OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 17 de setembro de 2016

A JUSTIÇA E A COMPAIXÃO DA LEI KÁRMICA

"A Lei é Justa, porque dá a cada um precisamente o que é devido ao bem e ao mal. Ninguém sofre mais do que o que mereceu. Ninguém gozará recompensas que não te­nha conquistado e ninguém será exaltado a expensas de outrem. A Lei é Justa, porque é a Lei, ou o Método de Deus. Temos tendência para confundir nossa arbitrária noção de justiça com a Justiça que é de Deus. Nossa jus­tiça está, invariavelmente, mesclada a outras qualidades, consciente ou inconscientemente; daí que 'Seus cami­nhos não são os nossos caminhos, nem Seus pensamentos são os nossos pensamentos'. Ainda não. Quando nossa maneira de ser e nossos pensamentos forem os Seus, tere­mos alcançado a Meta, tornando-nos unos com Ele — 'perfeitos como nosso Pai Celeste é perfeito' — que é o Grande Todo-Eu em cada coração. Pensamos que estamos sofrendo injustamente, e achamos que, não fosse por esta ou aquela ação de determinada pessoa, poderíamos ter evitado esse sofrimento. Realmente! Que conhecimen­to temos nós de todos os trabalhos ocultos da Lei? Pen­samos que um bom Deus castiga pelo que não foi come­tido? Podeis estar certos de que o braço que nos golpeia é o nosso próprio braço, levantado contra nós mesmos; é o resultado de alguma coisa que fizemos no passado. A escuridão que nos envolve é uma neblina que nós mes­mos criamos.

Sendo, como é, divinamente justa, a Lei, por isso mesmo, é divinamente compassiva. Ela é Amor. Por isso, nunca devemos temer não receber aquilo que merecemos.  Além disso, as próprias aflições e dores da vida tornarnam-se, através dessa Lei, outras tantas lições preparadas para nosso bem, outras tantas misericordiosas purificações, outros tantos meios de crescimento verdadeiro, porque é resistindo e dominando o mal que nos purificamos, 'como que pelo fogo'. E quanto mais percebemos a verdade sobre o Karma, mais capazes somos de suportar desgostos e dores. Não há dúvida sobre isso. Quando aprendemos a lição do sofrimento, ele cessa, ou é transformado no doce e voluntário sofrimento que aceitamos para bem de outros. A verdade é que o Homem da Dor, Jesus, também foi o Senhor da Alegria, e o Buda Doloroso foi o Feliz."

Embora essa Lei seja compassiva e justa, encarada do baixo ponto de vista em que estamos, a grande verdade é que não vem a ser uma coisa nem outra. Visto níveis superiores, o Karma é imparcial e destituído de ideia de Justiça ou Misericórdia: ele é Verdadeiro. Porque não é realmente a Lei que nos pune ou recompensa, mas nós próprios. Se não pusermos o dedo no fogo, jamais ele nos queimará. Portanto, se nunca transgredirmos a Lei, ela não nos pode ferir e, se a servirmos, ela nos auxilia. Ela é o "Braço de Deus", e podemos ser erguidos por ele, ou cair, ferindo-nos, se deixarmos de nos agarrar a ele."

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Editora Pensamento, São Paulo - p. 26)
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