domingo, 14 de fevereiro de 2016

SOFRIMENTO - CRÉDITO (2ª PARTE)

"(...) Jesus nunca afirma haver sofrido para pagar pelos pecados da humanidade, como dizem os teólogos humanos.

Na Epístola aos Filipenses, Paulo de Tarso atribui esta evolução ao próprio Cristo cósmico, quando escreve: 'Ele (o Cristo), que estava na glória de Deus, não julgou dever aferrar-se a essa divina igualdade; mas esvaziou-se dos esplendores da Divindade e se revestiu de forma humana, tornando-se servo, vítima, crucificado; e por isto Deus o super-exaltou e lhe deu um nome superior a todos os nomes, de maneira que, em nome do Cristo, se dobrem todos os joelhos das creaturas celestes, terrestres e infraterrestres; e todos proclamam que ele é o Senhor'. 

Paulo parece pois admitir um sofrimento-crédito no próprio Cristo, de maneira que o Cristo se elevou a um super-Cristo.

Aliás, toda e qualquer creatura é ulteriormente evolvível, e Paulo escreve que o Cristo é o 'primogênito de todas as creaturas, não terrestres, mas cósmicas'.

Todo o sofrimento-crédito é compatível com sofrimento débito. 

Pode alguém sofrer por débitos próprios, quando os tem, ou por débitos alheios, quando não tem débito próprio, e ao mesmo tempo aumentar o seu crédito próprio. (...)" 

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 30)

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