"(...) O indivíduo, no decurso de sua evolução, pode desenvolver mais umas qualidades, em detrimento de outras; então, encontramos homens inteligentes e de fraca moral, indivíduos de alta moral e inteligência precária, outros com faculdades supranormais, porém sem moral inatacável.
Não podemos ajuizar do adiantamento evolutivo real de um indivíduo apenas por uma ou duas grandes qualidades ou pelas faculdades supranormais. Se estas são harmônicas, controláveis, em relação com a inteligência e a moral do indivíduo, podem ser sinal de alta evolução, mas isoladas, não têm tão importante significação. Com efeito, as faculdades supranormais são frequentes em indivíduos primitivos.
A evolução humana terminará no Homem Perfeito; mas, se meditarmos que a alma é uma centelha que desenvolve suas possibilidades latentes, através de experiências sucessivas, poderemos perfeitamente concluir que essa centelha deverá alargar-se posteriormente, ampliar-se cada vez mais e melhor se aproximar e se identificar com o seu Criador.
Certas pessoas objetarão que isto é, então, pela eternidade, que a evolução é infinita, pois Deus, concluímos, é infinito e eterno; e dirão desanimadas que não haverá descanso, que é preferível procurar o repouso no aniquilamento - no NADA. Os que só conhecem o Budismo exotérico pensam que é isto o Nirvana prometido por Buda.
Mas tal não se dá. A Evolução, como o Ser, tem fases ativas e passivas, fases de trabalho e de repouso. Considerada no todo, a evolução de fato é atividade, mas a emanação divina, cada vez mais integrada no Grande Todo, só poderá sentir felicidade inenarrável e tanto maior, quanto mais importante o seu papel no trabalho do Universo.
VIDA é AÇÃO e na ação estão prazer e a felicidade supremas."
(Alberto Lira - O ensinamento dos mahatmas - IBRASA, São Paulo, 1977 - p. 197/198)
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