OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 30 de novembro de 2017

QUERER O DEVER (PARTE FINAL)

"(...) O ego só conhece prazer, e nada sabe de felicidade; mas o ego integrado no Eu sabe o que é felicidade.

No princípio, esta integração do ego no Eu é 'caminho estreito e porta apertada', é sofrimento e dolorosa renúncia; no fim, é 'jugo suave e peso leve', é suprema felicidade.

O homem integral quer jubilosamente o que deve. O homem integral principia o seu itinerário evolutivo com sofrimento doloroso, mas termina-o com sofrimento glorioso; o seu céu sofrido culmina em céu gozado.

Quando a horizontal do querer é cortada pela vertical do dever, então ocorre um cruzamento, uma crucificação, que pode ser representada pela cruz telúrica, símbolo do sofrimento mas, quando esta cruz presa à terra se desprender totalmente do seu calvário e flutuar livremente nas alturas do Tabor, como cruz cósmica, então o homem completou a sua realização existencial, querendo o seu dever, essencializando a sua existência.

Enquanto o querer do ego está em conflito com o dever do Eu, o homem é infeliz, e tenta sufocar a sua infelicidade com toda a espécie de prazeres e paliativos. Quando então a consciência atormentada se cala por algum tempo, narcotizada pelo prazer, o homem se julga ilusoriamente feliz, porque goza na sua periferia; mas, em breve, o seu centro profundo torna a bradar por uma felicidade verdadeira, porque nenhum prazer periférico pode substituir a felicidade central. E o homem chega ao ponto de se sentir existencialmente frustrado, porque não atingiu a sua realização existencial. A agulha magnética da sua consciência continua, porém, a apontar invariavelmente para o norte da verdade da sua natureza humana, por mais que o homem vire e revire a bússola da sua egoidade.

Em última análise, a verdadeira natureza do homem não é falsificável definitivamente, porque ela é a anima naturaliter christiana." 

(Huberto Rohdem - O Homem, sua Natureza, sua Origem e sua Evolução - p. 73/74)

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