sábado, 1 de abril de 2017

COMPREENDER, COMPARTILHAR E AMAR (PARTE FINAL)

"(...) Uma mente sossegada e calma pode nos tornar mais sensíveis, já que não somos perturbados pelos pensamentos. Então pode haver compreensão, compartilhamento e amor. Profundamente dentro de nós estão as raízes do amor e da compreensão. Não é tão fácil despertá-las. Precisamos experienciar profundamente, estar abertos e ser sensíveis, para dar preferência à outra pessoa. Isso não é fácil, já que esperamos tanto dos outros.

Amor é sabedoria, e sabedoria é amor. Mas a sabedoria e a compaixão verdadeiras não são possíveis a não ser que compreendamos toda a situação, os problemas, o sofrimento da pessoa e assim por diante. Só podemos amar quando esquecemos de nós mesmos e nos situamos além do eu.

'A caridade não busca a si própria', disse o apóstolo Paulo. Amor e compaixão são sentimentos ativos, não passivos. Amor e compaixão significam assumir e suportar o sofrimento dos outros, ajudando a suportar suas dores. Frequentemente buscamos o que é vantajoso para nós, o que pensamos poder nos trazer felicidade. Enquanto estivermos procurando vantagem pessoal, não encontraremos o amor. Agarrar-nos ao eu não nos permite experienciar o amor.

O eu deve morrer para o passado e viver no presente para que nossos corações se encham de amor. Existe amor quando não existe necessidade, quando não buscamos satisfação. Só a mente que está livre do passado, dos preconceitos e dos desejos consegue amar - compreender e compartilhar a vida com os outros. Sem amor e compaixão não conseguimos realizar plenamente nossos deveres mais importantes - não conseguimos ser uma pessoa completa."

(Pertti Spets - Compreender, compartilhar e amar - Revista Sophia, Ano 8, nº 29 - p. 19)
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