"A Sociedade Nacional Antivivissecção (NAVS) foi a primeira organização de proteção aos animais a que fui apresentada, ainda na infância. Lembro-me de ter ouvido a palavra 'vivissecção' e pensado que era a palavra mais feia que conheci. Quando soube que Gandhi chamava isso de 'o mais negro dos crimes', concordei completamente.
Ao ouvir falar sobre experimentos com animais, meu sentimento foi de traição. Senti-me traída pelo mundo que pensava conhecer, que imaginava que cuidasse dos pequenos e fracos, e não que os explorasse em benefício dos poderosos. Eu cresci no dia em que li a primeira publicação da NAVS. Minha inocência acabou e meu futuro como defensora de animais - humanos e não humanos - começou a nascer.
Todos encontramos nosso caminho no trabalho; o meu foi usar a habilidade como escritora para promover o ideal de justiça em relação a todas as espécies vivas. Fiz a minha parte carregando cartazes em manifestações, mas a palavra escrita é o meu forte, meu modo de atingir a audiência para uma agenda que, para alguns, pode parecer absurda. mas é profundamente simples: proteger os impotentes. (...)
Crescer de maneira humana, para as pessoas adultas, é o processo de permitir que aquelas mensagens antigas amadureçam, em vez de descartá-las. A ética humana é colocar a regra de ouro em ação: não faça aos outros o que não quer que eles façam a você. Isso de aplica a todos os outros, os que têm patas, penas e nadadeiras, assim como aos seres humanos. O desafio é, como disse Einstein, 'alargar nosso círculo de compaixão para abarcar todas as criaturas vivas e toda a natureza em sua beleza'. Somos verdadeiramente requisitados a viver de maneira que exemplifique essa compaixão. Esse 'viver a vida' - caminhar o caminhar em vez de conversar o caminhar - traz a ética humana do reino da filosofia para o reino da prática, para o lugar no qual é possível genuinamente fazer o bem."
(Victoria Moran - Ajudar os animais é ajudar o mundo - Revista Sophia, Ano 9, nº 36 - p. 13)
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