"O homem que atua conscientemente no mundo astral pode ou não ter continuidade de consciência, isto é, recordar ou não, ao volver ao corpo físico, quanto viu e fez no mundo astral. A este fato, deve estar o cérebro convenientemente educado, com certas modificações em seu funcionamento. Uma melodia que compreenda três oitavas não pode ser interpretada como um instrumento que abarque somente duas. Se o cérebro tem latente a capacidade de vibrar em três oitavas, pode-se atualizar dita capacidade, porém, se o cérebro não a tem latente e se fazem violentos esforços para que reproduza as vibrações astrais, acarretarão notas falsas e discordantes, manifestadas em acidentes histéricos, irritabilidade nervosa, impressões contrafeitas e distensão das células normais do cérebro. Daí a necessidade da disciplina da yoga.
Numa etapa de evolução mais adiantada, a consciência vigílica inclui o mundo astral e não há necessidade do sono nem do êxtase para atuar conscientemente nele, bem como no físico. Em outra etapa, não obstante superior, o homem é assim como consciente no mundo mental, onde aprende a funcionar livremente com muito maior utilidade e, no final, chega a ter nele sua consciência vigílica. Então vive conscientemente nos três mundos, residindo conforme sua vontade em qualquer dos três."
(
Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 75/76)
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