No trajeto de ida, a alma é ainda jovem e acha que pode tudo, que tudo é dela, sonha com riquezas e posses e quer conquistá-las a todo Custo. Faz parte de nossa etapa evolutiva adquirir bens materiais que nos deem prazer, como brinquedos para uma criança.
O tempo passa e chega a hora de trilharmos o Caminho de Volta.
A alma sofrida e amadurecida começa a entender que nada lhe pertence. Surge a compreensão interior de que somos apenas administradores dos bens e dons recebidos. A vida é uma e una e tudo é de todos e de ninguém.
É quando a luz se acende, a ficha cai e o esplendor se faz presente.
Depois de muito peregrinar o ser se ilumina e finalmente entende essa máxima divina: 'Quem não quer nada pode dar tudo.'
Lenta e persistentemente a senda é seguida, o caminho vai se abrindo e o ser sente que nada mais lhe falta, pois ele não está mais preso a nada. Só tem compromisso com sua missão, seu dharma, sua obrigação: Servir.
A maioria de nós ainda se encontra no meio do caminho (buscando o caminho do meio), saindo da adolescência espiritual e nos preparando para nova etapa de nossa trajetória.
Periodicamente a Vida se apresenta mais intensamente, nos impulsionando a ser quem verdadeiramente somos. Luzes.
Vamos!"
Extraído do livro "Escrita Divina", de Fernando Mansur, Rio de Janeiro, Edição do autor, 2017, p. 139.
Imagem: Pinterest.
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