"Há duas grandes verdades que são a base de todas as formas de meditação.
1. O Eu Interior assume a aparência daquilo que a mente contempla. Muitos escritos bíblicos confirmam isto: 'Como ele pensa em seu coração assim ele é''. (Provérbios, 23.7). 'E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como num espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Espírito do Senhor'. (II Coríntios, 3.18) 'No caso de alguém cujas citta-vrttis foram quase completamente aniquiladas, ocorre a fusão ou completa absorção recíproca do conhecedor, do conhecimento e do conhecido, como no caso de uma joia transparente (colocada sobre uma superfície colorida)'¹⁷.
O amor e a concentração da mente, com base no amor, levam a isso, como é tão belamente descrito por Tennysom em Idílios do Rei.
Mas quando ele falou e saudou sua Távola Redonda
Com palavras grandiosas, divinas e confortadoras,
Além do que minha língua pode contar-lhes - eu observei
De face para face, por toda a Ordem, relampejar
Uma semelhança, momentânea com o Rei.
Diz-se que marido e mulher que se amam verdadeiramente, com o passar do tempo começam a se assemelhar - porque se amam e pensam constantemente um no outro. Assim S. Paulo exortou seu povo a pensar em todas as coisas que sejam verdadeiras, honestas, justas, amáveis, e que mereçam ser ditas, contendo virtude ou louvor.
2. A Energia Vital do universo, chamada no Oriente Prãna, e que nos planos cósmicos é a Vontade Divina, segue o pensamento, inspira, aviva e torna reais as criações mentais daquele que pensa. Finalmente o pensador é unificado com o Encanto que ele vislumbrou através de suas formas-pensamentos autocriadas."
¹⁷. A Ciência do Ioga, I.K. Taimini, I-41. Ed. Teosófica, Brasília, 5 ed. 2011. (N.E.)
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