"Nosso cérebro entende que as coisas que colocamos foco são mais importantes e relevantes para nós. Por exemplo, se começarmos a reclamar da falta de dinheiro nossa mente acaba focando na falta, na escassez e no problema. Inconscientemente seu cérebro passa a dar valor para isso e, sem saber, você acaba se sabotando para não sair deste ciclo. Essa sabotagem vem em forma de desculpas, falta de atitude ou simplesmente gastando seu tempo e energia reclamando ao invés de encontrar as soluções.
Reclamação é o oposto de gratidão. Etimologicamente, reclamar vem da palavra 'clamar'. Esta, tem o significado de pedir intensamente. Reclamar significa clamar duas vezes. Na prática, ao reclamar, você está pedindo que o seu problema venha em dobro. Emquanto o foco das ações e pensamentos forem os problemas e quanto mais tempo você gastar reclamando, mais problemas você terá e maior será a importância deles na sua mente e na sua vida.
O oposto também ocorre. Sempre que acontecimentos, gestos, palavras ou pequenos detalhes de nossas vidas são dignos de atenção e agradecimento nos condicionamos a ver o lado bom da vida. Isso faz com que nosso cérebro aumente o nível de dopamina, o neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar, humor e prazer. Por consequência, quanto mais liberação de dopamina acontecer, mais satisfeitos e felizes nos sentiremos. E, dessa forma, mais desejamos nos sentir assim.
A situação não para por aí. O contentamento costuma se externar, interferindo na forma como conduzimos nossas relações e atitudes. Desta maneira, nos tornamos mais agradáveis, extrovertidos e abertos a novas oportunidades.
A gratidão, é uma espécie de felicidade cíclica. Ela funciona mais ou menos assim:
1. Algo de bom acontece;
2. Percebemos, reconhecemos, desfrutamos e ficamos agradecidos por isso;
3. Nosso cérebro responde com a elevação de dopamina;
4. A sensação de prazer nos alegra, nos deixa com mais disposição, mais vívidos e otimistas;
5. Quem nos encontra com esse ânimo se alimenta de nossa alegria, deixando o clima mais interessante e saudável. (...)"
(Rodrigo Filla - Vertical - Julho/Agosto/Setembro/Ano 7/número 28)
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