"Toda a vida da natureza em evolução está baseada numa espécie de sorriso sadio.
Não há evolução sem resistência ou sofrimento.
O sofrimento sadio está a serviço da integridade e evolução do corpo. Se um ferimento não causasse dor, nenhum organismo existiria sem lesões corporais.
Na humanidade, porém, aparece um novo motivo de sofrência, que não visa apenas o corpo, mas a realização do homem integral.
Sem sofrimento não há evolução superior, mas perpétua estagnação.
O homem é um homem realizável, mas não realizado. Pode estar terminada a sua evolução corporal - falta, porém, a sua realização hominal.
Diz um pensador moderno: 'Deus creou o homem o menos possível, para que o homem se possa crear o mais possível'.
Essa transição ascensional do menos para o mais implica em sofrência, num sofrimento sadio e evolutivo.
Se não houvesse sofrimento na humanidade, haveria eterna estagnação, ou até involução.
Mas as leis cósmicas do Universo exigem imperiosamente evolução.
O centro de todo homem é o seu Eu espiritual, a sua alma, o seu Deus interno. Mas esse Deus interno no homem se acha, de início, em estado embrionário, meramente potencial. Para desenvolver esse embrião divino, deve o homem atualizar o que é apenas potencial - e isto requer esforço, luta, sofrimento.
Uma semente não pode brotar em planta, se não se romper o invólucro duro da semente - e isto lembra um sofrimento. (...)"
Uma semente não pode brotar em planta, se não se romper o invólucro duro da semente - e isto lembra um sofrimento. (...)"
(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 19/20)
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