OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 2 de janeiro de 2016

EIS-ME AQUI

"Eis-me aqui.

Diante do grande rio cujas águas lamacentas irradiam reflexos avermelhados dos raios de um sol já a pino.

Eis-me aqui, ao pé da árvore da Compaixão.

É uma enorme figueira-de-bengala, à sombra da qual gosto de meditar.

As suas raízes, amplas e retorcidas, mergulham há séculos nas águas do rio Ganges.

As suas lianas, algumas finas como brotos de bambu e outras grossas como troncos de ébano, pendem dos galhos para, por sua vez, se enraizarem no solo.

A árvore precisa da água, assim como o homem tem sede de libertação.

Em breve eu mesmo me libertarei do peso da minha carga humana e entrarei no Nirvana.

Então me extinguirei, para me tornar ainda menor do que o menor grão de areia, ainda mais leve do que a mais leve penugem de um pintarroxo, e ainda mais transparente do que a mais transparente gota de chuva...

Sou a derradeira reencarnação de milhões de seres humanos e animais dos quais a minha alma adotou a forma deste tempos imemoriais.

Para mim cessou o ciclo dos nascimentos, das mortes e dos renascimentos do Samsara. Ensinei aos homens e às mulheres como deveriam se comportar para não mais sofrerem.

Quando o vento da morte levar o meu último suspiro, não tornarei a reencarnar...

Eis-me aqui.

Para sempre.

Em meio a vós."

(José Frèches - Eu, Siddharta, o Buda - Ediouro, Rio de Janeiro, 2005 - p. 13)


Nenhum comentário:

Postar um comentário