OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 25 de março de 2025

PAIXÃO E AMOR (2ª PARTE)

"(...). O poeta Shakespeare encontrou a solução para deixar a imaginação humana continuar a paixão de
Romeu e Julieta, mediante a tragédia que elaborou para consumi-los, desde que ela não suportaria o desgaste da convivência diária, os conflitos de conduta no relacionamento constante.   

Marco Antônio, o vitorioso de Roma e Cleópatra, a rainha do Egito, são também um exemplo trágico da paixão por projeção, que termina em caos.

Abelardo e Beatriz igualmente experimentaram as consequências da irreflexão e sofreram a abrupta interrupção do encantamento, pagando o alto preço que se transformou em belas páginas escritas pelo primeiro, que assim eternizou os sentimentos de ambos, que não puderam consumar.

A relação é muito grande dos célebres enamorados, que a paixão devorou, pela falta de estrutura e da presença do amor real.

O amor é dúlcido, sem violência nem arroubos desesperados, que incendeiam e aniquilam. A sua mensagem é real, sem o imaginário do desequilíbrio nem do fantasioso, constituindo estímulo para quem ama sem sofrer desgaste, tanto quanto para o ser amado que não se submete.

Na paixão, sempre existem os componentes da dominação, do ciúme, da insegurança, do desespero, enquanto que, no amor, todo sentimento se enriquece de paz e de alegria, construindo o futuro a dois, sem perda da identidade nem da personalidade de qualquer um deles.

Enquanto a paixão é feita de impulsos imediatistas e extravagantes, o amor se expressa pela ternura e pela confiança, contribuindo para o crescimento moral do indivíduo, que avança no rumo de mais altas aquisições.

Na raiz de muitas conquistas do gênero humano encontra-se uma admirável história de amor, que não se desfaz em tragédia nem se despedaça no fragor dos desentendimentos afetivos.

O ser humano é convidado pela vida ao encontro da própria alma, à conquista do seu espaço interior, que não pode ser violado por ninguém, e o amor é o inspirador dessa viagem de segurança, que faculta o descobrimento da realidade e o equipa com instrumentos próprios para administrá-la de maneira eficiente a serviço do progresso moral e da plenitude.

Sob a inspiração do amor a alma é conquistada, mas, por outra forma, a alma não pode prescindir dos estímulos do amor.

Eis por que se pode asseverar que o amor é de conteúdo divino, enquanto que a paixão é uma consequência dos tormentos humanos.

A paixão se nutre dos desejos que defluem do magnetismo sexual, enquanto que o amor é fruto do amadurecimento psicológico e do discernimento espiritual.

A paixão é rápida e deixa escombros, enquanto que o amor é duradouro e oferece sementeira de bênçãos. (...)."

Texto extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 153/155.
Imagem: Pinterest



sábado, 10 de junho de 2017

A MORTE E O DESPERTAR (1ª PARTE)

"A morte é inevitável, familiar, e contudo ainda permanece um dos grandes mistérios da consciência. Nosso dilema humano é o de estarmos literalmente entre dois mundos. Prendemo-nos como escravos ao que podemos ver, e ficamos insatisfeitos. Queremos saber mais, mas nos sentimos inseguros a respeito do que podemos ver.

É lógico que aceitamos o nascimento com mais felicidade do que a morte, pois o nascimento é essencialmente um processo visível, uma soma, enquanto a morte é, para nosso mundo tangível, uma subtração. Além disso, para cada morte há dois aspectos: existe aquele que está morrendo e aqueles que ficam para trás. A iminência de nossa própria morte, ou a perda de um membro da família, costuma nos lançar de volta a nós mesmos, trazendo novamente questões essenciais: quem sou eu? Por que estou aqui? O que realmente acontece na morte?

Shakespeare, ao escrever sobre a impermanência deste mundo, responde à pergunta 'quem sou eu?' dessa maneira: 'Somos do mesmo material/de que são feitos os sonhos/e nossa pequena vida/está cercada de sono...' Que pensamento confortante é reconhecer que a morte está ligada ao sono, no qual penetramos com confiança, sabendo que despertaremos no dia seguinte. Mas o que sabemos realmente a respeito do sono? 'Sono', diz Shakespeare, é 'a morte de cada dia de vida'.

Se combinarmos esses dois pensamentos, temos o quadro revelador do sono como uma pequena morte, e a morte como um longo sono que circunda nossa 'pequena vida'. Entre os antigos, a morte era muitas vezes chamada de 'o sono maior', ou 'o sono perfeito'. Sabemos como o sono é necessário ao nosso bem-estar. É uma lei da natureza tanto para o homem quanto para o animal.

O 'material de que são feitos os sonhos' sugere que a verdadeira parte de nós não é o corpo nem a personalidade, pois ambos são transitórios, mas a consciência interior. Quando vamos dormir, estamos obviamente num estado de consciência diferente. Sonhamos, mas, via de regra, pouco nos lembramos do que aconteceu, exceto que quando despertamos estamos revigorados, e simplesmente reassumimos nossos afazeres no ponto em que os deixamos no dia anterior. Às vezes, no entanto, temos sonhos perturbadores, ou excepcionalmente belos, que nos parecem  mais intenso até mesmo do que aquilo que experienciamos no estado de vigília. Existem profundos mistérios sobre aonde vamos quando dormimos e sobre os vários estágios do sonho. (...)"

(Ingrid van Mater - A morte e o despertar - Revista Sophia, Ano 10, nº 39 - p. 22/23)

sábado, 1 de outubro de 2016

CIÚME

"Outra doença terrível, destruidora e trágica é o ciúme.

Há quem confunda ciúme com amor.

Mas não é MESMO!

Ciúme é outro sintoma do ego.

O ciumento é um egoísta que está inclusive incapacitado para amar.

Ciúme é insegurança, incerteza, e mesmo ausência de amor.

Quem ama mesmo se dá todo, sem cobrar do outro; sem pretender tornar o outro uma coisa possuída.

O ciumento diz, dentro de si: 'Você é propriedade minha e não merece um pingo de minha confiança e respeito; você é uma coisa exclusivamente para meu uso.'

Ciúme - assassino do amor.
Ciúme - criação do eu."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 149)


sábado, 24 de outubro de 2015

O CIÚME PROVÉM DE UM COMPLEXO DE INFERIORIDADE

"O ciúme provém de um complexo de inferioridade e se expressa por meio da suspeita e do medo. Significa que a pessoa tem medo de não poder se manter no seu relacionamento com os outros, seja ele conjugal, filial ou social. Se sentir motivo para ter ciúme de alguém - por exemplo, se teme que a pessoa amada transfira sua atenção a outrem -, primeiro empenhe-se em compreender se lhe falta alguma coisa interiormente. Aprimore-se. Desenvolva-se. A única maneira de conservar o afeto ou o respeito de outra pessoa é aplicar a lei do amor e merecer o reconhecimento dela mediante o autoaprimoramento.

O amor e seus complementos jamais podem ser conquistados ou mantidos com exigências, súplicas ou chantagens. Tenho observado como algumas pessoas se comportam quando estão perto de pessoas ricas ou influentes. Certa vez eu disse a um príncipe indiano: 'O senhor acredita que essas pessoas que buscam obter seus favores realmente o amam?' Ele respondeu que sim. Mas eu as tinha visto sob uma luz diferente e avisei ao príncipe: 'Pare de lhes dar dinheiro e presentes e descobrirá que não são sinceras. Elas zombam de você quando o bajulam.'

O verdadeiro amor não pode ser comprado. Para receber amor devemos dá-lo gratuitamente, sem condições. Mas em vez de seguir esta regra, a pessoa insegura recorre ao ciúme. Isso faz com que o ser amado se zangue, o que acaba com o propósito original do amor. Então o ciumento reage à raiva do ser amado com o desejo de vingança. Mas sempre que alguém quer ferir alguém, em última análise fere mais ainda a si mesmo. Atos maus procedem de pensamentos maus, são parasitas corrosivos que devoram a fibra mais íntima do ser, pois queimam e destroem a paz interior - a maior riqueza que se pode ter."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 162/163)


sábado, 22 de novembro de 2014

OS TRÊS ESTÁGIOS DA DÚVIDA

"A dúvida tem três estágios: ausência da dúvida, a presença inteligente da dúvida, a presença excessiva da dúvida. 

A ausência da dúvida gera pessoas psicopatas. Quem nunca duvida de si mesmo, quem se acha infalível e perfeito nunca terá compaixão dos outros. A presença inteligente da dúvida abre as janelas da inteligência e estimula a criatividade e a produção de novas respostas. A presença excessiva da dúvida leva as pessoas a retrair sua inteligência e suas atitudes pela insegurança. Tornam-se excessivamente tímidas e autopunitivas.

A dúvida inteligente esvazia o orgulho. Jesus contava ricas parábolas levando as pessoas a confrontar-se com seu orgulho e rigidez, desse modo ele objetivava estimular o espírito delas e romper seu cárcere intelectual. Ele respondia a perguntas com perguntas e quando dava respostas elas sempre abriam os horizontes dos pensamentos. Era um grande mestre da educação e seus discursos formavam e não informavam.

Alguns têm títulos de doutores, mas são reprodutores de conhecimento, repetem o que estudaram, falam o que os outros produziram. Precisamos de poetas da vida nos recônditos da sociedade. Precisamos ser engenheiros de novas ideias. Precisamos surpreender as pessoas e ajudá-las a mudar os alicerces da sua história.

Quem andava com Jesus Cristo estilhaçava constantemente seus paradigmas. Não havia rotina. Ele incendiava o espírito e a alma das pessoas. Seus gestos e comportamentos surpreendiam tanto seus discípulos que, pouco a pouco, foram lapidando suas personalidades. Você surpreende as pessoas e incendeia o ânimo delas ou as bloqueia?"

(Augusto Cury - O Mestre do Amor - Ed. Academia da Inteligência, São Paulo, 2002 - p. 23/24)

terça-feira, 16 de abril de 2013

RAJA YOGA - OS KLESHAS (1ª PARTE - I)

"A filosofia Samkhya, ensinada pelo Avatar Kapila, na opinião de quase todos os estudiosos, fornece base teórica à Raja Yoga. Mas, também é verdade que a própria Yoga em si já é uma luminosa filosofia autossuficiente. Seu texto básico é o clássico Yoga Sutra, escrito pelo sábio Patanjali. Nelo o problema do sofrimento, da limitação, da insegurança, fragilidade e conflitos que oprimem a existência humana é sabiamente equacionado a partir do estudo de suas causas primeiras, os kleshas. 

Para quem já conseguiu desenvolver o discernimento, tudo é miséria por causa das dores provocadas por mudanças, ansiedades e tendências, como também por conta dos conflitos entre as tendências naturais que o homem encontra em sua natureza, e os pensamentos e desejos predominantes em um particular período de tempo. (Yoga Sutra, II:15).

Lamentável é não termos espaço para analisar este aforismo tão sábio, tão profundo. Não podemos porém deixar de comentar a grave e preocupante afirmação de que, aos olhos do homem sábio (aquele que desenvolveu discernimento), "tudo é miséria" - o que parece deprimente e pessimista demais. Esta é também  a primeira "nobre verdade" (dukha) das quatro enunciadas por Budha no imortal "sermão de Benares", sua primeira pregação. Aos ouvidos ingênuos de otimistas apressados, a afirmação de que "tudo é miséria" soa como um alarme demasiadamente desalentador e derrotista, portanto, contestável e rechaçável. Não foi somente Patanjali e Budha que emitiram tal diagnóstico. Todos os "sábios" o fizeram, isto é, todos que têm "olhos de ver e ouvidos de ouvir".

Um médico, ao emitir um diagnóstico indesejado, é naturalmente visto como pessimista? De fato ele o seria, caso, imprudentemente e contra seu dever, se negasse a propor um procedimento terapêutico apropriado. Quando os grandes sábios diagnosticam a miséria humana não fazem terrorismo intelectual nem sugestão destruidora, e de forma alguma pretendem deprimir ou denegrir a natureza humana. Realmente o fazem os que falam do homem como "filho do pecado", "pecador".

Os sábios não são maus quando denunciam o mal. Eles o fazem por generosos que são. É mau diagnosticar um mal que efetivamente existe e que, ainda ignorado, cresce, aprofunda raízes e se complica? Os grandes médicos da alma e do corpo sabem que quanto mais cedo e precisamente o mal seja identificado, mais fácil, breve e eficaz será o tratamento. O nobre propósito de diagnóstico é indicar a terapia adequada. 

Ao emitir o diagnóstico acima, Patanjali chamou a atenção para o sofrimento humano, que os ingênuos e alienados procuram ignorar ou escamotear com as várias faces do prazer. Aceita a verdade, evidencia-se a necessidade de uma terapia, um caminho, uma solução. Genial terapeuta, Patanjali no sutra seguinte promete:

A dor que ainda não sobreveio, pode e deve ser evitada. (Yoga Sutra, II:16) (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 37/39)


terça-feira, 20 de novembro de 2012

COMPAIXÃO




“A compaixão é, por natureza, gentil, pacífica e delicada, embora também seja muito poderosa.

Aqueles que perdem facilmente a paciência são inseguros e instáveis.

Portanto, para mim, ser dominado pela raiva é um sinal de fraqueza.”

(Dalai-Lama – O Caminho da Tranquilidade – p. 40)