OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 18 de maio de 2017

AMAR É CONHECER (PARTE FINAL)

"(...) No Oriente diz-se, tradicionalmente, que os cinco principais inimigos internos são o desejo, a ira (que inclui irritação e frustração), a ganância, o orgulho e o ciúme (ou inveja). Cada uma dessas palavras pode incluir muitas outras similares. E, se olharmos para elas, descobriremos que todas estão baseadas no pensamento.

Desejo é pensamento. Não existe desejo quando se experimenta algo que é agradável. O pensamento chega pouco depois, quando lembramos a sensação do sabor de um doce e dizemos para nós mesmos: 'Quero experimentar novamente.' Esse processo prossegue indefinidamene. Segundo Krishnamurti, dizer 'eu quero' é tempo. Tempo, pensamento, desejo: ficamos presos nisso, porque quando há uma sensação agradável a mente se agarra à memória da sensação.

Segundo Colin Tudge, os políticos falam que a competição é uma coisa boa, porque é natural. Isso está de acordo com o quadro mental de Darwin. Mas Ida, a fóssil quase primata, sugere que todas as criaturas surgem de uma origem comum e são aparentadas. Algumas pessoas acham  essa ideia desagradável. Alguns religiosos consideram-na uma blasfêmia. Mas São Francisco falou dos animais e das plantas como sendo seus irmãos. Tudge afirmou que todas as criaturas vivas são aparentadas. Se admitíssemos que os seres de que não fazemos caso são nossos parentes, nós os trataríamos de maneira diferente. Isso seria bom para todos. Mas os humanos gostam de pensar que são especiais.

A ideia defendida por Tudge não é nova, porque do ponto de vista da milenar filosofia Advaita, toda a vida que conhecemos deriva da mesma fonte, da verdade invisível, eternamente real. A Teosofia, ou sabedoria divina, baseia-se  nesses valores e nos leva a compreender essa verdade em nossas vidas. Quanto mais pudermos seguir esse sábio caminho, menos dores sofreremos. Os sábios não conhecem a dor porque conhecem a verdade da unidade. A unidade é o que todos os instrutores espirituais ensinam. Isso é o que significa abrir os olhos à luz." 

(Radha Burnier - Amar é conhecer - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - p. 25)


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