quarta-feira, 8 de junho de 2016

O PLANO DIVINO (1ª PARTE)

"Para toda a Natureza existe um plano básico que poderíamos chamar de o Plano Divino, consistindo de ideias que são os arquétipos de todas as coisas aqui embaixo. O esforço nos níveis inferiores é para construir essas ideias, desenvolver formas corporificando-as, moldando as formas gradualmente, do caos primevo ao padrão arquetípico. A evolução ocorre a partir do caos - Natureza homogênea - através de padrões cada vez mais complexos, até uma ordem perfeita que reflita a plenitude do desenvolvimento possível e a simplicidade de uma síntese perfeita. Há uma síntese em cada estágio formando um elo na cadeia de sínteses ou de arranjos. 

Os Manus¹, da tradição hindu, são os mestres de obra em diferentes níveis. Podemos imaginá-los como círculos de diferentes tamanhos e curvaturas tocando um ponto, que é o princípio, correspondendo ao Adi-Buda na linha paralela do Bodhisattva. Cada um deles baixa os arquétipos do seu nível mais elevado para um nível inferior. Atrair para baixo as ideias ou energias mentais do Logos é, de um determinado ponto de vista, uma descida mas, de outro, a mais elevada intelecção no nível que deve atingir. 

Pela expansão da mente e da vontade do Manu, ele evoca a efusão de ideias divinas, que o homem então busca reter e corporificar. (A derivação do termo Manu, a mesma do termo homem, seu derivado, no senso mais estrito, procede da raiz sânscrita man, pensar). A mente é o princípio descendente e o quinto dos sete princípios humanos, embora exista e esteja ativa em cada nível. Ela é elevada até Buddhi e Ãtmã, e refletida mais embaixo em emoção e consciência física. (...)"

¹ 'Aquele que existe por si mesmo', e é, portanto, o Logos, o progenitor da humanidade e o grande legislador hindu. Glossário Teosófico, Ed. Ground, 1995. (N.E.)

(N. Sri Ram - o Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 103/104)


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