sábado, 28 de outubro de 2017

OS ARTISTAS DO DESTINO (1ª PARTE)

"Frequentemente descrevemos nossa vida em termos de habilidades, realizações, carreira, família, lazer, preocupações, compromissos, etc. Nós nos tornamos especialistas em dividir o tempo em compartimentos, mas é triste ver que a atenção dispensada ao lado espiritual frequentemente está em último lugar entre as tantas áreas que compõem a jornada passageira que conhecemos como vida.

É possível abordar a vida de uma maneira mais holística, integrando nossas várias experiências e incluindo as espirituais, de modo que haja uma consistência de respostas que não seja determinada pelo 'chapéu' que por acaso estejamos usando numa determinada situação. Em outras palavras, podemos agir a partir de quem verdadeiramente somos, e não de acordo com os ditames das circunstâncias. Podemos usar a metáfora da pessoa como um artista, que pode revelar seu eu interior mais íntimo, e no entanto mais universal.

Muitas pessoas acham que não têm habilidades artísticas. Porém, cada um de nós é um artista, mesmo sem saber - um artista do nosso próprio desenvolvimento e destino. Para ser um pintor é preciso treinar e desenvolver habilidades básicas com pincéis e tintas; são necessários telas, palhetas de tinta, cavaletes para sustentar as telas. Porém, há muito mais coisas envolvidas, pois o artista tem algum tipo de visão daquilo a que dará vida na tela, cujo esboço pode ser feito de antemão. É provável que essa visão seja refinada no processo resultante. As mais sutis sensibilidades do artista precisam ser despertadas para dar à luz a criação incipiente. (...)"

(Linda Oliveira - Os artistas do destino - Revista Sophia, Ano 13, nº 58 - p. 13)

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