"(...) Para que o
karma desempenhe o seu papel, somos colocados em circunstâncias (família, educação, nação etc) que nos obrigam a corrigir fraquezas, aprender com novas experiências e evoluir espiritualmente. Na vida diária, o
karma se manifesta como hábitos, tendências, humores, desejos e emoções. Nosso caráter representa a totalidade das boas experiências em vidas passadas, que resultam em tendências e habilidades inatas. As inclinações naturais transformam nossa personalidade e assim o nosso
karma é ajustado, fazendo-nos progredir no caminho escolhido ou retardando nosso progresso, quando fazemos escolhas erradas.
Somos, portanto, os efeitos das nossas ações passadas. Mas há um lado mais sutil na lei do karma: são os traços psicológicos e espirituais deixados na nossa consciência por pensamentos, ações e hábitos de vidas passadas. Eles influenciam o que somos e o que fazemos mais do que podemos imaginar. Essa 'segunda natureza' deve ser controlada no momento em que começar a nos fazer pensar ou sentir diferente, com ciúme, ira ou o que quer que seja. Devemos de imediato trazer à mente um pensamento oposto ou uma qualidade espiritual. Temos que constantemente cultivar boas qualidades para neutralizar os efeitos do mau karma.
Como almas, somos um reflexo de Deus; refletimos a força e as qualidades divinas de amor, gentileza, tolerância compreensão, compaixão etc. Mas estamos no mundo da ilusão, e o mal está presente em cada ser sob a forma de ódio, egoísmo, cobiça, medo etc. O homem deve considerar os sussurros da consciência e as boas tendências como o chamado de Deus em seu interior. Da mesma forma, deve reconhecer e resistir a pensamentos e impulsos malévolos. Lembre-se: o mundo não responderá pelas consequências; você sim. Não ligue como os outros estão agindo. Seja você um exemplo, não para os outros, mas para si mesmo."
(Vinai Vohora - A lei do karma - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 11)
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