"Uns acham que não existe, pois temos o livre arbítrio; outros afirmam que tudo já está escrito. Existiria um caminho do meio?
Pensei em refletirmos sobre nossa vida futura a partir de nossos atos de hoje. Por exemplo: vamos imaginar que tudo que fazemos, pensamos e sentimos tece uma espécie de teia, com faz a aranha. No final de cada dia, um pedaço dessa teia estaria formada. E nós caminharíamos por ela. No fim de uma semana, nossas ações já teriam criado uma teia maior, e assim sucessivamente. Após meses e anos, qual seria o resultado de nossa criação física, emocional e mental? Uma grande teia estaria tecida e nós teríamos que circular por ela, junto com quem nos relacionamos, que são também tecelões.
No ir e vir por essa teia, com o passar do tempo reencontraríamos amigos e desafetos, boas lembranças e recordações amargas, alegrias e dores, amores e rancores, caminhos abertos ou barreiras. Enfim, a nossa vida seria o resultado do que aprontamos.
Se for válido pensar assim sobre, podemos inferir que hoje somos o resultado do que geramos num passado qualquer, próximo ou distante.
Provavelmente já batemos e apanhamos, já acariciamos e fomos acariciados nesse nosso longo percurso evolutivo. E para haver justiça, nos ensinam que tudo fica gravado nos registro indeléveis da Natureza, esperando que o reequilíbrio se faça. Como? Através da compreensão e da reconciliação. Não foi por acaso que nascemos na mesma família: A GRANDE FAMÍLIA HUMANA. Quem vai dar o primeiro passo?
Li e repasso: 'O primeiro a pedir desculpas é o mais corajoso. O primeiro a perdoar é o mais forte. E o primeiro a esquecer é o mais feliz!'
Vamos!"
Fernando Mansur, Escrita Divina, Edição do Autor, 2017, p. 52.
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