OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sexta-feira, 31 de março de 2017

COMPREENDER, COMPARTILHAR E AMAR (2ª PARTE)

"(...) O que é compartilhar? Será doar coisas de que não mais precisamos, a sobra da nossa fartura? Kahlil Gibran diz, no livro O Profeta: 'Você doa apenas um pouco quando doa de suas posses. Quando doa de si mesmo é que você verdadeiramente doa. Pois o que são suas posses senão coisas que você mantém e guarda com medo de que possa precisar delas amanhã? E o que é o medo da necessidade senão a própria necessidade?'

Não podemos dar e partilhar nossa compreensão, e não podemos compreender os outros sem primeiramente compreendermos a nós mesmos. Podemos dar conhecimento aos outros, mas não sabedoria; o autoconhecimento é algo que devemos aprender de nós mesmos. 

As revistas dão conselhos sobre como se tornar um amante melhor. É uma questão de amor ou de alguma outra coisa? Eu te amo enquanto você puder satisfazer minhas necessidades e puder me dar o que eu quero. Quando eu cansar de você procurarei um novo amor. Popularmente se pensa que ciúme é sinal de amor. Se amássemos mais o nosso parceiro, não exigiríamos direitos exclusivos, não encontraríamos dificuldades em conceder liberdade de pensamento e de ação. Usamos a palavra amor também em outras conexões, quando não é questão de amor, mas de algo mais. Esperamos que a outra pessoa satisfaça nossos desejos, e quando ela não o faz, ficamos cansados e dizemos que não mais a amamos. Pensamos também que é amor quando somos dependente um do outro.

Somos todos iguais. Todo mundo busca o amor. Queremos ser felizes e evitar o sofrimento. Mas se olho para a outra pessoa como sendo eu, então é mais fácil compreendê-la e amá-la. Quando eu me vejo no outro, então posso começar a sentir amor e compaixão. (...)'

(Pertti Spets - Compreender, compartilhar e amar - Revista Sophia, Ano 8, nº 29 - p. 19)


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A FAMÍLIA MUNDIAL

"Você deve se lembrar de que é parte da família mundial e não pode existir sem ela. Você deve se lembrar das necessidades dos outros ao refletir sobre as suas próprias. É errado pensar só em si mesmo, com exclusão dos demais. Uma nação se faz com pequenas comunidades e as pequenas comunidades se fazem com indivíduos. Mesmo que você tenha um inimigo, saiba que ele é seu próximo. Todos os homens são nossos irmãos, pois Deus é o nosso Pai e nós somos seus filhos.

Se você cuidar apenas das mãos e dos pés, esquecendo a cabeça, seu cérebro não o servirá adequadamente. Você tem de atender às necessidades do corpo inteiro. Da mesma forma os cérebros ou líderes das nações devem trabalhar em harmonia com as mãos e os pés, os operários da comunidade. Se nos dividirmos, criaremos apenas desordem e sofrimento.

Nós, na verdade, não possuímos nada. Teremos de partilhar as coisas, cedo ou tarde - por acidente, roubo, deterioração ou morte. Só dispomos do usufruto dos bens por determinado prazo. Quando algo nos é concedido, devemos entender que será por pouco tempo. Não convém nos apegarmos a nada. Dia virá em que seus entes queridos lhe serão arrebatados. Foram-lhe entregues apenas para que você aprendesse a sacrificar-se pelos outros e a dividir tudo com eles.

O verdadeiro Eu é a manifestação do Espírito interior. Tudo o que você fizer pelo Eu pode ser chamado de 'egoísmo'. O bom egoísmo consiste em atos pelos quais a imagem pura do Eu interior se materializa. O mau egoísmo é aquilo que focê faz em proveito do ego, indo assim contra os verdadeiros interesses do Eu.

'Ama a Deus de todo o coração' e 'Ama ao teu próximo como a ti mesmo'. Se seguir esses dois mandamentos, não precisará de nenhum outro."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 38/39)


sexta-feira, 31 de julho de 2015

A ORAÇÃO SINCERA É ATENDIDA

"Mas, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios: pois entendem que por muito falarem serão ouvidos.

Não vos assemelheis pois a eles: porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.

Deus não nos engana. Ele conhece nossas necessidades e nossos pensamentos mais íntimos. Ele é o Ouvinte por detrás dos nossos ouvidos, o Pensador por trás da nossa mente, o Falante por detrás da nossa língua. Ele é aquela Consciência Pura, cujo reflexo sobre nossa inteligência torna-nos conscientes. Ele sabe se nossas preces são hipócritas - 'repetições vãs' - ou súplicas de um coração sincero. Dizia Sri Ramakrishna.

'Quando a palavra e a mente se unem numa oração sincera, essa oração é atendida. Valor nenhum têm as preces do homem que diz com os lábios: 'Tudo isto é teu, Senhor!' - e ao mesmo tempo pensa em seu coração que tudo lhe pertence. Não sejais traidores de vossos pensamentos!... Rezai com um coração sincero e simples, e vossas preces serão ouvidas.'"

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 87)
www.pensamento-cultrix.com.br


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O PODER DA GENEROSIDADE (1ª PARTE)

"Quando penso nas qualidades espirituais que podemos demonstrar e entregar à vida, a generosidade sempre se apresenta no topo da lista. Pense que essa qualidade engloba várias outras, como o desapego a compaixão, o amor fraterno, a justiça, a tolerância, a amizade e muitas mais. Exercitar nossa generosidade é ser capaz de ampliar nossos sensores para verdadeiramente enxergar o outro e suas reais necessidades, pois ser generoso não é dar o que nos sobra, mas oferecer o que o outro precisa. E isso demanda uma capacidade extraordinária de sair das fronteiras internas, atravessar o deserto de nossas necessidades e entrar no território do outro.

É sempre bom lembrar que, onde há fronteira, há medo. Sendo assim, ao cruzarmos esses limites que aparentemente nos protegem, realmente rompemos aquilo que nos isola de todo o conjunto da humanidade. O exercício da generosidade, portanto, tem o poder de nos permitir sair da ilusão da separatividade e experimentar a unidade. 

Pude apreciar um exemplo contundente de generosidade quando trabalhei com mulheres de baixíssima renda. Quando elas têm, compartilham com suas vizinhas que necessitam muito, mesmo que o que elas tenham não seja um excesso, seja apenas o essencial; entretanto, há absoluta clareza daquilo que é prioridade a cada instante. Então, se uma tem um quilo de arroz, vai compartilhar hoje com a vizinha que não tem arroz nenhum, mesmo que amanhã ela também não tenha, por conta dessa partilha.

Contudo, amanhã é outro dia, hoje é preciso atender a necessidade premente daquela que precisa para alimentar a si e a seus filhos. Esse comportamento traduz uma confiança profunda no fluxo da vida e um senso de prioridade sem nenhum outro critério que não seja o que é realmente necessário agora. Essa é a verdadeira generosidade, que não é fruto dos excessos, mas deriva de um olhar atento, um coração aberto e um espírito confiante. (...)"

(Dulce Magalhães - O Poder da Generosidade - Revista Sofhia, Ano 10, nº  37 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10)
www.revistasophia.com.br


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

COMO VER COM CLAREZA (1ª PARTE)

"Os Yogasutras de Patañjali mencionam a doença. Como sabemos, quando o corpo de alguém se torna doente, a mente não funciona de maneira adequada. Tomemos como exemplo uma pessoa que sempre foi gentil, hospitaleira, que amava servir aos outros, e que viveu até uma idade provecta. Ao se aproximar o fim de seus dias, ela parecia ter perdido todas essas qualidades. Essas e várias outras coisas podem acontecer por causa da condição corporal. No Bhagavad-Gita está dito que certos tipos de alimento produzem inquietação, distração e agressividade, e outros criam inércia, preguiça, relutância em se empenhar e assim por diante. Para ter uma capacidade mental calma e lógica, a pessoa precisa comer o tipo certo de alimento. 

Krishnamurti tinha algumas maneiras interessantes de responder. Parece que não comia nada que contivesse leite de búfala; às vezes, na sua comida, só permitia leite de vaca. Quando lhe perguntaram o que havia de errado com o leite de búfala, ele simplesmente respondeu: 'Olhe para o animal! O animal é pesado, gosta de se espojar nas poças de lama e é geralmente lento. Se comer esse tipo de alimento, você irá absorver algo dessas qualidades.' O hábito de comer carne jamais foi recomendado para pessoas que desejem estar despertas e alertas, porque as influências que estão no corpo animal - violência, ferocidade e assim por diante - até certo ponto atrapalham quando absorvidas.

Aquilo que bebemos também é importante. Uma pessoa viciada em álcool mais cedo ou mais tarde tem sua capacidade prejudicada. Existem também emoções que afetam a clareza da mente. Na tradição indiana, dizem que os inimigos de cada pessoa estão dentro dela, e não fora - sendo os inimigos a raiva, a ganância, a vaidade etc. É importante perceber isso. Aquilo que Buda chamou de 'as chamas' arde internamente.

A mente também não fica em condição melhor quando vê tudo isso. Nas escolas religiosas ensina-se a necessidade de permanecer calmo, de aceitar as coisas como são e de não inventar maneiras para aumentar a própria insatisfação. A ganância faz com que as pessoas destruam o ambiente. Atualmente o poder do dinheiro subjugou a sociedade moderna; a irracionalidade existe muito embora a mente se tenha tornado proficiente de algumas maneiras. 

O corpo, os sentimentos, a capacidade mental, os modos como a pessoa age e se relaciona estão interligados. Quando o pensamento se torna mais claro, mais lógico e mais sensível às necessidades dos outros, a outro pessoa é auxiliada, e isso também clareia a mente. Mas se nos sentimos emotivos e ansiosos isso então não é possível, porque as atitudes autocentradas obscurecem a mente. (...)"

(Radha Burnier - Equilíbrio na mente - Revista Sophia, Ano 9, nº 34 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 29)


sábado, 25 de outubro de 2014

O MENDIGO E O ABASTADO (1ª PARTE)

"Tenho um amigo, cientista ilustre e respeitado, dono de grandes propriedades. Tem carro bonito. Pertence a uma família ilustre. Tem apenas um ou dois aspectos onde a vida não o favoreceu como gostaria. Fechando os olhos a tudo quanto tem, vê em torno de si apenas tristezas, infelicidades ou frustrações. Vive abatido a reclamar de tudo. Lastima-se invariavelmente sempre que me encontra. Sob o ponto de vista comum, é um ricaço. Sob o ponto de vista da realidade, ele o é?

Aurino é um 'pobre' homem, que em toda sua vida tem estado em caminha de paralítico. Cresceu na horizontal. De seu leito 'pobre' de enfermo, dirige, no entanto, uma grande empresa. Uma empresa de serviço. O serviço que oferece ao público é essencial, pois corresponde a uma necessidade praticamente universal. A empresa de quem poderia viver de esmola presta exatamente o serviço de assistência, de ajuda, de amparo aos necessitados de saúde e meios de vida. O 'pobre' Aurino é um catalisador de amor, de beneficência, de humanitarismo. Mas que milagres o espírito não efetiva?! O 'pobre' é sempre encontrado em Bangu disposto a auxiliar a todos os 'ricaços' como meu amigo lamuriento. 

Creio que, tanto quanto eu, você deve andar confuso sobre o que é ser 'rico' e ser 'pobre'. Aurino é pobre ou rico? Meu amigo rico é rico mesmo ou é mendigo? Que vem a ser pobreza? E riqueza? Ninguém é mendigo pelo que não possui e sim pelo que anda mendigando. Ninguém é rico pelo que tem, mas pela espontânea prodigalidade com que distribui.

O infeliz ainda mais infeliz se torna, se imprudentemente mendiga felicidade. O intranquilo aumenta sua inquietude com o mendigar a paz. O incompreendido ainda mais inaceitável se torna, pelas reclamações que despeja sobre os outros. Ninguém pode ter admiração por um sujeito que anda à caça de ser admirado. Quem pode respeitar aquele cuja maior preocupação é fazer-se admirado? Aquele que se reconhece injustiçado e sem correspondência amorosa, e vive a pedir amor, dificilmente será amado. Não conheço quem sofre pela prodigalidade de ajuda que dá. O mundo no entanto está cheio de gente que se desgraçou por tanto pedir. (,,,)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 201/202)

domingo, 17 de agosto de 2014

O DESAFIO DA VIDA (2ª PARTE)

O desejo de variar

"A mente humana ampliou o sentido da sobrevivência física e das necessidades básicas de alimento e abrigo. O homem não fica mais satisfeito em meramente alimentar seu corpo; ele perdeu o instinto animal de saber quando e quanto deve comer. O alimento tornou-se um grande problema e uma fantástica indústria. O homem não se satisfaz mais com alguns bons alimentos, anseia por uma infindável variedade. Estabelece restaurantes e hotéis que preparam e apresentam os vários pratos que inventa e precisam acessórios e recipientes de diferentes tipos e tamanho. As indústrias que os produzem criam enorme organizações para direcionar a propaganda e a publicidade. Criam intensa competição e os males que vê com ela. (...)

O vestuário também é necessário para o corpo, mas o homem criou uma enorme esfera de atividades para materiais e tecidos; inventou a moda e planeja ornamentos. (...)

O homem não está mais preocupado com a simples perpetuação da espécie: sexo e alimento tornaram-se ‘experiências prazerosas’. O prazer tornou-se uma ideia – um pensamento em sua mente. E porque é uma ideia, o homem criou várias formas de prazer, e, uma vez mais, grandes indústrias para alimentá-la, inclusive cinemas, danceterias e revistas.

No processo de buscar prazer, planejar diversões e distrações não há alegria, porque a alegria somente existe na tranquilidade interior. Assim, quando a mente está ansiosa para descobrir o prazer, quando fica tensa nessa busca, perde a alegria que uma vida simples pode proporcionar. O aumento das necessidades humanas é a principal fonte de conflito no mundo, porque essas necessidades (que no início eram alimento, abrigo e sexo), agora se tornaram ideias na mente e base de tensão e conflito. Em nível nacional, levou a grandes guerras mundiais, ao protesto de populações, à crueldade e ao sofrimento que temos testemunhado por décadas e séculos. Na vida pessoal, quem não sofreu a dor causada por discussões entre irmãos, por amigos que caem fora, por marido e mulher que se sentem isolados um do outro? (...)"

(Radha Burnier - O desafio da vida - Revista Theosophia, Ano 103, Abril/Maio/Junho de 2014 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 7/11)


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

CAMINHO DO MEIO (1ª PARTE)

"Mestre, como devo utilizar minhas energias de modo a equilibrá-las e não desperdiçá-las? O que é o Caminho do Meio? 

A resposta seria uma boa aula...

Antes de mais nada, tendes de conhecer vossas energias, vossas potencialidades, vossos centros energéticos e de força. Sois como uma usina onde energias são transformadas, criadas e novamente transformadas. Isto ocorre o tempo todo! Até durante o vosso sono físico essa 'usina' não para. Deveis ter consciência de que, a partir do momento que tiverdes uma certa consciência dessas energias, será vossa a responsabilidade de como agireis com elas. Quando o ser humano não tem noção da existência destas energias, elas são 'fabricadas' num processo também inconsciente e alimentam o corpo humano nas suas necessidades primordiais. Digamos que a usina funcione automaticamente, fabricando e transformando as energias essenciais para que o ser humano tenha vida, pense, fale, ande, enfim, para que ele continue seu caminho até o dia em que, por si só, descubra quem é e as suas potencialidades internas, passando então a trabalhar e a dominar essas energias que até então funcionaram e se transformaram automaticamente.

Por isso, repito, é de suma importância que entendas que o fato de teres conhecimentos aumentará a tua responsabilidade contigo e com as consequências que poderão ocorrer, caso não ordenes e manipules tua energias com seriedade e responsabilidade. Acho que já tens a possibilidade de conhecer a ti mesma, inclusive teu campo energético. Porém a responsabilidade de passar estes conhecimentos é tua. Que cada um busque as respostas como tu o fizeste.(...)"

( M. Stella Lecocq - Mensagens dos Mestres de Coração a Coração - Ed. Roka, São Paulo, 2000 - p. 126/128)
www.editoraroca.com.br


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A PERSONA E O EGO

"Todos nós temos uma imagem que apresentamos ao mundo – é o que Jung chama de persona. O modo como nos vestimos, falamos, a personalidade que gostamos de apresentar, tudo isso é parte de uma persona que desenvolvemos desde nossos primeiros anos. A persona é influenciada pela educação. Família, escolas amigos, sociedade: todos esses elementos têm normas, valores e atributos, e o esperado é que nós os aceitemos e os tornemos nossos.

A persona não é o ‘eu’ real; é a expectativa da sociedade sobre como alguém no nosso papel deve se vestir, falar e se comportar. Se nos preocupamos demais com nossas personas, podemos terminar vivendo segundo as expectativas de nossos pais, de nosso grupo social ou religioso, ou de nossos cônjuges. Podemos não estar sendo verdadeiros e autênticos em relação a nós mesmos. Podemos estar vivendo a ideia de uma outra pessoa sobre como nossa vida deveria ser.

O ego é o que nós pensamos que somos. É a nossa personalidade como conscientemente a conhecemos. (...)

Ego não significa egoísta ou egocêntrico; é uma palavra latina que significa ‘eu’ (...)

Para compreender as necessidades que o ego tem em relação aos outros, devemos primeiramente entender a nós mesmos. Não podemos ter relacionamentos bem-sucedidos como amigos, amantes ou pais a não ser que tenhamos uma noção realista da nossa própria identidade. Se sabemos quem somos, podemos fazer melhores escolhas nos nossos relacionamentos."

(Viviane Crowley - A Consciência segundo Jung - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 – Pub. da Ed. Teosófica - p. 33)


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

SUICÍDIO ESPIRITUAL

"85 - Mata a si mesmo quem atende somente às necessidades do seu próprio corpo, nada fazendo de bom para os outros, constantemente evitando o seu próprio dever e não buscando a liberação da servidão causada pela ignorância.

COMENTÁRIO - O suicídio não é somente o término abrupto da vida pelas próprias mãos. Esse nasce do desespero dos que perderam a esperança de encontrar uma saída. O pior suicídio é o espiritual, quando definhamos interiormente devido a nossa própria ignorância, quando não encontramos o nosso dever, a nossa vocação. Todos os seres possuem em si, muitas vezes de forma indistinta, esse dever que nos levará até uma plenitude que existe potencialmente em tudo. Quando não permitimos que esse potencial se expresse em nossas vidas, estamos nos suicidando e cada vez mais submersos na ignorância que, por sua vez, produz mais sofrimento."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, 2011 - p. 43)

domingo, 25 de novembro de 2012

QUAL É A MELHOR ORAÇÃO?


“Diga ao Senhor: “Diz-me qual é a Tua vontade.” Não diga: “Quero isto ou quero aquilo”, mas tenha fé em que Ele sabe de que é que você necessita. Você verá que vai obter coisas muito melhores quando Ele escolhe para você.

Estabeleça honestamente se sua oração é ou não legítima. Não peça a Deus algo que, pela ordem natural das coisas, seja completamente impossível. Peça apenas necessidades verdadeiras. E saiba a diferença entre “necessidades necessárias” e “necessidades desnecessárias”. (...) Acabe com o desejo de possuir coisas desnecessárias. Concentre-se apenas em suas necessidades reais. Deus é sua maior necessidade. Ele lhe dará não só suas “necessidades necessárias” mas, também, suas “necessidades desnecessárias”. Ele satisfará cada desejo quando você for um com Ele. Seus sonhos mais incríveis se realizarão.

As coisas de que você precisa na vida são as que o ajudarão a realizar seu propósito principal. Coisas que talvez você queira, mas de que não precise, podem desviá-lo desse propósito. O êxito só é atingido fazendo com que tudo esteja a serviço de seu objetivo principal. Considere se a realização do objetivo que você escolheu constituirá o êxito. O que é êxito? Se você tiver saúde e riqueza, mas tiver problemas com toda gente (inclusive você próprio), sua vida não será uma vida bem sucedida. A existência se torna inútil se você não puder encontrar a felicidade. Quando se perde a riqueza, perde-se pouco; quando se perde a saúde, perde-se algo mais conseqüente; mas quando se perde a paz da mente, perde-se o tesouro supremo.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – 59/60)