OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


Mostrando postagens com marcador gentileza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador gentileza. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 11 de abril de 2018

SEIS REGRAS PARA O AUTOCONTROLE (1ª PARTE)

"Revisitando as colinas do tempo, quase todos nós podemos ver uma sepultura aqui ou ali, onde enterramos uma boa parte de nós mesmos, após uma erupção vulcânica. E quando afastamos o capinzal, lá está o epitáfio: 'Morreu de um ataque de raiva; foi levado por seu próprio temperamento.' Para que isso não mais nos aconteça, aqui estão seis regras para manter o autocontrole.

1. Aquele que perde a calma sempre perde. Você sempre perde mais do que ganha quando se aborrece. Três minutos de raiva minam suas forças mais do que oito horas de trabalho. É uma enorme tensão sobre seu corpo. Quando você se aborrece, o sangue é impelido para os principais músculos dos braços e das pernas. Assim, você tem mais força física, mas o cérebro, por falta do pleno suprimento de sangue, tem sua eficácia diminuída. É por isso que você diz e faz coisas bizarras. De modo semelhante, você perde o respeito daqueles que testemunham a explosão. A gentileza é uma vencedora, e é aliada da paz no mundo.

2. Conheça seus sinais de perigo. Geralmente existem nuvens no seu céu particular para anunciar a tempestade que se aproxima. Estude-se para descobrir que estados de humor e que momentos são críticos para você.
   Talvez essas tendências andem em círculos. Há pessoas, por exemplo, que passam por um período de mau-humor a cada vinte dias, com rigorosa pontualidade. Tomando cuidados especiais, desviando os pensamentos ou viajando, elas conseguem evitá-los.
   Os momentos mais perigosos podem ser aqueles que se seguem a algum período excitante ou romântico. Outros ficam nervosos quando estão cansados. Mas, mesmo que a sua raiva não siga padrão algum, ela geralmente agita uma bandeira antes de chegar.

3. Reserve um momento para se acalmar. Lembre-se de que os grandes são grandes porque esperam mais cinco minutos. Certo dia íamos de carro em uma avenida onde as pessoas se zangam se você for lento. O motorista, um amigo meu, estava passando por um período difícil. Um bobo alegre, desses que gostam de voar no trânsito, estava a não mais de dez centímetros atrás de nós durante uma subida, guiando um caminhão velho. Ele fazia esforços visíveis para ultrapassar. Finalmente, buzinando a pleno vapor, ele nos ultrapassou tão próximo que por pouco não nos levou a lateral.
    Para piorar as coisas, o jovem pôs a cabeça para fora e gritou algo impublicável. Eu sei o que eu teria feito. Você também, talvez. Mas o meu amigo, cuidadosamente, parou o veículo junto ao meio-fio e permeneceu sentado. Depois de três minutos, virou-se para mim e disse: 'Quando fico aborrecido assim, simplesmente paro o que estou fazendo e espero até passar.' Isso é o que mamãe queria dizer com 'consulte o travesseiro, filho'... (...)"

(Charlie W. Shedd - Seis regras para o autocontrole - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 - p. 45)


quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O VERDADEIRO OCULTISTA

"O verdadeiro Ocultista, ao mesmo que tempo que para si mesmo é o mais severo dos juizes, o mais rígido dos feitores, é para todos ao seu redor o mais compreensivo dos amigos, o mais gentil dos auxiliares. Conseguir esta gentileza e poder de simpatia deveria, assim, ser o desejo de cada um de nós, e isso só pode ser obtido pela incansável prática desta gentileza e simpatia para com tudo, sem exceção, que nos rodeia. Cada futuro Ocultista deveria ser a pessoa, em sua própria casa e círculo, para quem todos mais prontamente acorrem quando na tristeza, na ansiedade, no pecado - certos que estão da sua simpatia, e de sua ajuda. A pessoa mais desinteressante, a mais bruta, a mais estúpida, a mais repelente, deveriam ver nele pelo menos um amigo. Todo anseio em busca de uma vida melhor, cada desejo nascente em direção ao serviço altruísta, toda vontade recém-formada de viver mais nobremente, deveria encontrar nele alguém pronto a encorajar e fortalecer, de modo que todo germe de bem possa começar a crescer sob a calorosa e estimulante presença de sua natureza amorosa. 

Atingir tal poder de serviço é uma questão de autotreinamento na vida diária. Primeiro precisamos reconhecer que o EU em todos é um só, de modo que em cada pessoa com quem entramos em contato devemos ignorar tudo o que é desagradável na casca exterior, e reconhecer o EU entronizado no coração. A próxima coisa a notar - em sentimento, não só em teoria - é que o EU está tentando se expressar através dos invólucros que o obstruem, e que a natureza interna é toda adorável, e é distorcida para nós pelos envoltórios que a contêm. Então deveríamos nos identificar com aquele EU, que na verdade é nós mesmos em sua essência, e cooperar com ele em sua luta contra os elementos inferiores que sufocam sua expressão. E uma vez que temos de agir para com nosso irmão através de nossa própria natureza inferior, o único caminho de ajudar eficazmente é ver as coisas como aquele irmão as vê, com suas limitações, seus preconceitos, sua visão distorcida; e vendo-as assim, e sendo afetados por elas em nossa natureza inferior, ajudá-lo do seu modo e não do nosso, pois só assim se pode prestar um auxílio real. Aqui entra o treinamento Oculto. Nós aprendemos a nos retirar de nossa natureza inferior, a sentir seus sentimentos sem sermos afetados por eles, e deste modo, ao mesmo tempo que experimentamos emocionalmente, julgamos com o intelecto. 

Devemos usar este método quando ajudarmos nosso irmão, e ao mesmo tempo que sentimos como ele sente, como uma corda afinada ecoa a nota de sua vizinha, devemos usar nosso 'eu' desapegado para julgar, para aconselhar, para estimular, mas sempre usando-o de modo que nosso irmão esteja consciente de que é a sua própria natureza superior que está expressando a si mesma através de nossos lábios. Devemos desejar compartilhar o nosso melhor; a vida do Espírito não é guardar, mas dar. Frequentemente o nosso 'melhor' seria indesejável para aquele a quem tentamos ajudar, assim como a poesia refinada não é atraente para a criança pequena; então devemos dar o melhor que ele possa assimilar, guardando o restante, não porque somos ciumentos, mas porque ele ainda não o requer. (...)" 

(Annie Besant - A Doutrina do Coração - Ed. Teosófica, Brasília - p. 2/3


segunda-feira, 24 de julho de 2017

TREINANDO A MENTE (PARTE FINAL)


"(...) 'Treinar' a mente não significa, de modo algum, subjugá-la pela força ou submeter-se a uma lavagem cerebral. Treinar a mente é, antes de tudo, ver de maneira direta e concreta como ela funciona, um conhecimento que você tira dos ensinamentos espirituais e da experiência pessoal na prática da meditação. Aí você pode usar a compreensão para domar a mente e trabalhar habilmente com ela, fazendo-a mais e mais dócil, de modo a poder tornar-se mestre de sua própria mente, empregando-a em seu potencial mais amplo e benéfico. O mestre budista do século oitavo, Shantideva, dizia: 

Se este elefante da mente é atado por todos os lados pelo cordão da presença mental, 
Todo medo desaparece a a felicidade completa emerge.
Todos os inimigos: tigres, leões, elefantes, ursos, serpentes [das nossas emoções]²
E todos os guardiões do inferno; os demônios e os horrores,
Todos se submetem à maestria da sua mente,
E pelo domar dessa mente, todos são subjugados,Porque é da mente que procedem os temores e penas infinitas.³

Como o escritor que só domina a espontânea liberdade de expressão depois de anos de estudo muitas vezes estafante, e tal como a simples graça de uma bailarina só é conquistada com enorme e paciente esforço, quando começamos a entender onde a meditação nos levará, saberemos aproximar-nos dela como sendo o grande empenho da nossa vida, aquele que demanda de nós a mais profunda perseverança, entusiasmo, inteligência e disciplina."

² Os animais ferozes e selvagens que eram ameaça no passado, hoje foram substituídos por outros perigos: nossas emoções selvagens e descontroladas.
³ Marion L. Matics, Entering the Path of Enlightenmente: The Bodhicaryavatara of the Buddhist Poet Shantideva (Londres: George, Allen anda Unwin, 1971), 162.

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 88

domingo, 28 de agosto de 2016

VENHA PARA A VERDADE QUE FLUI DE MINHA ALMA

"Eu gostaria que estas verdades fossem ensinadas na infância. Elas deveriam ser repetidas nos ouvidos das crianças. As lições aprendidas no início da vida deixam marcas duradouras. Quando eu era pequeno, um dia decidi que jamais me zangaria; nunca quebrei a promessa feita a mim mesmo. Às vezes falo rispidamente, mas por dentro jamais me zango com alguém. Não gosto de falar assim, mas tenho que fazer isso ocasionalmente, pois há indivíduos que guardam melhor as palavras que lhes são ditas com firmeza. Por dentro tenho muita paz. Se você é uma pessoa pacífica, ninguém consegue roubar sua tranquilidade, a não ser que você mesmo a entregue por descuido. Deste núcleo de paz, eu ensino com princípios de amor e gentileza; é a melhor maneira. Se isso for mal entendido por alguém, fico em silêncio e deixo a pessoa em paz.

Vocês vêm aqui para obter a verdade pura que flui de minha alma. Mesmo que só uma pessoa receba esta verdade e se transforme, terei contribuido muito mais do que se milhares de pessoas apenas se emocionassem com minhas palavras.

Não quero nada de vocês, apenas que se alegrem em Deus. E vocês não querem nada de mim, só a sabedoria e a alegria de Deus. A pessoa espiritualizada convive bem com todos - ainda que os outros nem sempre convivam bem com ela - porque esta pessoa compreende, tem empatia e tenta trazer todos a Deus.

Jesus disse: 'Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não hão de passar'.¹ Prepare-se agora para ser um instrumento da verdade. Eu costumava dizer aos alunos da minha escola na Índia que não bastava falar a verdade esperando perdão: é preciso falar a verdade e aceitar de bom grado qualquer consequência desagradável por causa dela. Faça um esforço para viver bem com os outros oferecendo bondade, amor e compaixão; mas sempre que surgir uma falsidade, oponha-se firmemente. Jamais coopere com a falsidade."

¹ Lucas 21:33.

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 152)


sábado, 20 de agosto de 2016

RETA AÇÃO (2ª PARTE)

"(...) Qual deve ser a natureza do mérito da ação, as qualidades que devem marcar o seu mérito? Os termos em que a resposta a esta pergunta pode ser dada parecem diferentes, segundo o ponto de vista. Listarei algumas qualidades nas quais geralmente não se pensa com relação à ação potente e eficaz, e depois acrescentarei algumas outras.

Primeiramente, deve haver inocência - a ausência de qualquer motivo, intenção, desejo ou pensamento de ferir ou lançar a mais leve sombra sobre a felicidade de outra pessoa, muito menos coisas grosseiras tais como má vontade e malícia.

Segundo, deve haver gentileza, tornando a ação tão útil quanto possível à pessoa que é objeto da ação; mesmo que seja uma operação cirúrgica deve-se evitar toda dor desnecessária. Deve haver um temperamento que seja uma perfeita adaptação à necessidade da pessoa a ser auxiliada. 

Terceiro, lisura, de modo que na adaptação não haja a mancha do engano ou da fraqueza.

Quarto, inteligência e discrição, sem as quais qualquer ação carecerá de claras linhas de definição e movimento, e não se moverá dentro de suas próprias fronteiras.

Quinto, precisamos de perseverança e diligência, pois como trabalhamos no tempo, toda ação tem de ser sutentada durante um período que testa o requisito força de propósito, e muitas vezes a meta só é alcançada após certas pausas e reflexões ou desvios de movimento.

Por fim, deve haver as qualidades de justiça e responsabilidade; sem a primeira toda ação é errada, e a segunda dá um reconhecimento das obrigações a nós imbuídas por cada situação, e a relação do ato particular maior com o esquema que, do ponto de vista mais elevado, é trabalho em apoio ao plano divino. (...)

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 74)


sábado, 14 de maio de 2016

MUDANDO O MUNDO

"Gentileza e carinho não podem ser reservados apenas a nossos amigos e parentes. Assim, a sociedade não mudará em nada. Precisamos nos aproximar das pessoas estranhas, não apenas daqueles que se parecem conosco.

Se conseguíssemos que todo mundo realizasse alguns atos de bondade diariamente, poderíamos começar a mudar o mundo. Nossos dias pareceriam mais suaves, acumularíamos pequenas alegrias e nossa esperança no futuro seria reforçada. (...)

Todos os verdadeiros mestres da humanidade, desde o início dos tempos, vêm falando sobre amor e compaixão em nossos relacionamentos e em nossas comunidades. Não desperdiçaram seu tempo nos instruindo sobre como acumular riqueza material em excesso às custas dos outros. Não nos ensinaram a ser maus, autocentrados, rudes ou arrogantes.

O verdadeiro mestre apontará a direção, mostrando o que é importante para nossa evolução espiritual e o que não é importante, o que pode ser um impedimento ou um obstáculo. Cabe a nós traduzir seus ensinamentos em nossa vida cotidiana. Sendo solidários e carinhosos, praticando atos de amor."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 164/165)


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

MANSUETUDE

"Para sermos violentos basta-nos a ignorância, o agir instintivo, basta ser ególatra, basta ser um fraco, basta padecer frustração e infelicidade.

Aí está por que é tão espontâneo e fácil ser cruel e movido pela ira, ser queimado pelo ressentimento, ser levado pelo revanchismo...

Ao contrário, para ser não violento, muitas qualidades espirituais devem ser cultivadas: coragem, generosidade, sabedoria, fortaleza e bem-aventurança.

O indivíduo bruto, sempre disposto ao ódio, à inveja, muito suscetível ao medo, ao apego, às aversões, comporta-se como uma inquieta e perturbadora máquina de agressão, erros, injustiças e contravenções.

O mundo precisa que aumente o número de pessoas não violentas, de pessoas benevolentes.

'Onde houver ódio, que eu leve o Amor'."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 198/199)


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

GROSSERIA

"Palavras grosseiras são assassinos impiedosos das amizades antigas e da harmonia dos lares. Tire-as de seus lábios para sempre e deixe sua vida familiar livre de tribulações. Palavras doces e sinceras são néctar para almas sedentas. 

Faça-se sedutor envergando o traje elegante da linguagem genuinamente cortês. Em primeiro lugar, seja bem-educado com seus parentes próximos. Quem age assim normalmente é gentil com todas as pessoas. A verdadeira felicidade doméstica tem por base o altar da compreensão e das frases polidas.

Para ser gentil, não é necessário concordar com tudo; mas, se não concordar, permaneça calmo e cortês. É fraqueza humana ceder à cólera e à irritação; é força divina conseguir refrear os cavalos selvagens do temperamento e da fala. Não importa qual seja a provocação, contenha-se e, apelando para a calma do silêncio ou para a gentileza autêntica das palavras, mostre que seu cavalheirismo é mais forte que o destempero do agressor. Frente à luz suave de seu perdão, todo o ódio reunido de seus inimigos se dissolverá."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Espiritualidade nos Realacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 27)


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O SERVIÇO É A TÔNICA DA AMIZADE

"Cultive a verdadeira amizade, pois só assim você atrairá amigos verdadeiros. A verdadeira amizade consiste nos préstimos mútuos, no auxílio aos amigos em situação difícil, na simpatia pelo sofrimento, no conselho em pleno infortúnio, no socorro financeiro em ocasiões de real necessidade. O amigo se rejubila com a boa sorte dos amigos e ampara-os na desgraça. Esquece prontamente os prazeres egoístas e o interesse próprio em favor da felicidade dos amigos, sem consciência de perda ou sacrifício e sem avaliar custos. 

Nunca seja sarcástico com um amigo. Não o lisonjeie exceto para encorajá-lo. Não concorde com ele quando estiver errado. A amizade autêntica não pode testemunhar com indiferença o prazer falso e prejudicial de um amigo. Isso não quer dizer que você deve brigar com ele. Faça sugestões mentais; ou, caso seu parecer for solicitado, dê-o com gentileza e amabilidade. Só os idiotas brigam. Os amigos discutem suas diferenças.

Pessoas há que não confiam em ninguém e até duvidam da possibilidade de ter algum dia amigos verdadeiros. Alguns chegam mesmo a gabar-se de que não precisam deles. Se você não conseguir ser amigável, desrespeitará a lei divina da autoexpansão, pela qual a alma evolui e se transforma em Espírito. Nenhum homem incapaz de inspirar confiança e de ampliar o reino de seu amor e afetividade por outros territórios da alma pode esperar que sua consciência mergulhe na Consciência Cósmica. Se você não conseguir atrair corações humanos, não atrairá o Coração Cósmico."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 35
www.editorapensamento.com.br


quarta-feira, 8 de abril de 2015

CRÍTICA DESTRUTIVA

"Há dois tipos de crítica: a construtiva e a destrutiva. Quando feita a pessoas que não gostam de ser censuradas, é destrutiva. A crítica construtiva limita-se a dar conselhos para o despertar da alma de amigos que querem e pediram sua ajuda. A crítica construtiva deve ser feita em tom amigável. 

Não será fácil para você criticar os outros de maneira correta e gentil antes de criticar-se a si mesmo com severidade. Se conseguir visualizar claramente as faltas alheias com simpatia, como se fossem as suas, então estará tomando uma atitude correta. A crítica tácita é pior que a crítica em palavras. Nada mais tolo do que censurar os outros no íntimo, em silêncio. Elimine da mente toda crítica adversa a seus semelhantes.

Critique os outros amavelmente com um olhar ou com uma ligeira sugestão, usando um mínimo de palavras quando a pessoa houver solicitado seu parecer. Não faça a mesma crítica mais de duas vezes. Lance suas observações amáveis como sementes que irão germinar no solo das almas receptivas. Se essas almas quiserem cultivá-las, tanto melhor para elas. Você não pode forçar ninguém a fazer o que não quer. Com a crítica certa na hora certa, ajudará em muito as pessoas. 

Quando as escamas da ignorância caírem de seus olhos interiores, você conseguirá avaliar exatamente os pontos fortes e fracos dos outros. Aprenderá não apenas a ser tolerante, mas também a reverenciar somente o que é bom e a ignorar o que é psicologicamente nocivo.

Nós nos perdoamos em toda e qualquer circunstância. Por que então não perdoar os outros em toda e qualquer circunstância? Quando estamos errados, não gostamos de alardear nossos erros; mas, quando os outros erram, apressamo-nos a desmascará-los imediatamente. Possuídos pelo amor de Deus, tornamo-nos críticos divinos. Um crítico divino é um curador que tem a coragem de assumir a desagradável responsabilidade de corrigir seus próprios filhos com um único objetivo em mente: melhorá-los."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 28/29)
www.editorapensamento.com.br


quinta-feira, 26 de março de 2015

LIÇÕES QUE PODEMOS APRENDER COM OS OUTROS (1ª PARTE)

"A coisa espiritualmente mais útil que podemos fazer pelos outros é nós mesmos nos tornarmos verdadeiramente compreensivos, gentis e amorosos. A melhor maneira de mudar os outros é primeiro mudar a si próprio. Quando nos tornamos mais pacíficos, calmos e amorosos, não podemos deixar de influenciar, de modo similar, aqueles que estão próximos de nós.

Existem muitas maneiras de produzir uma mudança espiritual em nós mesmos. A mais importante delas é a meditação. É preciso fazer um esforço para estabelecer um relacionamento pessoal com Deus, de modo que em sua consciência o Senhor já não seja apenas um nome ou um Ser remoto, mas uma realidade tangível, amorosa. Nesse relacionamento, o devoto goza de tamanha segurança, paz, alegria e amor que reage a tudo neste estado de realização interior.

Nós reagimos aos outros, positiva ou negativamente, de acordo com suas vibrações. Não devemos, porém, ficar satisfeitos com essa reação humana; estamos na Terra para compreender que todos são almas, feitas à imagem de Deus. 

É muito fácil expressar o que existe de melhor dentro de nós quando encontramos alguém por quem nos sentimos espontaneamente atraídos. Mas também é uma grande verdade que a familiaridade gera desrespeito. Quando estamos com aqueles que amamos e que nos amam, nunca devemos tirar proveito deles. Se o amor tem de ser perfeito e duradouro, será acompanhado sempre de respeito. Sem respeito, o verdadeiro amor é gradualmente sufocado e destruído. Respeito significa lembrar-se, sempre, de que a outra pessoa é uma alma, feita à imagem do Divino. (...)"

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 61/62)


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

TODOS ESTAMOS DOENTES NO TERRITÓRIO DA EMOÇÃO

"Não há uma pessoa nesta terra que não esteja doente no território da emoção. Uns mais e outros menos. Uns manifestam seus conflitos e outros ficam represados. Mas todos temos, em diferentes graus, dificuldades de administrar nossos pensamentos. Quem consegue gerenciar plenamente seus sentimentos e ser senhor de sua emoção?

O maior doente é o que não reconhece a sua fragilidade. Cuidado! Como disse, temos no máximo cinco segundos para criticar silenciosamente as zonas de tensão da emoção e não permitir que elas se tornem matrizes doentias na memória e, consequentemente, evitar que gerem ideias fixas. Não deixe que as ofensas estraguem seu dia. Não permita que os fracassos façam de você uma pessoa tímida e inferiorizada. Não se puna diante dos seus erros. O sentimento de culpa deve ter uma dose suficiente para fazê-lo reconhecer as suas falhas e mudar suas rotas. Atenção! Se o sentimento de culpa for exagerado, ele paralisará sua emoção e o controlará.

Podemos inferir, do ponto de vista psicológico, que Jesus passou pelo mais dramático e contínuo estado de stress que um ser humano pode passar. Portanto, era de se esperar que quando ele abrisse a boca, aparecesse um homem radical e agressivo, mas eis que apareceu um homem extremamente gentil e agradável.

Era crível que surgisse um homem que desse pouco valor à vida, mas eis que apareceu alguém, que gostava de olhar os lírios do campo. Era previsível que fosse gerado um revoltado, um especialista em reclamar e julgar os outros, mas eis que surgiu um homem, dizendo: 'Felizes são os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia'. Quem é esse que exala gentileza na terra árida pelo stress?"

(Augusto Cury - O Mestre do Amor - Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2002 - p. 45/46)

domingo, 15 de dezembro de 2013

SEM COMUNICAÇÃO, AUMENTA A INCOMPREENSÃO (PARTE FINAL)

"(...) Uma dificuldade com a maioria de nós é que estamos tão ocupados em fazer prevalecer nosso próprio ponto de vista, tentando convencer disso a outra pessoa, que não lhe damos a oportunidade de manifestar a sua opinião. Quando você tiver dificuldades com alguém, sempre lhe dê atenção suficiente, deixando que ele 'desabafe'. Não importa quão detestável, emotivo, ele seja, não o interrompa. Deixe-o falar. A seguir, responda com tranquilidade e gentileza. Mesmo que possa estar dizendo as coisas mais cruéis sobre você, escute-o com respeito ao mesmo tempo em que interiormente diz a Deus: 'É assim mesmo? Estou interessado na verdade. Se sou assim, Tu deves ajudar-me, Senhor, a superar minha falha e modificar-me.' Mas se a pessoa for abusada a ponto de esquecer as conveniências e ofender princípios espirituais, e não apenas o ego e o orgulho pessoal, é nosso dever resistir com a mesma tenacidade do aço. Ofender princípios divinos é ofender a Deus, e nunca devemos ser cúmplices nisso. Jesus nunca se defendeu, mas foi enérgico em atos e palavras quando a retidão era violada.

Nosso dever como filhos de Deus neste mundo, portanto, é buscar a compreensão: compreensão de si mesmo, dos outros, da vida e, acima de tudo, de Deus. Este mundo poderá ser um lugar melhor somente quando reinar a compreensão no coração e na mente das pessoas. Os indivíduos precisam aprender a conviver uns com os outros antes que as nações algum dia possam ter a esperança de consegui-lo."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 47/48)


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A CURA PELA GENTILEZA (PARTE FINAL)

"(...) Um desejo de boa vontade sentido no fundo do coração é um ato de gentileza. Quando queremos doar mas estamos de mãos vazias, tudo que podemos fazer é uma oração quieta e sincera para que tudo corra bem com uma determinada pessoa. A gentileza começa consigo mesmo. Cuidado com a autocondenação; ninguém nos leva ao inferno senão nós mesmos. Cultivamos a gentileza ouvindo profundamente, ouvindo com o coração aberto. Ouvir é manter-nos quietos para que possamos ouvir a voz silenciosa de nosso irmão.

O amor é um conceito abstrato, mas a gentileza ajuda a entendê-lo. A ternura para com um irmão ou irmã pode ser expressa por meio de um olhar gentil, uma presença quieta e amorosa, um sorriso ou um tapinha no ombros. Guerras e conflitos existem porque não somos gentis. Nossas mentes e coraçóes abrigam sentimentos de agravo. Podemos ajudar a curar a humanidade por meio de uma pequena e persistente gentileza. (...) 

Algumas pessoas são naturalmente gentis. Se você não o é, decida tornar-se. Essa decisão deve vir sem preconceitos, com gentileza em todas as circunstâncias. Quando se é provocado, a coisa mais difícil é nada fazer - e isso também pode ser gentileza. Quando as pessoas à sua volta não são gentis, quando lançam sobre você emoções negativas, o reflexo natural é retrucar. Mas quando você não retalia em sua mente, está sendo gentil. Gentileza em pensamentos significa percepção; percepção significa não julgamento.

Podemos estudar e conversar a respeito de coisas profundas e sublimes, mas no final toda essa informação pode ser esquecida. Podemos ouvir muitas coisas, mas sempre relembraremos o que sentimos. O que permanecerá conosco é a gentileza que experenciamos entre nós."

(Gina Paraoan - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 37)


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A CURA PELA GENTILEZA (1ª PARTE)

"Se existe uma medida de espiritualidade observável em nosso relacionamento com as pessoas e com o mundo, é a gentileza amorosa. Se a humanidade se voltasse para a gentileza provavelmente auxiliaria a cura de doenças adquiridas ao se causar dano aos corpos físico, mental e emocional. Provavelmente não precisaríamos de instituições de saúde mental, onde os pacientes não sabem mais como ser gentis consigo mesmo. Se já tivessem experenciado a gentileza suficientemente, para que ela deixasse uma marca indelével em sua consciência, eles certamente teriam uma mente sã.

Gentileza é o resultado natural da unidade, de uma consciência de que aquilo que me cria e me constitui é a mesma vida em você e em todas as coisas. A vida em mim é a vida em você. Deus em mim é Deus em você. Deus não é menor no portador de deficiência ou no mendigo que pede esmolas.

Você já observou quando um amigo lhe ofende? Sua tendência é desviar o olhar, mas quando a pessoa não está por perto, a irritação se infiltra. Você quer manter o rancor, e por isso se mantém distante. Porém, tente olhar a pessoa nos olhos. A gentileza falará ao seu coração dizendo que este é o seu irmão. A dor que ele infligiu provavelmente é um momento de não reconhecimento da vida una, esse fio de vida que une toda a humanidade como uma família, como um organismo indivisível. Esse não reconhecimento ocorre porque nossa visão interior às vezes fica turva, quando nossas necessidades pessoais nos oprimem. 

Gentileza não é condescendência. Não sou forçado a ser gentil porque levo vantagem sobre você. Sou gentil porque aquilo que eu sou você pode se tornar. Somos iguais. Esse tipo de gentileza responsabiliza aqueles que esqueceram sua força interior. Deixemos a face de nosso Deus na porta de nossos templos, porque o Cristo, o Maomé, o Buda que conhecemos não são reais; porque na verdade Deus simplesmente não tem um rosto ou um nome. Você consegue olhar para alguém em algum lugar e dizer, em seu coração, 'és Deus?' Se não colocarmos Deus numa caixinha, é mais fácil conhecê-lo. Mas, certamente, será difícil explicá-lo.Se digo que Deus é gentil e encontro alguém zangado, não consigo reconhecer Deus nessa pessoa; então, será difícil ser gentil. Gentilieza não significa apenas doar. É mais uma atitude de coração. Se você a possui, as pessoas irão senti-la, porque você se tornará uma presença benevolente. (...)"

(Gina Paraoan - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 37)


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

AQUIETANDO-SE NATURALMENTE (2ª PARTE)

"(...) Certamente é bom ser crítico no sentido correto; é um sinal de que viveka, ou a faculdade de discernir, está devidamente ativa. Mas esse tipo de observação deve estar livre do elemento pessoal. O verdadeiro viveka não produz reações nem memórias que distorçam o relacionamento. Por outro lado, a atitude não pessoal dá origem a sentimentos de gentileza e de compreensão das lutas que as outras pessoas travam. Ser verdadeiramente impessoal ou estar simplesmente dizendo ‘eu não sou pessoal’ depende de se estar calmamente perceptivo do que acontece, não tendo resíduos ou imagens na mente.

Como outro exemplo, podemos olhar nossa reação a um problema de saúde. Essa experiência, abordada corretamente, pode ensinar o impessoalidade. O corpo é útil e deve ser cuidado, mas não deve receber importância como posse pessoal. Será que podemos olhar para ele com desapego, como se fosse o corpo de outra pessoa que nos é entregue sob custódia? Ele não é ‘nosso’, exceto durante algum tempo. Como assinalou Lewis Thomas, ‘os microorganismos que fazem colônias no corpo podem muito bem dizer ‘ele é nosso’. Mas por enquanto ele é uma boa ferramenta no plano físico.

A perspectiva pessoal e a reação pessoal são como uma ferida na mente, uma fonte de irritação. Se aprendemos a ser pessoais ou um tanto não pessoais (a palavra impessoal sugere falta de sentimento, mas os bons sentimentos caracterizam a mente não pessoal), poderemos descobrir que existe muito menos atividade e agitação mental. (...)"

(Radha Burnier – Revista Sophia, nº 33 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília – p. 41)


terça-feira, 13 de agosto de 2013

SUPERAR AS EMOÇÕES NEGATIVAS (2ª PARTE)

"(...) Mesmo enquanto se empenha em melhorar, aprenda a ser ímpar, confiante em suas próprias virtudes e em seu próprio valor. Se quer que os outros creiam em você, lembre-se: não são apenas as suas palavras que produzem efeito, mas sim o que você é e o que você sente interiormente - o que está em sua alma. Procure ser sempre um anjo no seu interior, não importa como os outros ajam. Seja sincero, gentil, afetuoso e compreensivo. 

Quando alguém se aproximar de você com raiva, mantenha o autocontrole. 'Não vou me exaltar. Continuarei expressando a calma até que os sentimentos dessa pessoa mudem.' Quando um ente querido (...) testa nossa paciência além dos limites, devemos nos retirar para um lugar quieto, trancar a porta e praticar alguns exercícios físicos e relaxar da seguinte maneira: sente-se numa cadeira firme, com a coluna vertical ereta. Lentamente, inspire e expire doze vezes. Então afirme, profunda e mentalmente, dez vezes ou mais: 'Pai, Tu és harmonia. Que eu reflita a Tua harmonia. Harmoniza esse meu ente querido atacado pelo erro'. A pessoa deve afirmar isso até sentir, por meio da profunda sensação de paz e tranquila confiança que vai descendo sobre ela, que Deus ouviu e que lhe respondeu. (...)

'A ira brota apenas de desejos contrariados' [dizia Sri Yukteswar]. 'Não espero coisa alguma dos outros; portanto, suas ações não podem estar em oposição aos meus desejos.'

Se alguém o magoar profundamente, você guardará lembrança disso. Entretanto, em vez de se concentrar nesse acontecimento, você deveria pensar em todas as coisas boas relativas à pessoa que o magoou e em tudo de bom que você teve na vida. Não ligue para os insultos que recebe. 

Concentre-se em tentar contemplar Deus no seu inimigo, pois, agindo assim, você se livra do maléfico desejo de vingança que destrói a sua paz mental. Plantando rancor sobre rancor, ou dando ódio em troca de ódio recebido, não só você aumenta a hostilidade do inimigo a você, mas se envenena física e emocionalmente com sua própria peçonha.(...)"

(Paramahansa Yoganada - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 138/140)


segunda-feira, 10 de junho de 2013

LIDAR COM RELACIONAMENTOS DESARMONIOSOS (1ª PARTE)

"A lei básica para um comportamento humano correto é a autorreforma. Sempre que houver qualquer dificuldade no nosso relacionamento com amigos ou familiares, deveríamos interiormente nos censurar por nos termos colocado numa situação desagradável, tentando sair dela o mais rápido e elegantemente possível. É inútil agravar o problema reprovando os outros, com gritos, falta de amabilidade e cortesia, mesmo quando acharmos que a culpa é deles. Aos entes queridos que sejam geniosos, podemos ensinar a corrigirem suas falhas dando-lhes um bom exemplo, e isso é cem vezes melhor do que utilizar palavras ásperas ou presunçosas.

Quando há um conflito, pelo menos duas partes estão envolvidas. Portanto, não há briga se você se recusa a dela participar. Se alguém se dirigir a você numa linguagem agressiva, guarde silêncio ou diga: "Desculpe-me se fiz algo que o ofendeu" e então permaneça calado.

O homem espiritualizado vence a ira com a calma, extingue querelas com o silêncio, dispersa a desarmonia com palavras suaves e envergonha a descortesia mostrando consideração para com os outros. Não existe ação mais libertadora do que sinceramente oferecer às pessoas gentileza em resposta a grosseria.

Nunca seja mesquinho. Não alimente ressentimentos contra quem quer que seja. Prefiro pecadores de bom coração às chamadas pessoas boas que sejam intolerantes e destituídas de compaixão. Ser espiritualizado é ter mente aberta, compreender e perdoar, e ser amigo de todos. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 130/132)


sexta-feira, 17 de maio de 2013

PLANTE BONS HÁBITOS E COLHA RESULTADOS COMPENSADORES


"Se semear gentileza, você colherá gentileza. Se, porém, você for amável com alguém durante anos e ele nada lhe deu exceto dissabores, lembre-se de que em prévias existências você plantou sementes de descortesia que agora estão trazendo seus justos frutos. Você precisa ter paciência; espere que as sementes que lançou agora produzam frutos na estação certa. Você não pode plantar uma semente hoje e obter uma árvore cheia de frutas amanhã. No devido tempo, a semente produzirá uma árvore. Plante bons hábito hoje, espalhe bondade hoje, neste mundo: em seu próprio tempo, produzirão resultados compensadores. Se o fruto que você está colhendo hoje é azedo, não se lamente por isso, nem sinta pena de si próprio. Você mesmo plantou as sementes que estão produzindo essa fruta amarga. Aceite a situação como homem, por assim dizer. Levante-se e aceite o dissabor com coragem e paciência. Aceite-o com fé em Deus."

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship - p. 35)


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

TOLERÂNCIA (3º PONTO DE CONDUTA)


"(§40) Deves sentir perfeita tolerância por todos e um sincero interesse pelas crenças daqueles de outra religião, tanto quanto pela tua própria. Porque a religião dos outros é um caminho para o Supremo, da mesma forma que a tua. E para auxiliar a todos deves a todos compreender.

(§41) Mas a fim de alcançar esta perfeita tolerância, deves, tu próprio, em primeiro lugar, libertar-te do fanatismo e da superstição. Tens de aprender que não há cerimônias necessárias; senão pensarias ser de algum modo melhor do que aqueles que não as praticam. Não deves, porém, condenar os outros que ainda se apegam a cerimônias. Deixa-os fazer conforme sua vontade; mas eles não devem intrometer-se contigo que sabes a verdade - não devem tentar forçar-te àquilo que já ultrapassaste. Sê indulgente com todos: sê amável em tudo.

(§42) Agora que teus olhos estão abertos, algumas de tuas antigas crenças, tuas antigas cerimônias, podem parecer-te absurdas; talvez, de fato, elas realmente assim sejam. Contudo, ainda que não possas mais tomar parte nelas, respeita-as por amor aquelas boas almas para quem elas ainda são importantes. Elas têm o seu lugar e a sua utilidade; são como aquelas linhas duplas que, quando criança, guiavam-te para escreveres em linha reta e na mesma altura, até que aprendeste a escrever muito melhore mais livremente semeias. Houve um tempo em que delas necessitaste; agora, porém, aquele tempo já passou.

(§43) Um grande Instrutor escreveu certa vez: "Quando eu era criança, falava como criança, entendia como criança, pensava como criança; mas quando me tornei homem, deixei os modos infantis". No entanto, aquele que esqueceu sua infância e perdeu a simpatia pelas crianças não é o homem que as possa ensinar ou auxiliar. Assim, considera amável, gentil e tolerantemente a todos; mas a todos igualmente, sejam budistas ou hindus, jainistas ou judeus, cristãos ou maometanos."

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)
www.editorateosofica.com.br/loja