ética - Revista Sophia, Ano 16, nº 74 - p. 14)


quarta-feira, 5 de julho de 2017

É POSSÍVEL DAR FIM À VIOLÊNCIA?

"Quando você fala sobre violência, o que entende por ela? Trata-se de uma pergunta bem interessante: é possível um ser humano, vivendo neste mundo, cessar totalmente de ser violento? A sociedade e as comunidades religiosas têm tentado não matar animais. Algumas até dizem: 'Se você não quer matar animais, o que dizer sobre os vegetais?'. Você pode levar isso a tal extensão que cessaria de existir. Onde você traça o limite? Existe uma linha arbitrária de acordo com o seu ideal, sua fantasia, sua norma, seu temperamento, seu condicionamento, sobre a qual você diz: 'Vou até lá, mas não além'? Há uma diferença entre a raiva individual e o ódio organizado de uma sociedade que cria e constrói um exército para destruir outra? Onde, em que nível e que fragmento de violência você está discutindo? Ou você quer discutir se o homem pode ser isento de total violência, não apenas de um fragmento que se chama de violência?

Sabemos que a violência não tem expressão em palavras, em frases, na prática. De que maneira começo a abordar essa violência, considerando-se que o ser humano ainda possui um lado animal muito forte? Começa pela parte periférica (a sociedade) ou pelo centro (eu)? Você me diz para não ser violento, porque a violência é feia. Você me explica todas as razões, e eu percebo que a violência é uma coisa terrível nos seres humanos, externa e internamento. É possível dar fim a ela?"


(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 202


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

KARMA INDIVIDUAL E KARMA COLETIVO (5ª PARTE)

"(...) 3. Karma Mútuo. Esse tem muitos tipos. Os ami­gos podem partilhar seus Karmas, especialmente se a ami­zade for verdadeira e profunda. Quando, e em que exten­são, não podemos dizer. Sociedades, Fraternidades, etc., têm uma espécie de Karma comum. O mesmo se dá com Professores e Alunos. Em todos esses casos, os trabalhos da Lei não podem ser investigados e, em muitos casos, o Karma Mútuo existe em grau mínimo. Sua ação mais forte se faz no caso das mais profundas e verdadeiras ami­zades, e também no caso de um Guru, ou Mestre Espiri­tual, e seu Discípulo. O Guru partilha os sofrimentos do seu discípulo, e com todos os Mestres e seus Discípulos isso se dá por causa da união espiritual que existe entre eles. Pelo amor do nosso Mestre, seja de que grau ele for, nós nos devemos preparar para nos tornarmos dignos seguidores. No Caminho mais elevado somente 'quando o discípulo está preparado é que o mestre irá aparecer'. O discípulo partilha, novamente, em maior ou menor grau, os benefícios espirituais do Mestre e, irmão de uma or­dem ou de uma sociedade unida, partilha os méritos e deméritos de cada qual.

4. Karma Nacional. Cada nação tem um caráter, um Karma, que é construído vagarosamente e, dos resultados dele não há como escapar, a não ser por um poderoso Karma de oposição. O futuro de cada nação se faz de acordo com as ações realizadas no passado, e a natureza da queda de uma nação está em concordância com o que a sua história passada decreta pela sua evolução moral e social, com toda a sua mistura de certo e errado.

5. Karma Racial. Cada Raça-raiz, Sub-raça e Raça-família tem um Caráter, ou Karma, e quando seus tra­balhos terminam, ela dá lugar a uma nova raça. Há algu­mas raças que fornecem estudos kármicos muito interes­santes, e podemos ver como a queda de cada raça esteve em concordância com seu caráter, especialmente com as características iniciais que ela expôs em seus come­ços. Os romanos e os judeus são excelentes assuntos para estudo. (...)

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 32/33

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

KARMA INDIVIDUAL E KARMA COLETIVO (1ª PARTE)

"Karma Individual é o que cada um de nós colhe e se­meia para si próprio. (...) Agora vamos consi­derar o Karma em suas complexas interações; e aqui pode parecer que, em se tratando do Karma Coletivo (Social ou Supraindividual), estaremos tratando com o que pode parecer modificações, ou mesmo violações do rigor da Lei Kármica. Mas não é assim, como veremos.

O Karma Coletivo pode ser dividido em Seis Grupos Principais, como se segue:

1. O Karma Conjugal.
2. O Karma de Família.
3. O Karma Mútuo.
4. O Karma Nacional.
5. O Karma Racial.
6. O Karma Universal.

Está exposto em muitos escritos sagrados que nos­sos pensamentos e ações afetam outras pessoas em maior ou menor extensão. Nesse fato baseia-se a atividade do Karma Coletivo. Todos somos uma Unidade Espiritual, ou Fraternidade, negada como pode ser, e todos nada­mos no mesmo Oceano da Vida. Portanto, cada mau pen­samento polui, em pequena extensão que seja, esse ocea­no, e cada bom pensamento ajuda a purificá-lo. Em outras palavras, somos, em apreciável extensão, os guardas dos nossos irmãos. Não há separatividade na Realidade. A ilusão da separatividade em relação ao nosso próximo é a Grande Heresia e a raiz de todo o Mal. Precisamos compreender que cada bom pensamento que enviamos para ajudar outros deve ter seu efeito, da mesma forma pela qual cada mau pensamento é um poluidor. As cor­rentes de pensamentos movem-se de acordo com a força que está por trás deles. Pensamentos puros formam uma aura pura em torno da pessoa que os tem, e são pacíficos e serenos. Diz Éliphas Lévi: 'Muitas vezes ficamos estupefatos quando, em sociedade, somos dominados por pensamentos e sugestões voltados para o Mal, coisa que não teríamos julgado possível, e não nos apercebemos de que eles só vieram pela presença de algum vizinho mór­bido... almas doentes que têm o hálito mau, e viciam a atmosfera moral; mesclam reflexões impuras, por assim dizer, com a luz astral que nelas penetra, estabelecendo, assim, correntes deletérias.' Vendo o quanto afetamos uns aos outros, aprendemos a resguardar nossos pensa­mentos e atos e a viver considerando tanto a felicidade pública como a nossa própria. Lemos em Fo-Pen-Hing-Tsih-King, v. 43: 'Nosso dever é fazer alguma coisa, não só em nosso benefício, mas para o bem daqueles que nos vierem procurar.' E, em Luz no caminho: 'Recordem que o pecado e o opróbrio do mundo são o teu pecado e o teu opróbrio, porque tu és parte dele.' Recordai! Com que frequência esquecemos! Esquecemos as dores dos outros, dores que são nossas, para partilhar e ajudar a suportá-las. Esquecemos que não devemos condenar o Mal em outros, enquanto qualquer mal ainda estiver em nós. 'Que aquele que for sem pecado atire a primeira pedra' (Jesus). O Sr. Suzuki, em seu Esboço do budismo Mahâyâna, expõe o caso muito habilmente. Ele diz: 'To­dos os sofrimentos sociais não são obrigatoriamente pro­duzidos por um Karma passado, mas podem ser engen­drados pelas imperfeições do atual sistema social. A re­gião do Karma não está no mundo social e econômico, mas no mundo moral. A pobreza não é, fatalmente, a con­sequência de atos maus, nem a plenitude é consequência de atos bons. A recompensa do Bem é a bem-aventurança espiritual — contentamento, tranquilidade de espírito, humildade de coração, imutabilidade da fé — todos os tesouros celestiais... Os atos, bons ou maus, deixam efei­tos permanentes no sistema geral dos seres sensíveis, e não no próprio autor, mas em todos, constituindo a gran­de comunidade psíquica chamada Dharmadhâtu (univer­so espiritual), que sofre e goza os resultados de um ato moral. O universo é uma grande comunidade espiritual — a mais complicada, a mais sutil e mais sensitiva e a massa de átomos espirituais mais bem organizada, e transmite suas correntes de eletricidade moral de uma partícula para outra, com a máxima rapidez e segurança. Porque a comunidade, no fundo, é uma expressão do Dharma-kâya UNO (Deus).' (...)"

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 29/30

domingo, 13 de novembro de 2016

A SENDA DO EQUILÍBRIO

"Qual é a melhor maneira de viver? Em algum estágio de sua vida a pessoa tem que responder a essa pergunta por si mesma. Nesta sociedade cada vez mais caótica e em um mundo de crescente complexidade, a questão torna-se mais urgente e a resposta mais importante.

Uma outra questão no mesmo contexto, e igualmente desconcertante, diz respeito ao objetivo da pessoa na vida. Isso é um pouco mais complicado por causa dos princípios éticos aparentemente contraditórios que são propostos. Os sábios e os santos, cuja meta é a salvação, tentam levar uma vida de pureza espiritual. Eles veem a criação como uma peça da Divindade, onde todos os fenômenos são uma manifestação de Brahman, a Realidade Última. Eles disciplinam suas mentes para transcender a multiplicidade de coisas, e finalmente fundir-se com a realidade ao libertar-se de Maya, o mundo das aparências.

Por outro lado, os assim chamados homens práticos, para quem o mundo é a única realidade, têm por meta o acúmulo de posses materiais e a obtenção do poder mundano. Não são para eles as especulações filosóficas referentes à libertação espiritual, que consideram como uma ilusão baseada nas alucinações de mentes anormais.

Entre esses dois extremos existem outros grupos que têm como meta suprema na vida as aquisições no campo do conhecimento, seja artístico ou científico.

O homem comum, na busca de uma meta e uma ética para sua própria vida, fica desnorteado com todas essas visões conflitantes. Ele acha difícil fazer uma escolha, já que elas são diferentes e opostas entre si.

Porque não têm certeza em suas mentes quanto à meta que buscam, alguns desesperadamente adotam uma filosofia após outra, enquanto outros ainda se sentem levados a adotar uma atitude fatalista, abandonando todos os pontos de vista e ignorando todos os ensinamentos. Essa é uma doença mais comum e mais insidiosa, e é grandemente responsável pela atual doença da humanidade.

As escrituras antigas ofereciam respostas para isso, mas, com tristeza, elas são invariavelmente mal interpretadas e consequentemente mostram-se mais danosas do que úteis, tirando a humanidade do caminho e levando-a para mais distante da meta por ela almejada." 

(Ajaya Upadyay - A senda do equilíbrio - TheoSophia - Outubro/Novembro/Dezembro de 2009 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 20)
http://www.sociedadeteosofica.org.br/


terça-feira, 29 de março de 2016

AUTOANÁLISE

"Para melhorar a sociedade - algo que todos desejamos - o método mais sábio e eficaz é começarmos a melhorar por nós mesmos.

É essencial que comecemos a assumir a coragem de pesquisar-nos, usando a mesma lente com a qual analisamos os demais.

Só conseguimos ver hipocrisia, ambição, incorreção, fraqueza, feiura, covardia, maldade, egoísmo, vaidade... nos outros, sempre nos outros. Facilmente lançamos sobre os outros a culpa de todas as crises, de todas as calamidades e injustiças, desta grande devastação... que está assolando a sociedade e o planeta.

É cômodo e fácil inculpar os demais. O difícil é exatamente o que pode melhorar tudo - conhecer-nos fria e objetivamente, para, depois, com a ajuda de Deus, oferecermos ao mundo mais um ser humano correto, que tanto 'falta na praça'.

Ensina-me, Senhor, a conhecer-me."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, São Paulo, 1995 - p. 137)


domingo, 28 de dezembro de 2014

PLANOS PARA A TRANSFORMAÇÃO (4ª PARTE)

"Com a correta compreensão, o correto motivo e o conhecimento do novo ciclo em que estamos entrando, podemos fazer planos para o processo de transformação e nos mantermos preparados. Quando não estamos bem preparados, as mudanças geralmente se manifestam como um tipo de caos em nossa vida e se transformam em mudanças dolorosas, porque nós resistimos a elas. Nada permanece estacionário durante muito tempo, embora nossos egos muitas vezes não gostem de ver a mudança e resistam. Mas a vida sempre encontra uma maneira de assegurar o apredizado e o crescimento. será que a lagarta sempre resiste a se transformar em borboleta?

Essas mudanças não ocorrem apenas no nível psicológico; elas se estendem também ao mundo à nossa volta. Não estamos isolados dos outros seres humanos; temos um elo, uma união da qual não nos lembramos em nossa encarnação atual, porque aqui a separatividade e a autoconsciência limitada são o foco. No entanto, nós conhecemos essa união no nível espiritual. Quando alguém sofre uma transformação, afeta as pessoas em volta e a sociedade ou a cultura em que vive; essas pessoas e essa sociedade ou cultura, por sua vez, também devem passar por suas próprias mudanças.

Pessoas que passaram por transformações poderosas em suas vidas, como Mahatma Gandhi ou Madre Teresa, afetaram a sociedade em que viviam. Assim, lentamente, a onda da vida humana nesse planeta muda e evolui, porque nós, como indivíduos, mudamos e evoluímos. O mundo em que nascemos não é o mesmo que será vivenciado por nossos filhos. Ele evoluiu, deu um passo à frente, passou por seus próprios ciclos de sete anos, tal qual nós, muitas vezes aos trancos e barrancos. Consideremos as mudanças que estamos vendo acontecer pelo mundo atualmente: as pessoas estão exigindo mudanças na formas de governo, por exemplo, o que mostra que elas deram um grande passo transformador. (...)"

(John Vorstermans - Ciclos e mudanças - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 16)
 www.revistasophia.com.br


sábado, 20 de dezembro de 2014

O SILÊNCIO E A VERDADE INTERIOR (PARTE FINAL)

"(...) São muitos os exemplos daqueles que têm procurado resgatar esse conhecimento puro e muito antigo. Krishna, Shiva, Buda, Sócrates, Jesus e muitos outros sábios podem nos inspirar na nossa caminhada para conhecer nossa verdade interior. Essa verdade, quando conhecida, se refletirá no nosso cotidiano através da nossa bondade e compaixão com o outro. Esse conhecimento recupera nossa condição de seres criativos, pacíficos, silenciosos, harmoniosos e sábios, que em essência sempre fomos, e nos conduz a uma felicidade imensa. Esquecemos esse conhecimento quando nos separamos frequentemente de nossa sabedoria interna, e, consequentemente, de tudo que nos rodeia. E esse esquecimento é que nos faz ignorantes da nossa sabedoria e força internas, o que, por sua vez, nos fez sofrer sem necessidade.

O trabalho para chegar a essa verdade interior requer, entre outras coisas, silêncio interno para que possamos limpar a sujeira engendrada pelas percepções errôneas do nosso ego. Com o silêncio concluímos que raramente percebemos e interpretamos algum assunto importante com a presença e a inocência necessárias. A mente livre de crenças, preconceitos e conceitos nos permite conhecer a verdade real por trás das aparências. A mente está cheia de ideias e filosofias que não foram ainda suficientes para o ser humano deixar sua condição de sofredor neurótico. Precisamos perceber e vivenciar a verdade porque só o conhecimento intectual, mesmo que seja vasto, não soma muito na redescoberta da alegria de viver. A falta de respostas para nos conduzir a uma vida feliz e de qualidade por parte de todos os sistemas que construímos, como a religião, a escola, o estado e a sociedade, leva-nos a concluir que é preciso silenciar a mente e estudar em nossa própria escola interna.

A riqueza, a beleza e o manancial inexplorado existente dentro de cada ser vivo precisam ser despertados. Urge que despertemos o que existe de vivo dentro de nós e que nunca tivemos tempo de explorar. O mundo mais do que nunca precisa do ser humano com toda a sua força e potencial, para que sejam realizadas as mudanças necessárias. Segundo Krishnamurti (1964), a sociedade  que habita esse mundo está caótica e decadente, em completa desarmonia, irmão lutando contra irmão e crianças sendo educadas para se adaptar a um sistema que se move a duras penas, sem nenhuma substância, sem a luz da vida."

(Antonio Monteiro dos Santos - O Silêncio e a verdade interior - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 20)


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

PENSA POSITIVAMENTE

"A plantinha delicada da felicidade não medra senão nesse clima do pensamento positivo. Que diríamos de um homem que se recusasse a gozar dos benefícios da luz solar por saber que existem no globo solar enormes manchas escuras? ou que definisse o sol como grandes manchas tenebrosas rodeadas de luz?

Em linguagem evangélica se chama essa filosofia negativista 'enxergar o argueiro no olho do irmão - e não enxergar a trave no próprio olho', quer dizer, ver sobretudo no próximo as faltas, embora pequeninas, e não perceber as suas próprias faltas, por mais enormes que sejam.

Há uma terapêutica para estabelecer perfeita paz e felicidade na alma, e uma imperturbável harmonia na sociedade humana; consiste na observância do seguinte conselho: Homem, habitua-te a atribuir sempre ao próximo as virtudes que descobres em ti! - e a atribuir a ti mesmo as faltas que encontras no próximo!

O remédio é de efeito infalível - embora seja amargo como losna."

(Huberto Rodhen - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 39

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO! (PARTE FINAL)

"(...) Outras pessoas há que identificam o seu 'eu' com a sua parte mental ou emocional. Dizem, por exemplo: 'eu estou triste',  'eu estou alegre', 'eu sou inteligente'. Quer dizer que confundem o seu verdadeiro 'Eu' com a sua personalidade mental-emocional. Ora, como essa zona está sem cessar à mercê das influências da sociedade humana que nos cerca, segue-se que a felicidade ou infelicidade baseada nesse alicerce problemático depende do ambiente social, isto é, da boa ou má opinião que outros homens têm de nós; nós nos enxergamos tão somente no relexo da opinião pública. Se outros dizem que somos inteligentes, bons, belos, simpáticos, sentimo-nos felizes - mas, se disserem o contrário, sentimo-nos infelizes. Quer dizer que, neste caso, somos uma espécie de fantoches ou bonecos de engonço que reagem automaticamente ao impulo recebido pelos cordéis invisíveis, manipulados por algum terceiro, oculto por detrás do cenário da nossa vida. Esses fantoches humanos vibram com intensa felicidade quando, por exemplo, um jornal os cumula de louvores e apoteoses, embora totalmente gratuitos e quiçá mentirosos - mas sentem-se profundamente infelizes, talvez desesperados, quando alguém diz o contrário.

São escravos de fatores alheios à sua vontade - escravos que ignoram a sua própria escravidão! E como poderia um escravo ser feliz?

Em resumo: tanto os da primeira classe - os escravos do ambiente físico - como os da segunda classe - os escravos do ambiente social - fazem depender a sua felicidade de algo que não depende deles. É, pois, evidente que não podem ser realmente felizes, porquanto a verdadeira felicidade não é alguma 'quantidade externa', alguma objeto, que o homem receba, mas é uma 'qualidade interna', um estado do sujeito, que o homem crea dentro de si. A felicidade só pode consistir em algo que dependa de mim, algo que eu possa crear, independentemente de circunstâncias externas, físicas ou sociais. 'O que vem de fora não torna o homem puro nem impuro - só o que vem de dentro do homem é que o torna puro ou impuro.' (Jesus.)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 24/28)

domingo, 9 de novembro de 2014

O PROBLEMA DO BEM E DO MAL (1ª PARTE)

"I - Bem e Mal. Experiência. Manifestação 

O problema do bem e do mal é, em sua essência, relativo, porque depende da escola filosófica, da concepção do mundo que o indivíduo adote. Assim, para um católico, bem é aquilo que está de acordo com as leis de Deus e estas são conhecidas dos homens através da autoridade da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana. No lado oposto, um comunista, que não toma em consideração os ditames da Igreja Católica, só admite como bem, tudo o que conduz à socialização e mal, o que a retarda ou impede.

Sabe-se que Stalin, em sua mocidade, assaltou um trem, para conseguir fundos para o partido bolchevista. Para o católico, o seu ato representa uma grave infração aos preceitos divinos e para o comunista, uma ação supremamente boa...

Não há necessidade de apontar mais exemplos, para concluir-se que os conceitos de bem e de mal são relativos, mas poder-se-á verificar que são artificiais, ou unilaterais, porque é tomado para ponto de reparo um conceito arbitrário: pretensas leis de Deus, provindas de revelações ou, então, leis ou móveis de ação que são aplicáveis apenas a uma fase da evolução social da humanidade. 

Se o homem tomar como ponto de reparo a sua posição no cosmos, se conseguir descobrir algumas leis fundamentais que regem o universo e chegar a conhecer realmente a natureza humana, poderá ter um conceito mais amplo, mais universal, do bem e do mal. Temos então de tomar nossas lições com os gregos e aprender em Heráclito que: 'O bem é a compreensão da harmonia do universo e a vida de acordo com ela'. Se se reconhecer uma harmonia universal, não poderá haver lugar para o mal, o qual é apenas uma fase, ou uma nota dessa harmonia.

A tendência, aliás, de muitos filósofos, é a de negar a existência do mal, que será antes um modo imperfeito de se considerar as coisas. Para Santo Agostinho e para Leibnitiz, o mal seria como as sombras de uma pintura, as quais servem para ressaltar as cores. Para Annie Besant: 'O que é mal visto pelo lado da forma é um bem visto pelo lado da vida'.  

Filo e Plotino, da Alexandria, aproximam-se mais da metafísica cristã, segundo a qual Deus é a fonte do bem, e a matéria (ou o homem, segundo o Cristianismo) a fonte do Mal. As doutrinas teosóficas assemelham-se às de Heráclito e às dos estóicos, segundo as quais o homem é parte do universo, com função definida a cumprir dentro da harmonia ou do entrosamente universal e deve se submeter às leis cósmicas. (...)"

(Alberto Lyra  – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 221/222)
www.editorateosofica.com.br/loja


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

TUDO É BRAHMAN (1ª PARTE)

"Se Deus não o sustentar, você cai. O que quer que faça, qualquer que seja seu lugar, saiba que Deus o colocou aí para trabalhar. Então isso se tornará uma educação, uma sadhana (disciplina). Todos os dias, em cada ato, em cada pensamento, em cada palavra, aproxime-se cada vez mais de Deus. Isso lhe dará a Felicidade Suprema, e a Libertação.

O Atma é Deus; o particular é o Universal, nada menos que isso. Portanto, reconheça em cada ser, em cada homem, um irmão, um filho de Deus, e ignore todos os pensamentos e preconceitos de status, cor, classe, nascimento e casta. Entre no mundo objetivo, após tornar-se consciente do Atma, porque então verá a Natureza sob nova luz, e sua vida se tornará uma prolongada festa de Amor. O ideal de uma melhor qualidade de vida, em detrimento de um alto nível ético de viver, vem arruinando a sociedade humana. Um alto nível ético de viver insiste em verdade, humildade, desapego e compaixão. Agora o homem se fez um escravo de seus desejos. Encontra-se incapaz para vencer a avassaladora sede de prazer e luxúria. Reconhece-se muito débil para manter sob controle sua natureza (material). Não sabe como expandir a Consciência Divina, que está latente dentro dele. A solução disso está no sadhana (disciplina espiritual), por se tratar de uma transmutação fundamental. (...)"

(Sathia Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1993 - p. 75/76)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

A MENTE É UM FENÔMENO SOCIAL (1ª PARTE)

"A mente só pode existir em sociedade. Ela é um fenômeno social, pois necessita da presença de outras pessoas. Você não pode sentir raiva quando está sozinho ou, se isso acontecer, se sentirá tolo. Você não pode ficar triste quando está sozinho, pois não há desculpa para tal. Também não pode se tornar violento, é necessário que haja mais alguém por perto. Você não pode falar, não pode continuar tagarelando. Não pode usar a mente, ela não pode funcionar - e quando a mente não pode funcionar, ela se torna ansiosa e preocupada. Ela precisa funcionar, precisa de alguém com quem se comunicar. 

A mente é um fenômeno social, um subprodutdo da sociedade. Não apenas da sociedade moderna, mas de qualquer sociedade. Mesmo nos tempos ancestrais, quando alguém ia caçar sozinho na floresta, essa pessoa ficava ansiosa, ficava deprimida no começo. A diferença não está na mente, a diferença está no grau de paciência. A mente permanece a mesma, seja ela moderna ou antiga, mas nos velhos tempos as pessoas eram mais pacientes, podiam esperar. Hoje você não sabe mais ser paciente, e aí está o problema.

Nos velhos tempos, no mundo antigo - especialmente no Oriente -, não havia consciência do tempo. É por isso que os relógios não foram inventados no Oriente. Poderiam ter sido inventados na China, talvez, mas eles não estavam interessados no tempo. A mente moderna se interessa em demasia pelo tempo. Por quê? Isto é parte da influência cristã no mundo. Com o cristianismo e o islamismo, a consciência do tempo passou a fazer parte do mundo. Há razões para tal. 

No pensamento cristão, acredita-se que haja apenas uma vida. É a primeira e a última. Se você morrer, não terá mais tempo, então todo o tempo que você tem são setenta ou oitenta anos, talvez. Por isso há tanta pressa no Ocidente. Todos correm porque a vida está se esvaindo. A cada momento seu tempo de vista restante diminui. O tempo está passando e você está morrendo. Tantos desejos para realizar e tão pouco tempo para realizá-los, isso obviamente gera ansiedade.

No Oriente, por outro lado, sempre se acreditou que a vida seja eterna. Assim sendo, o tempo não importa, não há pressa, pois você passará por aqui muitas vezes. Já esteve aqui milhões de vezes e voltará milhões de outras vezes. Esta não é a primeira nem a última vida, apenas mais uma dentro de uma longa cadeia, e você está sempre no meio, pois não há início nem final. Por que, então, ter pressa? Há tempo suficiente para tudo. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2002 - p. 73/74)


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

UMA MENTE LIVRE

"A criança cresce apegada a seus pais; cresce numa família e numa certa sociedade. Ela chama isso de ‘minha casa, minha religião, minha família’, e sente-se segura. Esse é um processo natural, mas que cerceia o pensamento, porque está o tempo inteiro preocupado em assegurar o lucro, em beneficiar a mim e àquilo que chamo de meu, que é a essência do processo egoico.
  
Consigo ver o perigo dessa armadilha? Se não consigo, meu processo mental não mais é livre para investigar; ele está o tempo todo buscando justificar o ‘eu’ e o ‘meu’. Isso significa que, enquanto estou buscando lucro ou satisfação, não estou buscando a verdade. Portanto, embora seja muito fácil dizer ‘sou um buscador da verdade’, estamos, de uma forma ou de outra, apenas buscando satisfação.

Poderá a paixão pelo aprendizado ser tão forte que consiga superar o instinto de buscar o prazer e evitar a dor? A verdade pode ferir. Ela sempre vem com uma revelação, com uma desilusão. Para alguém que vive numa ilusão confortável, a verdade choca. A não ser que desejemos enfrentar a dor psicológica, e talvez também a dor física, não podemos seriamente dizer que estamos em busca da verdade.

A mente diz que ‘tudo isso tem sentido para Buda, eu não sou um Buda, eu sou um homem comum’, e assim continua. Mas, se continuarmos assim, não temos o direito de reclamar da violência nem das guerras, porque tudo isso é consequência do modo egoísta de viver. Perceber isso é perceber também que toda desordem e toda divisão resultam da ilusão."

(P. Krishna - Novas Maneiras de ver o Mundo - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 09)

     

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A MENTE É TAGARELA (1ª PARTE)

"Quando uma criança nasce ela não tem uma mente. Não há tagarelice dentro dela. Leva de três a quatro anos para que a mente, que é apenas um biocomputador, comece a funcionar. A mente precisa ser alimentada com informações. É por isso que, se você tentar voltar no tempo através da memória, irá parar em algum momento em torno dos três ou quatro anos. Antes disso, está tudo em branco. Você estava lá, com certeza, e várias coisas aconteceram, vários incidentes, mas aparentemente os registros não foram gravados na memória, por isso você não pode se lembrar. A partir dos três ou quatro anos, contudo, as coisas começam a ficar mais claras.

A mente obtém seus dados dos pais, da escola, de outras crianças, de vizinhos, de parentes, da sociedade como um todo. Há fontes em toda a parte a seu redor. E você já deve ter visto crianças pequenas, quando começam a falar, repetindo várias vezes a mesma palavra. Quanta felicidade! Um novo mecanismo começou a funcionar dentro delas.

Quando elas puderem formular frases, irão fazê-lo com grande alegria também, repetindo-as várias vezes. Quando começarem a fazer perguntas, farão perguntas sobre tudo e mais um pouco. Note que elas não estão interessadas em suas respostas! Observe uma criança fazendo perguntas: ela está apenas se divertindo com o fato de poder fazer perguntas. Uma nova faculdade veio à tona dentro dela. É assim que a coleção começa. Depois a criança aprenderá a ler, e haverá mais palavras. E, em nossa sociedade, o silêncio não traz recompensas. As palavras pagam, por isso, quanto mais articulado você for, mais você irá ganhar.

Quem são seus líderes? Quem são seus políticos? Quem são seus professores? Quem são seus padres, teólogos, filósofos? Condensados em uma única coisa, são pessoas muito articuladas. Sabem como usar as palavras de forma significativa, pungente, consciente, de forma que possam impressionar as pessoas. 

Poucas vezes se fala a respeito do fato de nossa sociedade ser dominada por pessoas verbalmente articuladas. Algumas delas talvez não saibam nada: podem não ser sábias, podem não ser nem mesmo inteligentes, mas certamente sabem brincar com as palavras. É um jogo, e elas aprenderam a jogá-lo. O pagamento é feito de várias formas, com respeito, dinheiro ou poder. Todos tentam seguir o mesmo caminho, e a mente fica cheia de palavras e pensamentos. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 3ª  edição - p. 67/68)


sábado, 1 de dezembro de 2012

A REVOLUÇÃO


“Viva a Revolução!

Tem de haver uma Revolução!

Uma Revolução que mude as coisas, que feche feridas; apague ressentimentos;

Dê comida e teto; dê alegria e segurança; liberte o homem do medo que o desgraça; defenda todos nós do tédio; ilumine nossas vidas e vença a angústia.

Viva a Revolução que há de unir todos no bem!

É preciso mudar a sociedade.

É preciso antes mudar o homem e fazê-lo dizer:

- Se alguém muito além chora, lágrimas me vêm ao rosto.

- Se muito longe alguém se põe a rir, a mesma alegria move meus lábios.

- Sinto-me nascer quando, muito longe ou perto, alguém nasce. E morro com a morte dos outros.

- Se a dor fere alguém – não sei em que distante ou próximo povoado – eu, aqui, nas minhas carnes, sinto a mesma dor.

- Se um pecador cai em tentação, sou eu a pecar.

- Se algum santo – não sei onde – abençoa alguém, sou eu o santo, sou o outro, sou a benção.

- Eu sou tu mesmo em teus sofrimentos, em teus erros, em tuas nobrezas, vitórias e perdas. Somos um.

Quando cada homem tenha realizado empatia, identidade, simpatia... haverá lugar para espoliações, terrorismos, injustiças, passeatas, polícia, agitações, greves, choques, ogivas, colônias, psicodélicos, neuróticos, massacres, fomes, destruições, desnutrição, corrupção?

Vitoriosa a Grande Revolução Interior, para que a pretensa revolução exterior?”

(Hermógenes – Mergulho na Paz – p. 32/33)


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

LEIS DA NATUREZA




“A moralidade, tal qual o camaleão, tende a assumir as cores da sociedade circunjacente, mas as leis inescrutáveis da natureza, pelas quais Deus sustenta Sua criação, jamais são alteradas pelas determinações do homem.”

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior - 80)