OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


Mostrando postagens com marcador estímulo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador estímulo. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

O OBSERVADOR E O OBSERVADO (1ª PARTE)

"Em qualquer discussão sobre a doutrina do karma, geralmente ela é descrita sob três categorias: São elas, samcita, ou acumulado, prãrabdha ou operativo e ãgami, ou o futuro. Samcita contém todas as tendências acumuladas que se tornam ativas quando provocadas por estímulos externos. É óbvio que essas tendências não se tornam ativas todas de uma vez, mas apenas quando surgem provocações e estímulos. As tendências que vão sendo ativadas constituem as condições de prãrabdha. O homem considera prãrabdha como uma grande limitação; isso se deve ao fato de que ele deve funcionar sob a força que compele as tendências ativadas. Ãgami, ou o karma futuro, depende de novas tendências  que são geradas no decorrer de nossas ações no presente. Sabe-se que as tendências inativas e não maduras não constituem qualquer problema. É a tendência que se tornou ativa e operativa que faz de prãrabdha um problema. É verdade que não é possível eliminar todas as tendências acumuladas, por não sabermos o que são. Tornamo-nos cônscios delas quando são estimuladas sob provocações externas. É claro que não podemos saber quais são as tendências que serão evocadas como resultado de estímulos externos. Mas, se pudéssemos estar em um estado de consciência que tornasse as tendências estimuladas inoperantes no mesmo instante em que despertassem, então, certamente, não precisaríamos ter qualquer temos quanto ao futuro. Tal estado de consciência de uma só vez resolve o problema do karma com relação ao passado, presente, e futuro. O segredo está em tornar as tendências inoperantes, sempre que forem estimuladas pelas provocações do ambiente externo. Se o homem pudesse viver sujeito a todas as provocações e, ainda assim, manter as tendências inoperantes, com certeza não temeria o que pudesse acontecer. Para tal pessoa o futuro cessaria de ser um problema. Sua ação no presente torná-lo-ia livre das compulsões tanto do passado quanto do futuro." 

(Rohit Mehta - Yoga a arte da integração - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 93)


terça-feira, 6 de outubro de 2020

O PROBLEMA DA COMUNICAÇÃO

"O Bhagavad-Gitã diz, no terceiro capítulo, que o homem não pode ficar, mesmo que por um momento, sem agir. Viver é agir, e, portanto, a ação é parte da própria vida. Porém, a maioria de nossas supostas ações são meras respostas a estímulos exteriores ou interiores. Nossas ações provocadas por esses estímulos ou desafios da vida são mais de natureza de reações. Reagimos aos estímulos da vida. É o fenômeno da resposta ao desafio que conhecemos. Não conhecemos o desafio sem resposta, nem resposta sem desafio. Em nossa consciência foram construídos inúmeros centros de reação. Na verdade, nosso movimento na vida é motivado pelas tendências reativas. Patañjali, no início de seus Yoga-Sutra, define o Yoga como uma condição em que tenham cessados todas as tendências reativas. Reação significa continuidade e, assim, tais tendências são todas provenientes de centros de continuidade. O pensamento obviamente é um centro de continuidade. O movimento do pensamento é, de fato, um movimento de continuidade. Se Yoga é liberdade das tendências reativas, decerto, indica que a consciência deve ser livre do processo contínuo do pensamento.

Vimos que o que mantém a corrente contínua do pensamento é o pensador. Uma simples mudança no processo do pensamento apenas substitui um centro reativo por outro. Somente quando o pensamento desaparece é que o próprio centro de reação é dissolvido. A ação pura exige a eliminação do pensador, do observador, ou daquele que experimenta. Quando isso acontece, há uma resposta sem um desafio, uma ação sem um estímulo. Se o amor precisa de estímulo para a ação, nesse caso não é absolutamente amor. O amor é uma resposta sem um estímulo. E, desse modo, unicamente o amor é ação pura - tudo o mais são meras reações."

(Rohit Mehta - Yoga a arte da integração - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 199)
www.editorateosofica.com.br