OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

ESTA VIDA: O BARDO NATURAL

"Vamos explorar o primeiro dos Quatro Bardos, o bardo natural desta vida, e todas as suas muitas implicações; (...) O bardo natural desta vida compreende todo o período da nossa vida que vai do nascimento à morte. Seus ensinamentos deixam claro para nós porque esse bardo é uma oportunidade tão preciosa, o que realmente significa ser um ser humano e o que há de mais importante - o único essencial - a ser feito com a dádiva desta vida humana. 

Os mestres nos dizem que há um aspecto das nossas mentes que é seu terreno fundamental, um estado chamado de 'a base da mente ordinária'. Longchenpa, o destacado mestre tibetano do século XIV, descreve-o deste modo: 'É um estado não iluminado e neutro que pertence à categoria da mente e dos eventos mentais, e que se tornou a base ou fundação de todos os carmas e 'engramas' do samsara e do nirvana'.¹ Ele funciona como um armazém em que são estocados como sementes todas as impressões das ações passadas causadas por nossas emoções negativas. Quando surgem as condições propícias, elas germinam e manifestam-se como circunstâncias e situações da nossa vida.

Imagine essa base da mente ordinária como um banco no qual o carma é depositado na forma de impressões e tendências habituais. Se temos o hábito de pensar seguindo um padrão característico, positivo ou negativo, então essas tendências serão acionadas e provocadas muito facilmente, repetindo-se de maneira contínua e recorrente. Com essa repetição constante, nossas inclinações e hábitos entrincheiram-se cada vez mais e persistem, acumulando mais e mais poder, mesmo quando estamos dormindo. É dessa forma que chegam a determinar nossa vida, nossa morte e nosso renascimento.

Sempre nos perguntamos: 'Como será quando eu morrer?' A resposta a isso é que seja qual for o estado da mente que temos agora, seja lá qual for o tipo de pessoa que somos agora, assim seremos no momento da morte, se não mudarmos. Por isso é de importância tão absoluta usar esta vida para purificar nosso fluxo mental e, por decorrência, nosso ser e nosso caráter fundamentais, enquanto podemos."

¹ Tulku Thondup, Buddha Mind (Ithaca, Nova York: Snow Lion, 989), 211.

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 152/153

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